BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cuidado Puty! Tem muita gente de Olho Goorodoo!!

Conversando com alguns amigos esse final de semana, tive a certeza de que alguns setores do PT estão realmente empenhados na tarefa de destruir a candidatura do Cláudio Puty. Isso mesmo, o empenho não é na construção de candidaturas deles não, a tarefa é evitar que o Puty se eleja, mesmo que isso possa representar alguma perda para o PT.


O argumento (ridículo se me permitem) é que se o Puty não se eleger, isso será bom para o PT, pois, segundo eles, a derrota significaria uma maior unidade interna, posto que a governadora teria, em palavras deles, “que confiar mais nas outras tendências”. É interessante saber que só é bom para o partido a eleição dos candidatos deles, os nossos não.

As vezes só vemos o que queremos!

Vivemos momentos em que o pragmatismo tomou conta das análises e decisões políticas. Não cometer erros pode ser a diferença entre uma campanha vitoriosa ou não. Isso para nós do PT é contraditório, pois sempre tivemos na emoção, um dos nossos principais trunfos políticos.
Nossa militância política sempre foi fruto da emoção, nossas campanhas crescem à medida que conseguem tocar os corações e mentes da valorosa militância petista, sempre muito temida pelos nossos adversários.
Li hoje no blog da companheira Edilza, sobre o aniversário e festa de pré candidatura do Mário Cardoso a Deputado Federal. Essa candidatura do Mário pode representar muita coisa, menos o que disse a blogueira, que acredita se tratar da melhor oferta de um nome do PT para a disputa em Belém, que, ainda segundo ela, o partido ainda não havia oferecido nenhum nome de qualidade à capital.
Discordo veementemente dessa análise passional da Edilza, seja ela fruto de paixão ou quem sabe ódio.
Acho que a candidatura do Mário pode até se demonstrar importante no futuro para o PT, pois, além das candidaturas que já estão postas (Cláudio Puty, Beto Faro, Zé Geraldo, Miriquinho e Carlos Martins), só a sua candidatura poderá agregar um volume satisfatório de votos para a legenda, outros candidatos certamente teriam votações inexpressivas.
A meu ver o PT terá alguma dificuldade para fechar sua aliança eleitoral na proporcional, pois acredito que essa chapa já apresentada está muito forte e, eventualmente, pode até afugentar outros partidos. Isto posto, a manutenção desse cenário, me leva a crê na manutenção das três cadeiras que o partido já ocupa na Câmara Federal. Nesse caso teríamos cinco bons nomes disputando essas vagas, numa relação de 1,66 candidatos/vaga. Mas, se a candidatura do Mário for capaz de ampliar as chances do PT em aumentar a sua bancada de três para quatro, teríamos então uma relação de 1,5 candidatos/vaga.
Agora, essas contas só são válidas quando há um partido unificado em busca do melhor resultado eleitoral, o que, no meu entendimento, infelizmente não é o caso do PT. Ficou claro na sua última Nota Oficial que a postura do diretório é não intervir nessa disputa, ou melhor, se omitir. O documento menciona a meta de eleger Dilma e Paulo Rocha e reeleger Ana, se omitindo quanto à eleição proporcional. Vale ressaltar que omissão também é uma postura política.
É preciso portanto entender a que vem a essa candidatura do Mário. Ela visa ajudar o partido, atrapalhar alguma candidatura específica, botar pressão na Unidade na Luta ou pressionar a Governadora a indicá-lo ao Tribunal de Contas?
Sei que a trajetória política do companheiro Mário dispensa apresentações e deve ser respeitada, mas, infelizmente, seus últimos movimentos políticos tem dado alguma margem à duvida. Seu isolamento político, somado ao pífio resultado eleitoral obtido na campanha para prefeito em Belém, sobre tudo depois de ter obtido mais de 800 mil votos para senador e ter ocupado a SEDUC, é que me leva a questionar o papel dessa candidatura.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Por que é tão difícil fechar a aliança com o PMDB

Depois de algumas semanas de calmaria no cenário político eleitoral do estado, vem à tona mais uma polêmica na conturbada relação entre o PT e PMDB. Traduzida na imprensa como uma queda de braço pela aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões, pretendido pelo governo do estado junto ao BNDES, que é na verdade a forma encontrada pelo governo federal para minimizar os efeitos da crise financeira de abalou a arrecadação pública no ano passado.
É verdade que o estado já poderia ter apresentado aos deputados a bendita lista com os investimentos a serem contemplados com o referido empréstimo e, com isso, apaziguar os ânimos da base aliada e ao mesmo tempo abafar as vozes contrárias da oposição, que se unificam com os dissidentes nesse pretenso argumento. Dizer que nos governos tucanos tudo era perfeitamente esclarecido e que a relação com o parlamento era a mais esclarecedora possível é a mais escabrosa mentira. Conto da Carochinha.
Mas, a verdade é que a questão desse empréstimo é muito superior a esse mero discurso tecnocrata, refletindo de fato, não só o medo de dar ao governo uma “ferramenta política” desse porte num ano eleitoral, como também turbinar o governo de obras e ações que certamente lhe dará condições de estabelecer um novo desenho na definição das alianças eleitorais para 2010.
Enquanto isso a população aguarda ansiosa pelas obras e políticas públicas decorrentes desse investimento.
Por de trás desse embrolho está a dificuldade de se juntar forças antagônicas no cenário político regional para disputar, juntos, um processo eleitoral. Esse antagonismo é notadamente visível na prospecção de cenários políticos futuros onde as disputas de 2012 e 2014 já são sentidas de forma visceral.
Essa dificuldade pode ser entendida pelo fato de que o pragmatismo eleitoral não é suficiente para separar as divergentes trajetórias desses dois partidos, onde o primeiro, o PT, foi fruto fundamentalmente da defesa das classes sociais mais oprimidas, enquanto o segundo, o PMDB, foi fruto da mobilização social por um tema específico, a redemocratização do Estado. Por conta disso, ambos alcançaram grande similaridade na sociedade.
No meu entendimento, em que pese as divergências de práxis dos seus diversos grupos internos, o que ainda é capaz de unificar PT em torno de uma causa, ou disputa, é a ideologia, pretensamente assumida como socialista. Enquanto que no PMDB de hoje, o fisiologismo é a ação unificadora. Neste contexto, a união pelo poder, em si não explica esse arranjo eleitoral, posto que, pelo menos aparentemente, as razões pela quais esses partidos disputam o poder são evidentemente distintas.
Contudo, na democracia burguesa, os fins justificam os meios, todos os problemas podem ser superados em nome do resultado. Assim, até acredito sinceramente que essa aliança será viabilizada, pois, se somos diferentes do PMDB o PSDB é igual e, sabemos que a disputa entre iguais é muito mais complexa do que entre diferentes, ou seja, PT e PMDB em termos partidários disputam correligionários diferentes. Pelo menos em tese!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Momento Cult

Em tempos de aumento nos preços dos combustíveis...

Antônio Gonçalves da Silva o “Patativa de Assaré”

O ALCO E A GASOLINA

Neste mundo de pecado
Ninguém qué vivê sozinho
Quem viaja acompanhado
Incurta mais o caminho
Tudo que no mundo existe
Se achando sozinho e triste,
O alco vivia só
Sem ninguém lhe querê bem
E a gasolina também
Vivia no caritó.

O alco tanto sofreu
Sua dura e triste sina
Até que um dia ofreceu
Seu amô a gasolina
Perguntou se ela queria
Ele em sua companhia,
Pois andava aperriado
Era grande o padecê
Não podia mais vivê
Sem companhêra ao seu lado.

Disse ela: dou-lhe a resposta
Mas fazendo uma proposta
Sei que de mim você gosta
E eu não lhe acho tão feio
Porém eu sou moça fina,
Sou a prenda gasolina
Bem recatada, granfina
E gosto muito de asseio.

Se você não é nogento
É grande o contentamento
E tarvez meu sofrimento
Da solidão eu arranque,
Nós não vamo nem casá
Do jeito que o mundo tá
Nós dois vamo é se juntá
E morá dentro do tanque.

Se quisé me acompanhá
No tanque vamo morá
E os apusento zelá
Com carinho e com amô,
Porém lhe dou um conseio
Não vá fazê papé feio
Quero limpeza e asseio
Dentro do carboradô.

Se o meu amô armeja
E andá comigo deseja,
É necessaro que seja
Limpo, zeladô e esperto,
Precisa se controlá,
Veja que eu sou minerá
E você é vegetá,
Será que isto vai dá certo?

Disse o alco: meu benzinho
Eu não quero é tá sozinho
Pra gozá do teu carinho
Todo sacrifiço faço,
Na nossa nova aliança
Disponha de confiança
Com a minha substança
Eu subo até no espaço.

Quero é sê feliz agora
Morá onde você mora
Andá pelo mundo afora
E a minha vida gozá,
Entre nós não há desorde
Basta que você concorde
Nós se junta com as orde
Da senhora Petrobá.

Tudo o alco prometia.
Queria por que queriá
Na Petrobá neste dia
Houve uma festa danada
A Petrobá ordenou
Um ao outro se entregou
E o querozene chorou
Vendo a parenta amigada.

Porém depois de algum dia
Começou grande narquia,
O que o alco prometia
Sem sentimento negou,
Fez uma ação traiçoêra
Com a sua companhêra
Fazendo a maió sugêra
Dentro do carboradô.

Fez o alco uma ruína
Prometeu a gasolina
Que seguia a diciprina
Mas não quis lhe obedecê
Como o cabra embriagado
Descuidado e deslêxado
Dêxava tudo melado,
Agúia, bóia e giclê.

A gasolina falava
E a ele aconceiava,
Mas o alco não ligava,
Inxia o saco a zomba
Lhe respondendo, eu não ligo,
Se achá que vivê comigo
Tá sendo grande castigo
Se quêxe da Petrobá.

E assim ele permanece
No carro a tudo aborrece,
Se a gasolina padece
O chofé também se atrasa
Hoje o alco veve assim
Do jeito do cabra ruim
Que bebe no butiquim
E vai vomitá na casa.

(mantida a grafia original)
Fonte: www.releituras.com

Tentativa de Armação no Ar

Paulo Bornhausen, Deputado Federal pelo Estado de Santa Catarina, herdeiro político do senador nazista, bem ao estilo nazi-facista, tenta apagar os holofotes da crise do Mensalão do DEM(O) e da cassação do prefeito de SP, tentando criar uma crise envolvendo o PT.
Infelizmente, mais uma vez, a Folha se prestou a esse papel.
A verdade é que mais uma vez vem a tona outra maracutaia feita pelos Tucanos, que "doaram" (com privatizações fraudolentas) o patrimônio público a grupos privados.
Onde já viu, um sistema interligado de fibra óptica, que possibilita a implantação de internet de banda larga, que cobre 70% de todo país, estando sem uso, quando o país tem a internet mais cara do mundo e de baixa qualidade.
Só mesmo os irresponsáveis do DEMO e os Tucanos para tentar mais uma vez brecar o Presidente Lula de estabelecer mais uma revolução nesse país, que vai possibilitar o maior programa de inclusão digital do mundo.
Aliáis, diga-se de passagem que o Programa Nacional de Banda Larga foi inspirado no nosso programa tupiniquim do NAVEGAPARÁ que a Governadora Ana Júlia já vem realizando. O Pará foi o primeiro estado brasileiro a perceber o papel importante que o sistema de fibra óptica, já existente há muitos anos no país, terá no futuro, através do convênio firmado junto à ELETRONORTE.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Não deu para aguentar: Vamos falar de trânsito!

Demorou, mas, tenho que falar sobre o caótico trânsito de Belém. Afinal, como falar de cotidiano sem falar desse assunto.


Nesta terça-feira saí às 17 horas do meu escritório, que fica na Trav. Almirante Wandenkolk, em frente ao glorioso Quem São Eles, com destino a minha residência, que fica nos altos do não menos glorioso Cine Ópera. Um trajeto pequeno, não fosse o aborrecimento, adrenalina, perplexidade, entre tantos outros sentimentos que poderia enumerar aqui.

Logo ao chegar ao cruzamento da Boaventura com a Generalíssimo, me deparei com um congestionamento no sentido de quem iria convergir para a Generalíssimo. Em princípio o problema estava sendo gerado pelo fato de que os veículos que estavam na Generalíssimo não respeitavam a orientação de não fechar o cruzamento, evitando que os veículos que estavam na Boaventura pudessem seguir.

Após algum tempo, consegui chegar na “boca” do cruzamento, percebendo então que teria que colocar a faca nos dentes e avançar até que alguém, mas penoso do que eu, me desse passagem. Quando eu finalmente conseguir furar o tal bloqueio, percebi que boa parte do problema era gerado também porque quando o semáforo da Generalíssimo com a Boaventura ficava verde e da generalíssimo com a João Balbi ficava vermelho e assim sucessivamente no sentido fluxo, de forma que os veículos andavam um pouco e já eram obrigados a parar novamente, de forma que poucos carros poderiam ultrapassar os cruzamentos a cada sinal verde. É claro que os mais “educados” optavam por esperar o sinal reabrir já no meio do caminho. Ou seja, fechando os cruzamentos.

Quando finalmente estava na Av. Generalíssimo com destino à Av. Nazaré, deparei-me por duas vezes com veículos estacionados em fila dupla. Simplesmente acionam os faróis de alerta e pronto, desviem, buzinem se quiserem, com os vidros fechados e som ligado, nem dá para ouvir mesmo. Não bastasse as duas pistas laterais já servirem como estacionamento.

Quando finalmente estava quase chegando, já no cruzamento da Av. Gentil com a Trav. 14 de março, avistei um agente de trânsito escondido atrás do poste. Isso porque o cruzamento estava tão tranqüilo que alguns poucos motoristas mais afoitos não suportavam aguardar o semáforo abrir sem que nenhum carro ou pessoa estivesse atrapalhando ao avanço do sinal.

Não que isto esteja certo. Não quero, nem posso defender infratores, mas, pensem bem, não seria melhor este agente estar lá num daqueles cruzamentos da Av. Generalíssimo onde o trânsito estava intenso e descontrolado?

Para pensar na Cama!

De 2008 para 2009 Belém viu sua frota de veículos saltar de 236.889 para 263.643 veículos, com incremento de 26.754 veículos, de acordo com dados do DENATRAN, representando um incremento anual superior a 11%. Em média, Belém sofre com o aumento mensal de mais de 2.000 veículos por mês e, ainda segundo o DENATRAN, em média, a idade da frota de veículos no Brasil é de 16 anos.

Sabendo que: 1) todo brasileiro tem como sonho de consumo possuir um carro; 2) a indústria automobilística é incentivada pelo seu caráter radial na economia.

Onde vamos parar?

Ainda há tempo !!!

Repasso para primeira página do blog o comentário do companheiro Albertinho Leão, ex titular da SEEL, a respeito da série de postagem feitas sobre a venda do Baenão. Quem sabe ainda haja tempo para a diretoria do Remo rever sua posição.
É isso aí Secretário, bom saber que o Governo não está alheio a essa questão. Até porque, caso se configure essa proposta o próprio estado será onerado quando da realização de eventos em localizações não apropriadas.

ALBERTINHO LEÃO disse... 
Caro Vicente.

Não só o REMO quanto o PAYSSANDU poderiam fazer acordo com o Estado e permutarem o Baenão e a Curuzu e virarem sócios do Mangueiraão com o Estado aproveitando as duas Praças Esportivas para projetos sociais publicos para a juventude e tambem para eventos. Na minha Avaliação a Curuzu e o Baenão valem 40 milhões cada e o Mangueirão 200 Milhões. Portanto o Remo e o Paysandu teriam 20% do Mangueirão cada um. Esta idéia estava maturando antes de sair da SEEL e apresentei ao PANZERA e aos dirigentes dos Clubes. Acho que ainda há tempo de aplicá-la.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Agora é Dilma companheiros !

Presidente Amaro, não faça bobagem com o nosso BAENÃO IV

Infelizmente a coluna do Jornalista Gerson Nogueira no Diário do Pará deste domingo confirma o post anterior que publiquei aqui. Sabendo que o Nogueira é especializado nesse ramo e certamente suas informações são confiáveis, fica a dica de onde poderá vir a ser construida a famigerada Arena: em algum buraco escondido no Tapanã ou embrenhado lá para a Alça Viária. E tem mais, o jornalista afirma que não há garantias ao Clube e que o Baenão poderá ser entregue antes mesmo da finalização da dita arena.
Ou seja, infelizmente já está se configurando que esse negócio só servirá para favorecer a empresa e provavelmente tem gente de dentro do clube agenciando e ganhando com isso, e o patrimônio do clube é que vai para as cucuias!!
Esse negócio vai nafundar o Leão de vez. É preciso fazer alguma coisa contra essa tramóia. Não podemos permitir que o nosso Baenão se vá, para aumentar os lucros de um grupo. FORA TRAIDORES E ENTREGUISTAS DO LEÃO !!!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Presidente Amaro, não faça bobagem com o nosso BAENÃO III

No ano passado menos de 10 eventos foram realizados no Mangueirão. Todos eles somente no 1º semestre. Os Jornais noticiaram que o custo operacional do Mangueirão é superior a R$ 150 mil por mês. A falta de uso aumenta o custo de manutenção !!




Porque o Clube do Remo não faz uma parceria com Estado para que a nossa melhor praça não fique às moscas na maior parte do ano? Temos torcida pra isso, é só nós darem um bom time. A Copa de 2014 está aí, e nas cidades que terão jogos da copa os cofres públicos estão escancarados. Não podemos transformar o Baenão num Centro de Treinamento com uma praça esportiva aberta ao pública, que poderia ser usada pelo Governo em programas sociais?     



Toda infraestrutura necessária para uma grande praça esportiva já está pronta, numa localização que já está integrada à cidade, para que construir outra?

Presidente Amaro, não faça bobagem com o nosso BAENÃO II

Vocês acham que esse entorno visualizado na imagem existem em alguma área dos bairros fora do centro de Belém ? 
Mesmo com a venda do Baenão quase aprovada pelo Conselho Deliberativo do Clube do Remo, afirmo que esse pode não ser o melhor caminho para o Leão. Analisando a proposta de construção da chamada Arena do Leão percebi um fato muito importante que é a falta de definição quanto a localização da tal arena.

Atuo a mais de treze anos na área de consultoria empresarial e posso afirmar que um dos elementos mais importante para o sucesso de qualquer empreendimento é a sua localização. Ou seja, estudar o local onde se implantar é tão importante quanto, conhecer o negócio que se quer atuar. No caso da proposta apresentada ao Leão, a construtora deseja construir um grande empreendimento em lugar a ser definido, mas de certo fora dos principais corredores de trafego da cidade.

Isto posto, fica pergunta: será que a construção de arena esportiva em localização marginal gerará, por si só, demanda para viabilizá-la economicamente? Será que esse empreendimento em localização desprivilegiada não trará altos custos operacionais, não só para o clube como também para o poder público?

Em minha opinião não acredito que esse empreendimento será vantajoso e lucrativo para o nosso Leão. Essa praça esportiva terá altos custos e só com futebol dificilmente ela poderá se ser viável, mas como promover outros eventos em localização ruim. Sem falar é claro, que para se sustentar o time precisará necessariamente estar em atividade o ano todo, o que ao meu ver, não se concretizará somente com uma arena.

Temos o exemplo do Botafogo do Rio, onde a Arena João Havelange, o Engenhão, trouxe prejuízo para o clube, e eles nem gastaram dinheiro do clube, foi dinheiro público. Diversão e localização são diretamente proporcionais. Para quem não se lembra, no ano passado, o clássico entre Flamengo x Botafogo pelo Campeonato Brasileiro, com o MENGÃO disputando título, levou somente 25 mil pagantes ao estádio, enquanto que no Maracá, só os jogos do Flamengo não davam menos que 60 mil espectadores, por que?

É preciso pensar que o dinheiro a ser gerado com venda do Baenão vai acabar e depois o que vai ficar? Ok. Um time saneado. Mas até quando? O que indica que haverá mudança na gestão do clube como mencionada na gestão anterior. Que garantias há? Nenhuma. Por isso é melhor pensar direito. Acho que há outras formas do clube se viabilizar, inclusive com diminuição de seu custo e não aumento. O Baenão é uma arena que se pagou, se ele hoje esta em área privilegiada, servindo de cobiça das empresas imobiliárias. Problema. Que se dane.

O Clube do Remo é o que é por causa da sua apaixonada torcida. Espero que essa paixão seja respeitada e que a Diretoria do clube não opte apenas pelas saídas mais fáceis, a sede campestre já foi. Agora o Baenão e depois?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Presidente Amaro, não faça bobagem com o nosso BAENÃO I

O futebol paraense vive um dos seus piores momentos. Seus principais clubes, instituições centenárias, são hoje meras lembranças do que já foram um dia. Sem grande destaque a nível nacional, endividados, vivem amargando a disputa de divisões inferiores e há cada início de ano se repete a festança de experimentação de jogadores veteranos e/ou de “gatos por lebres” que custam muito caro para os seus sofridos cofres.


Nos últimos anos ficou evidenciado que os clubes de futebol brasileiros estão cada vez mais nas mãos de empresários, alguns inclusive são clubes empresas. O fato é que a atividade do futebol é excludente, o clube vive em função, única e exclusivamente dela. Clubes sociais são, cada vez mais, só clubes sociais e, clubes de futebol são praticamente só de futebol. Por exemplo temos o Pinheiros de São Paulo que é um dos maiores formadores de atletas olímpicos do país, mas não tem time profissional de futebol. Por outro lado, com alguma exceção para os clubes cariocas, os demais clubes de futebol são somente clubes de futebol.

Outro exemplo é caso dos programas de sócios torcedores, O Flamengo que tem 35 milhões de torcedores, inclusive eu, tem menos de 10.000 mil sócios ativos e gerando receitas para o clube, enquanto o Internacional de Porto Alegre tem mais 100.000 sócios torcedores, especificamente para o futebol.

Isso demonstra que o modelo de gestão está defasado. Para voltar a ter sucesso, os times paraenses vão precisar entrar nessa roda. Ou terão parceiros para bancar os altos custos do futebol, ou terão que administrar o clube focado só nisso, ou seja, se não tem atrativos que gerem parcerias, é necessário formar seus insumos, ou seja, seus jogadores. Com isso, além de formar plantéis que tenham algum sucesso nas disputas dos torneios em que participam, também servirão como mercadoria para que o clube possa se bancar e ao mesmo tempo possibilitar a renovação do seu estoque de atletas.

Para formar atletas é preciso investir em infraestrutura. Dotar o clube de escolinhas de futebol; centro de treinamento (com toda logística de piscinas, campos, refeitórios, laboratórios médicos); academia de ginástica; alojamento; entre outros. Ou seja, ter foco nesse processo.

Falando assim pode até parecer fácil, mais não é. É preciso ter foco no negócio e principalmente gerenciar o clube com eficiência e responsabilidade. Para voltar a ter respaldo nacional o futebol paraense não pode continuar nessa ciranda, ou pior, entrar numa outra, mais destrutiva ainda, que é a dissolução do patrimônio do clube.

Especificamente no que se refere ao Clube do Remo, nota-se que o vem sendo feito é o contrário disso. A venda do terreno em Benfica, que deveria ser usado para a construção desse grande centro de treinamento foi um tiro no pé. Um grave erro. Agora vem a venda do estádio Baenão, outro erro, pra ficar no mínimo, se é o futebol o centro gravitacional do Remo, não pode ser o futebol o setor mais atingido por esses equívocos. Vão acabar com o nosso glorioso Leão Azul.

No próximo post, vou abordar especificamente minha posição sobre essa venda absurda do Baenão.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Qual é a do PSOL?

Desde que foi criado para se colocar como “alternativa ética” ao PT, o PSOL ainda não conseguiu demonstrar coerência política. Estando lado a lado com o PSDB e DEM como oposição ao Governo Lula no Congresso Nacional, sua atuação tem sido pouco diferenciada à atuação desses partidos de Direita. Não que eu esperasse que o PSOL fosse compor a Base Governista, mas daí a ter o mesmo discurso da Direita é lamentável.


Para o PSOL, a disputa política se trava na negação aos avanços dos governos do PT, mesma estratégia do DEM e do PSDB. Ao tentar desqualificar os governos petistas como governos de esquerda e igualá-los aos governos da direita, o PSOL tenta confundir a sociedade, sem perceber que dá munição para que as forças da direita possam se revezar no poder com as forças de esquerda, estabelecendo assim um “jogo de soma zero”, onde os avanços obtidos num período são desmantelados num outro. Um grande exemplo pode ser visto aqui mesmo, quando o Edmilson, ainda no PT, foi prefeito de Belém. Tudo que se construiu de avanço do governo popular foi rapidamente desmantelado pelo atual prefeito, sem que a sociedade pudesse defender esses avanços. Isso ocorre porque a democracia burguesa foi talhada para permitir esse movimento cíclico e dessa forma dar à sociedade a impressão de que a Gestão do Estado é mais importante que a sua própria concepção.

A atuação de PSOL vem corroborando com essa tese, sobretudo quando busca direcionar suas críticas às deficiências da gestão e não à forma como os avanços de políticas públicas includentes, ainda que insuficientes, possam ser cada vez mais incorporados a gestão pública. Ou seja, enquanto o PSOL se opõe à programas sociais de transferência de renda como o Bolsa Família, por exemplo, deveria era lutar para que o valor do programa fosse maior e universalizado e não dizer que se trata de um programa eleitoreiro e caro, como diz a Direita.

Quem leu a troca de figurinha de Edmilson com Jader, através do Diário do Pará, sabe que um partido de esquerda não pode cumprir essa tarefa. Só mesmo um partido politicamente desorientado pode permitir que suas lideranças façam tamanha bobagem.

Retornando !!

Após o carnaval, renovação total para tratar dos assuntos que julgo interessantes e, diga-se de passagem, temos vários. valos lá....Para aqueles que acham que o ano só começa depois do Carnaval... Bom ano a todos!!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Partido e o Mandato!

Num sistema político coerente as lideranças partidárias são compostas pela representação de sua hegemonia, ou seja, não existe as chamadas “figuras públicas” desconexas da majoritariedade dos segmentos que dominam o partido. Assim sendo, o partido passa a exercer poder sobre os seus mandatos políticos naturalmente, sem que seja necessário disputas internas que exponham suas lideranças.

Contudo, no Brasil, o personalismo do seu sistema político partidário cria situações em que as pessoas são mais importantes que os partidos. Temos lideranças fortes em partidos fracos. Com o suprapartidarismo isso acaba tomando ares inconcebíveis onde os partidos deixam ser o fim para serem meio.

Nos partidos ditos de Centro Direita, essa característica se traduz no aparecimento dos chamados “caciques” das oligarquias regionais, geralmente controladas por famílias e com linhas sucessórias bem definidas, onde as disputas internas, quando existem, são normalmente resolvidas por reuniões de cúpula. Já nos partidos de Centro Esquerda, a relação de hegemonia interna é normalmente construída pelos seus mandatos populares, que organizam e coordenam o partido, reforçando portanto a liderança detentora do mandato popular, criando pois, uma relação natural entre o partido e o mandato.

No PT, esses mandatos se articulam por meio das Tendências Internas, refletindo assim a lógica própria e plural de sua organização partidária. Ocorre contudo, que a disputa partidária se reflete no processo eleitoral e vice versa. Com isso, o surgimento de uma nova liderança detentora de mandato popular é sempre vista como uma ameaça ao estado de arte das forças hegemônicas do momento.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Coerente Edilza

Tudo esclarecido. A "coerente professora Edilza" já tem trânsito fácil na mais nova tendência interna do PT:  "MarPTins". Pelo menos essa nova tendência parecer ser mais família !!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Comentário postado no Blog da profª. Edilza

Profª Edilza,


Desculpe, mas acho que a senhora está perdendo a linha. Não pela brincadeira, que foi até engraçada, embora de mal gosto, mais porque a senhora está perdendo a sua coerência.

Quem tem acompanhado seu blog, como eu, vejo cada vez mais uma figura completamente diferente daquela que organizava a DS e o PT.

Não entendo como a senhora, a não ser pela mágoa, consegue defender esse golpe sujo dado pelo CNB no governo, com chantagens e sujeiras de gente que merece pouco respeito e que jogaram o PT numa lama comum com a prática do mensalão, por exemplo.

Me conpadece vê-la defender Jader e Duciomar como grandes estrategistas, quando a revolta de ambos com a DS é o limite imposto para negociações com essas figuras. Para quem até bem pouco tempo atrás se dizia socialista, sua aproximação do CNB é mesmo muito contraditória.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Sapo e a DS !!

Se pegarmos um sapo e jogarmos numa bacia de água quente, certamente ele pulará e vai embora. Mas, se colocarmos esse sapo numa bacia de água fria e ficarmos esquentando a água gradativamente, o sapo permanecerá lá até morrer.
Moral da história: Zonas de conforto podem ser extremamente perigosas.
  

Em tempos de Carnaval: Olha a família Martins aí, Geeente !!!

Tá confirmado. Everaldo Martins deve mesmo assumir a Casa Civil em substituição a Puty, pelo menos é o que se entende da postagem do Puty em seu blog. Tudo leva a crêr portanto, que a DS não terá mesmo como reagir ao golpe sofrido pelo povo do Campo Majoritário do PT. Ao assimilar o golpe, a governadora demonstra ter sucumbido à intervenção em seu governo.
Agora resta saber como será a passagem desse senhor a frente do governo. Vale lembrar, para quem não se lembra, que, à época da campanha eleitoral de sua irmã Maria, a frente da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Santarém,  Everaldo era odiado pela sua impáfia e truculência política. Embora seja preciso dizer que a forma como ele enquadrou o Presidente da Câmara de Santarém, que assumiu de forma submissa a prefeitura enquanto Maria era julgada, foi um fato digno de ser ensinado a todos !!??!!.
Ademais, a presença da família Martins no posto principal do governo de Ana Júlia é de se abrir os olhos...Não vamos estranhar se daqui para frente a Prefeita Maria do Carmo, quando estiver em visita por Belém, comece a ser vista pelos coletivos da cidade!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A ÉTICA DA TENDÊNCIA "PT PRA VALER"

Parece Brincadeira, mas em nota que o PT Pra Valer, tendência interna do PT, encaminha a direção do partido, comunica a expulsão do militante Raimundo Oliveira por faltar " a ética, os estatutos e a tradição partidária", e continua, "ao tornar públicas divergências internas da tendência", ..."expondo suas lideranças".
Concordo plenamente, devemos então pedir a expulsão da Dep. Bernadete e do Dep. Zé Geraldo pelos mesmos motivos, só que nesse caso, por chantagem à Governadora do Estado.  

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PRECISÃO CIRÚRUGICA: O ALVO NUNCA FORA O PUTY E SIM A PRÓPRIA ANA!!

Na véspera de completar 30 anos, o PT do Pará se viu diante de uma grave crise política, crise esta que foi aparentemente resolvida a tempo da festa oficial programada para o dia 30 de janeiro. Ocorre porém que os desdobramentos do dito “pacto” ainda está por mostrar a sua verdadeira conseqüência mais obscura.


Entendendo a Crise Política no PT do Pará em 13 Pontos:

1- O PT

O Partido dos Trabalhadores se afirmou na sociedade brasileira como o principal partido de esquerda do país, fato esse que o coloca como referência de militância neste campo político, transformando-o num partido de “massas”, ou seja, com grande poder de aglutinação de pessoas. Essa condição de partido de massa, somada a necessidade de organização partidária e a ainda à democratização das suas instâncias internas, fez surgir no PT um conjunto de coletivos políticos com conteúdos ideológicos próprios, que são vulgarmente conhecidos como Tendências Internas. Obviamente que essa forma de organização propicia conflitos de interesses e disputas internas pelo controle partidário, que vão sendo resolvidos por meio de instâncias de debates, de resoluções, de decisões e também de eleições. É a singularidade desse processo político que, há 30 anos, vem conduzindo a dialética e rica história do PT.

2- O PT do Pará

Nacionalmente o controle hegemônico da máquina partidária é exercido pela aglutinação de algumas Tendências Internas que se intitulavam “Campo Majoritário”, hoje abrigado num movimento chamado “Construindo um Novo Brasil”. No Pará, esse “campo”, também é hegemônico, formado basicamente pela junção da “Unidade na Luta”, do Dep. Federal Paulo Rocha; do “PT Pra Valer” do Dep. Federal Zé Geraldo; da “Articulação Socialista – AS” do Dep. Federal Beto Faro; além de outros grupos de pouca expressão. Após a saída do PT dos grupos que se articulavam em torno do ex Dep. Federal Babá e do ex prefeito de Belém Edmilson Rodrigues, coube a “Democracia Socialista – DS”, tendência minoritária da qual milita a Governadora Ana Júlia, o papel de principal tendência interna de oposição ao “Campo”, aglutinando consigo um outro conjunto de pequenos grupos políticos que se designam como “Mensagem ao Partido”.

3- O PT do Pará e os Governos Petistas

Embora o “Campo Majoritário” sempre tenha sido hegemônico na direção do PT, o fato é que eles não conseguiram emplacar suas lideranças nos principais governos administrados pelo PT do Pará. Na Prefeitura de Belém, o PT chegou ao governo com Edmilson Rodrigues da então tendência Força Socialista, que era de oposição ao “Campo” e engoliram a seco durante oito anos a truculenta disputa partidária bancada pelo Prefeito. Contudo, os delírios “Stalinistas” da Força, fez surgir a DS, liderados por Ana Júlia, “estrela petista” emergente na política regional, que acabou virando Governadora do Estado, numa estratégia eleitoral, que mais uma vez desagradou o “Campo”, afinal, “gato escaldado de medo de água fria.”.

4- A DS

A tarefa primária de qualquer grupo de esquerda é a disputa pela hegemonia do aparato partidário, ou seja, não se constrói casa em terreno alheio. Em outras palavras, não se governa sem o partido. Isto posto, a DS, conjunturalmente tem o governo, o que implica dizer que é tarefa natural e, fundamental, disputar (e ganhar) o Partido. De fato, por duas oportunidades a DS tentou, mas, não obteve êxito. É evidente que o insucesso da DS pode ser credenciado a muitos fatores de caráter interno, mas, basicamente, a meu ver, faltou robustez política para a DS, pois não seria estratégico para o governo repetir a “Cruzada” praticada por Edmilson. Nesse caso, o uso da máquina governamental nas eleições internas do PT foi menos descarada, ou melhor, foi mais “democrática”, no sentido de que outras tendências também usufruíram do mesmo instrumento.
Isto posto, a DS sabe que para ganhar essa robustez será preciso eleger mandatos parlamentares, que são por natureza, os principais aglutinadores da militância. Portanto, a disputa pela hegemonia do PT passa, necessariamente, pela eleição de 2010. Para a DS, construir seus mandatos parlamentares é condição inequívoca para a ampliação da disputa interna e, mais, da sua própria sobrevivência enquanto tendência.

5- Combinaram com os Russos ?

Obviamente que ninguém vê os movimentos das “tropas inimigas” sem que nada seja feito. No folclore futebolístico, surge logo aquela passagem creditada ao jogador Garrincha de que para a estratégia dar certo é preciso combinar com os adversários. E é isso mesmo! Para o “Campo”, não interessa a DS fazer esses mandatos parlamentares. Pra que? Se a DS já tem a governadora. Não há dúvidas quanto a isso, a estratégia do “Campo” é simples: VETAR. Ou seja, é terminantemente inconcebível que a DS possa se estruturar para construir novas lideranças. Está evidente, que o “Campo” entende que agora é preciso cuidar para que chegue a sua vez, antecipando definitivamente 2014. Não a Copa, mas as eleições.

6- O Chefe da Casa Civil

Escolhido pela governadora para representar o projeto da DS em 2010, o Chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, se viu diante de uma implacável perseguição política, patrocinada pelo “Campo” e tendo como aliado o PMDB e seu instrumento de maldade, o Diário do Pará.
Na verdade o fortalecimento da candidatura do Chefe da Casa Civil representa um duríssimo golpe nas pretensões do “Campo” e do PMBD, posto que viram nessa nova liderança a possibilidade do surgimento de um sucessor político de Ana Júlia, na própria DS, o que contraria os interesses de ambos. No caso do “Campo”, representa ameaça interna e por parte do PMDB, o surgimento de um nome do PT que eventualmente poderá ter viabilidade eleitoral em 2014, quando o PMDB terá planos mais ousados. Com a formação dessa aliança do “mal” foi se constituindo a estratégia gradual de queimação política. Ao perceberem que essas ações vinham surtindo pouco efeito prático junto à governadora, passaram então a defender a tese de que a permanência do Secretário Puty era uma afronta as demais forças que compõem o governo.

7- O Estopim

O “Campo Majoritário” aproveitando-se de um fato isolado e controverso, que foi a organização junto ao Governo do Estado de uma agenda programada com o Incra, para atender 17 prefeitos da região Sul e Sudeste do Pará, deu inicio a crise. Isto porque viu no fato a tentativa do gestor do Incra de Marabá, Raimundo Oliveira, de mostrar força e emplacar um sucessor que pudesse servir aos seus interesses políticos, já que Raimundo visa ser candidato a Deputado Estadual pelo PT.
Ocorre que Raimundo Oliveira foi indicado para assumir o órgão pelo Dep. Federal Zé Geraldo em substituição a Dep. Estadual Bernadete, uma vez que todos faziam parte da mesma tendência interna, o PT Pra Valer. Por alguma razão, que eu não sei exatamente qual, o Raimundo rompeu seu acordo político com esses parlamentares e se lançou pré candidato a deputado estadual na base de Bernadete. Em represália, o PT Pra Valer reivindicou o cargo.
Como conseqüência dessa disputa, os parlamentares não estiveram presentes na audiência com os prefeitos, reivindicando não terem sidos chamados pelo Chefe da Casa Civil, desencadeando na denúncia, por parte desses dois parlamentares de que a DS, através de Puty, estaria armando para tirar o controle do Incra de Marabá das mãos do PT Pra Valer, como parte de cooptação política e apoio de Raimundo Oliveira à sua candidatura, mesmo o Secretário Puty negando qualquer tentativa de indicação da DS no Incra de Marabá.
Até onde eu entendo de política, tudo não passou de um ato político natural, havia uma disputa entre os parlamentares e o gestor do Incra, e este último tentou uma cartada para mostrar que tinha apoio para indicar o seu sucessor.

8- A Chantagem

Acusando o golpe, os parlamentares partiram para o ataque. Ataque mesmo. Principalmente à Ética. Com acusações e ameaças feitas através de um documento subscrito pelos seus mandatos e enviado a direção da DS e do PT, os parlamentares informaram que se a Governadora Ana Júlia não respaldasse a indicação do nome proposto por eles para assumir o Incra de Marabá, lançariam mão do nome da Dep. Bernadete para concorrer contra Ana Júlia nas prévias internas do PT pela indicação do partido a disputa para o cargo de Governador do Estado nas eleições de 2010. Além das prévias, o lunático documento citava a pretensão do Governo em fazer do Puty o Deputado Federal mais votado do Pará, com meta de 500.000 votos. Cá entre nós, uma loucura sem tamanho.

9- O que Eles não Disseram

Já havia no PT um consenso de que o nome que irá substituir Raimundo Oliveira no Incra de Marabá seria indicado pelo PT Pra Valer. Ocorre que a própria tendência não tinha consenso sobre o nome a indicar, documentos com indicações do nome do marido da Dep. Bernadete, do Bressan e da Rose, já haviam chegado à direção do PT. Antes mesmo do mal fadado documento em questão ser entregue, a governadora Ana Júlia, em sua ida a Brasília, já havia defendido para o ministro do Desenvolvimento Agrário (que é da DS), a indicação do PT Pra Valer, no caso a própria Rose, que vai substituir Raimundo Oliveira.

10- Da Chantagem ao Oportunismo

Percebendo que tinha nas mãos uma excelente oportunidade, o “Campo Majoritário” se unificou em torno da derrubada do Chefe da Casa Civil e, consequentemente, da ameaça que Puty representa. Ocorre porém que, em política, tal qual no Boxe, a luta só acaba após a contagem final, ou seja, não basta só derrubar o adversário tem que esperar o juiz decretar o final da luta. Nesse caso, em que a governadora já havia concordado em antecipar a saída de Puty, não era mais interessante só a antecipação, é preciso reduzir seu campo de manobra. Agora o alvo deixa de ser o Puty e passa a ser a DS como um todo. O “Campo” passa então a apresentar o seu feroz apetite por estruturas de governo, desta feita a Casa Civil, espaço ocupado pela DS.
Frequentemente o “Campo Majoritário” queixava-se de que havia um chamado “Núcleo Duro” no governo, composto somente por secretários de estado integrantes da tendência da governadora e que a revelia das demais forças políticas, tomavam todas as decisões mais importantes do governo. Neste ponto, reivindicaram e foram atendidos quanto a participação de secretários de outras tendências nesse “Núcleo Duro” de governo.
Agora que exigiram a Casa Civil e participação no comando das decisões, só faltava a “pá de cal”. Já que a hora era boa porque também não exigir o comando da campanha? Exigiram. O presidente do partido, João Batista, será desde já o coordenador da campanha.
Ainda dá para ganhar mais? É possível. Como outros dois secretários de estado da DS também vão deixar o governo, porque não negociar esses espaços com partidos da base aliada, quem sabe a SECULT com o PTB, a SEDURB com PR? Faz todo sentido, já que estão assumindo a coordenação política do governo, podem logo mostrar sua boa vontade. Agora, com “Campo” no comando, finalmente o PMDB tem alguém igual para negociar, sem ideologismo barato, só o pragmatismo do poder.
Aliás, perguntar não ofende, depois de toda disputa pela indicação do Incra de Marabá, será que o PT Pra Valer vai abrir mão da Secretaria de Transporte?

11- Do Oportunismo a Humilhação

Me desculpem as mulheres pelo machismo, reconheço, mas não pude encontrar alusão melhor para representar esse fato. Dizem, nas rodas de homens, que não adianta nada você sair com a mulher mais linda do mundo se seus amigos não puderem lhe ver com ela, ou seja, não adianta só matar a cobra, tem que o mostrar o pau. E eles mostraram.
Ter a Governadora do Estado nas mãos, de joelhos às suas chantagens e completamente envolvida nessa teia de maldades não era suficiente. Era preciso dizer, mostrar ao mundo quem manda, surge então o parceiro de primeira e todas as horas: o Diário do Pará. Pronto. O verdadeiro alvo fora enfim atingido.
Com uma cobertura digna de premiação, o jornal estampa em destaque a queda do Secretário Puty, a derrocada da DS e finalmente a forma humilhante como a governadora Ana Júlia é descrita fazendo uma ligação para Brasília, acatando a indicação do Incra de Marabá. O texto, de tão cínico, me fez lembrar a cena de velhos filmes de guerra onde o chefe de estado derrotado é obrigado a assinar, humilhado, ao Termo de Rendição.

12- A Festa pelo “Pacto”

Discurso antigo do PT: “...nos debatemos, brigamos, mas no fim saímos mais fortes e unidos para as batalhas”. E foi assim, com esse discurso que mais uma vez o PT diz ter superado mais uma crise, entre mortos e feridos salvaram-se todos. Será? Sim, claro, agora temos um candidato enfraquecido, uma tendência desmantelada e uma figura pública acuada. Ok. Temos as bases para a reeleição de Ana. Vamos comemorar!
É, mas festa mesmo tem que ter gozação. Vamos ver, quem sabe colocar o Puty ao lado da Dep. Bernadete, ou talvez, a Governadora Ana Júlia ao lado do Zé Dirceu. Sim, isso mesmo, aquele! É, é isso. Ficou bom. Um dia perfeito. Viva os próximos 30 anos do “Campo” e do PT.

13- E Ficou só Nisso?

Bom, quanto a reação da DS, este ainda é um movimento em construção. Reagir me parece ser um caminho necessário. Quem sabe perdemos apenas o 1º round. Em minha opinião dividir o comando do governo é necessário, mas negociar a Casa Civil não pode estar na pauta da DS, é inegociável.
Como vimos essa é uma crise do PT, portanto, a sua resolução não pode passar só pelo governo. A direção da DS tem que se pronunciar, responder a altura. Não podemos nos calar e permitir esse golpe.

Vamos aguardar.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Meeeennngoo !! Meeeeenngo!!! Meeenngo!! Meeeeenngo!!! Meeeeennngo!!

Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ôô...
Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ôô...
Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ôô...

MENGÃO do meu coração !!!!