BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

As vezes só vemos o que queremos!

Vivemos momentos em que o pragmatismo tomou conta das análises e decisões políticas. Não cometer erros pode ser a diferença entre uma campanha vitoriosa ou não. Isso para nós do PT é contraditório, pois sempre tivemos na emoção, um dos nossos principais trunfos políticos.
Nossa militância política sempre foi fruto da emoção, nossas campanhas crescem à medida que conseguem tocar os corações e mentes da valorosa militância petista, sempre muito temida pelos nossos adversários.
Li hoje no blog da companheira Edilza, sobre o aniversário e festa de pré candidatura do Mário Cardoso a Deputado Federal. Essa candidatura do Mário pode representar muita coisa, menos o que disse a blogueira, que acredita se tratar da melhor oferta de um nome do PT para a disputa em Belém, que, ainda segundo ela, o partido ainda não havia oferecido nenhum nome de qualidade à capital.
Discordo veementemente dessa análise passional da Edilza, seja ela fruto de paixão ou quem sabe ódio.
Acho que a candidatura do Mário pode até se demonstrar importante no futuro para o PT, pois, além das candidaturas que já estão postas (Cláudio Puty, Beto Faro, Zé Geraldo, Miriquinho e Carlos Martins), só a sua candidatura poderá agregar um volume satisfatório de votos para a legenda, outros candidatos certamente teriam votações inexpressivas.
A meu ver o PT terá alguma dificuldade para fechar sua aliança eleitoral na proporcional, pois acredito que essa chapa já apresentada está muito forte e, eventualmente, pode até afugentar outros partidos. Isto posto, a manutenção desse cenário, me leva a crê na manutenção das três cadeiras que o partido já ocupa na Câmara Federal. Nesse caso teríamos cinco bons nomes disputando essas vagas, numa relação de 1,66 candidatos/vaga. Mas, se a candidatura do Mário for capaz de ampliar as chances do PT em aumentar a sua bancada de três para quatro, teríamos então uma relação de 1,5 candidatos/vaga.
Agora, essas contas só são válidas quando há um partido unificado em busca do melhor resultado eleitoral, o que, no meu entendimento, infelizmente não é o caso do PT. Ficou claro na sua última Nota Oficial que a postura do diretório é não intervir nessa disputa, ou melhor, se omitir. O documento menciona a meta de eleger Dilma e Paulo Rocha e reeleger Ana, se omitindo quanto à eleição proporcional. Vale ressaltar que omissão também é uma postura política.
É preciso portanto entender a que vem a essa candidatura do Mário. Ela visa ajudar o partido, atrapalhar alguma candidatura específica, botar pressão na Unidade na Luta ou pressionar a Governadora a indicá-lo ao Tribunal de Contas?
Sei que a trajetória política do companheiro Mário dispensa apresentações e deve ser respeitada, mas, infelizmente, seus últimos movimentos políticos tem dado alguma margem à duvida. Seu isolamento político, somado ao pífio resultado eleitoral obtido na campanha para prefeito em Belém, sobre tudo depois de ter obtido mais de 800 mil votos para senador e ter ocupado a SEDUC, é que me leva a questionar o papel dessa candidatura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário