BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Resposta à Profª Edilza: Chega de Incoerências !!

Quando postei um comentário no blog da Edilza, o fiz porque realmente é a forma como avalio o processo político que fez com a ela, Edilza, pedisse a retirada do seu nome dos quadros da DS. Já disse várias vezes que discordo de certas posturas adotadas pela companheira e é exatamente por isso que sempre busco fazer o debate, para demonstrar isso.
É interessante como a companheira se desvirtua dos fatos para tentar construir uma espécie de “verdade paralela” onde, nesse universo, tudo conspira a seu favor, ninguém acerta, só erra. Quando a Profª. Edilza expõe suas avaliações sobre acontecimentos da política do estado, isso é opinião. Quando alguém a contradiz, como eu fiz, é leviano, falacioso e sem responsabilidade com o Governo.
Expressei minha opinião tal qual a Edilza o fez quando disse que a SEIR é, em palavras dela, “um pastel de vento”, quando afirma que “falta de orçamento” não é desculpa para má gestão, inclusive desrespeitando o secretário André, ou quando acusa o secretário da SEMA de implantar “uma Ditadura” na instituição. Isso tudo é o que professora? Respeito? Compromisso?
Abaixo transcrevo partes da postagem da Profª Edilza onde exponho algumas incoerências, que demonstram claramente essa perspectiva:

...Quando me deparo com uma avaliação como esta, penso tenho que falar. É a minha história que está em jogo e minha competência profissional. Uma avaliação como esta, devemos desconstruir o discurso, antes de apresentar um novo discurso para repor a verdade. É o que pretendo fazer agora, na parte I sobre o PTP...
Cidade seu discurso é falacioso e compromete a seriedade do governo. Deixa-me entender. Eu uma pessoa escolhida pela governadora, me aproprio de um programa dos mais importante do governo e a governadora não fez nada? Pior quando o governo percebeu minha tramóia resolve me tirar do PTP e acabar com o programa? O lógico não seria trocar as pessoas e preservar o PTP?
A participação popular é um dos elementos que compõe o discurso do PT e da DS. Quero dizer que na última reunião feita com o núcleo do governo, com a presença da governadora e do deputado Airton Faleiro foi dito que o PTP era o programa mais importante e eu perguntei se as dificuldades eram devidos a minha pretensão política de ser candidata e foi afirmado que não, por todos.
Eu fui convidada para assumir o PTP com o apoio de todos. O convite foi feito pelo Puty e pelo Charles. Insistindo muito na minha competência para realizar o trabalho, avaliação feita com base no trânsito que eu tinha entre todos os partidos da base aliada e entre todas as tendências internas do PT...

No trecho acima a Profª Edilza afirma que eu estaria duvidando da seriedade do governo só porque fiz críticas a sua conduta pessoal, ou seja, questionar uma gestora seria então questionar nosso governo? Colocá-lo em dúvida? O que faz então a companheira Edilza quando crítica o Puty, o André, o Aníbal e tantos outros membros do governo cotidianamente citados em seu blog?
Na minha postagem fiz questão de dizer que a ida da Edilza para o PTP foi importante para o programa, fato esse não mencionado, não disse que a Edilza fora incompetente, mas imprudente. E isso não demérito nem injúria é uma avaliação pessoal.
Num outro trecho a Profª Edilza afirma:

...Outra inverdade que quero deixar claro, é que eu teria lançado minha candidatura. Quem começou e lançou minha candidatura internamente no governo foi o Secretário Maurílio Monteiro e o Secretário Cláudio Puty. Tenho até hoje guardadas mensagens de telefones incentivando á minha candidatura e tenho testemunhas de pessoas que foram falar comigo a mando dos dois secretários citados. Eles insistiram muito, não aceitavam a candidatura já posta da Suely para deputada federal. Partes destas atitudes, foram pelo reconhecimento que eu e minha equipe estávamos fazendo um bom trabalho e até em uma pesquisa feita, para avaliação interna do governo, o meu nome era o único que aparecia entre todos os secretários. Tenho até hoje a mensagem do Claudio Puty e do então secretário Fabio, da SECOM comemorando ao aparecimento do meu nome e brincando Edilza 2014.

Se essa situação retratada for verdadeira, não estou dizendo que não o é, isso demonstra, ao meu ver, mais uma incoerência, quando foi para “lançar” o seu nome em detrimento a companheira Suely, o suposto “Núcleo Duro” era legítimo para fazê-lo, mas quando, por alguma razão, o mesmo grupo a defenestrou, esses passaram a ser a imagem do cão na terra. Muito conveniente, não é?.

...A sua acusação que eu fiz uso próprio do PTP precisa ser comprovada, por hora eu entendo como leviandade. Agora entrando no seu discurso, para mostrar sua incoerência, quero lhe perguntar, que se, o que não foi, o PTP tornou-se um rolo compressor eleitoral e por isto acabou, eu lhe pergunto e todos os rolos eleitorais, foram então desativados ? Não me parece!!!!!
Se o PTP dava uma visibilidade política á mim, o que dizer da SETRANS? Da SECULT? Da SEDURB? Quer dizer ou outros podem, eu não poderia? O que dizer da CASA CIVIL? Não pode tornar a gestão pública "rolo compressor", o que ocorreu, e que o trabalho com O PTP mexeu com poderes e representações estabelecidas. Inclusive de parlamentares. A proposta era muito avançada para o Estado e para a política no Pará. Aprofundarei isto na parte dois da resposta....

Neste outro trecho, a Profª. Edilsza mostra uma concordância com a crítica que fiz, quando menciona que outros companheiros também usaram suas estruturas de governo para dar suporte as suas eventuais candidaturas. Por que não ela, pergunta a Edilza? E a resposta ela mesmo dá quando afirma que: “o trabalho com O PTP mexeu com poderes e representações estabelecidas. Inclusive de parlamentares. A proposta era muito avançada para o Estado e para a política no Pará”. Ora, isso foi exatamente o que eu disse, por ser novo e importante para nós do PT e da DS é que deveria ser preservado, e não foi. De quem é a incoerência afinal?
Outro aspecto importante para esse debate é o fato que a Edilza menciona de que eu teria dito que o Conselho Estadual do PTP seria usado para se transformar em seus cabos eleitorais. Nesse ponto faço uma ressalva que talvez não tenha me expressado bem, de fato o Conselho é plural e, mesmo se quisesse, não conseguiria cooptar a todos. Mas, enquanto movimento político o Conselho é sim capaz de produzir esse efeito. Por outro lado a professora escreve o seguinte:

...Por fim você acusa que todo o processo de formação dos conselheiros tinha um único objetivo, de transformá-los em cabos eleitorais meus. Esta afirmação só demonstra que você desconhece o perfil dos conselheiros eleitos, muito deles vindo dos movimentos sociais, com vinculações partidárias, com vinculações com prefeitos e com vida política própria. Não são marionetes a disposição de manipulações. Todos não recebiam nada para ser conselheiros, mas o crachá de conselheiro lhes conferia um micro poder de fiscalizar obras no município e questionar o poder local e em alguns casos questionar o poder dos deputados e prefeitos...

Longe do que tenta a Edilza, em querer se apropriar do PTP, como se fora uma bandeira própria e não fruto da determinação da governadora Ana Júlia, a responsabilidade do gestor imediato é fazer dar certo, nem que pra isso tenha de abdicar de aspirações pessoais. É assim que funciona, as vezes é preciso dar passos atrás para se avançar na luta mais á frente. O que estou dizendo é que os avanços dos governos de partidos de esquerda não são instantâneo. Não se questiona a ordem, sem que essa ordem resista. Essa é uma tarefa sutil, militante. Neste sentido, a “ordem posta”, que já tinha “medo” do PT, vê surgir um instrumento “avançado” de política pública que poderia “em alguns casos questionar o poder dos deputados e prefeitos”, e ainda por cima ter como gestor um eventual candidato. Como fazer dar certo?
Em minha opinião, o PTP, enquanto instrumento de política pública, não tinha a responsabilidade de ser revolucionário pela sua condição de interferir no orçamento público, que infelizmente, muitas vezes, se torna mera peça decorativa. Mas, a sua maior responsabilidade é com a construção da cidadania, da mobilização e intervenção social e isso não se constrói em uma só gestão.
Para finalizar, não vou mais cansar ninguém com esse assunto, só queria dizer, em relação às outras postagens da Profª Edilza em seu blog, que diminuir o compromisso da governadora Ana Júlia com PTP é uma irresponsabilidade política da companheira, essa postura de atacar o governo e o PTP só porque não faz mais parte dele, não contribui em nada. Entendo que críticas e contribuições são sempre bem vindas, só dizer que é a maior defensora da Participação Popular não é suficiente.

NÃO SOMOS NÓS QUE ENSINAMOS AO MUNDO. É O MUNDO QUE NOS ENSINA.

Valeu !!

4 comentários:

  1. Rapaz! vai procurar a tua turma estás se saindo bem como "boi de piranha". Não adianta querer debater com a Professora Edilza. Ela é magnanina nas suas respostas, sentimos firmeza e segurança, o que não ocorre contigo. Portanto, só fizestes com que soubessemos a traição do Núcleo Duro para com ela, e que traição! Parabéns a Professora!

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  2. As questões expressadas contrários a forma de pensar e agir da Profa. Edilza, serve para todos nós da militancia da DS refletir algo importante: "que a humildade passa longe quando se estar no comando de um poder". Ou seja, as convicções de um programa de governo pautado em uma filosofia da democracia socialista legitimado pelo povo paraense nas eleições de 2006, não deve ser mitigado por aspirações genuinamente individualista e egoista. Não devemos tratar tais questões como se estivessemos num auditório de fantoches mediocres, ora defendendo um lado e ora defendo outro, no qual me refiro a esse anônimo acima que parece não se dar conta da real situação que estamos lidando, neste ano de eleições. A profa Edilza tem que ouvir de forma reflexiva as criticas e calar mais para não entrar mosca, pois a mesma pode acabar engasgada com as suas próprias respostas inadequadas e nada magnanimas.

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  3. esta professora é pau mandada do pmdb e do ptb aliada a corrente do carlos martins

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  4. Cidade parabens pelo teu blog e suas opiniões mas sinceramente gostaria de sabe de fato o que na sua avaliação aconteçeu na SEIR tanto na estrategia politica quanto na sua estrutura funcional ?
    Além disso mesmo sabendo que vc não está no governo vc e umas das pessoas mais influentes dentro do nucleo do Claúdio Puty qual é o mairo erro da sua propria tendencia no que diz respeito a tanta critica que ela sofre de outros grupos e por ultimo quem são as pessoas que fazem parte do seu grupo segundo as postagens de comentarios do blog da Edilza?
    como vc avalia a releção do Claudio Puty com os secretarios MArcilio e Maurilio/ André e edilson Moura / Suely e José Julio e com a propria governadora ?
    bom era isso espero que vc possa clarear as ideias.
    Um forte abraço
    Antonio da U.L e CNB.

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