1º de Maio, o presidente Lula e o FMI

Hoje, dia do trabalhor, ao ouvir uma velha palavra de ordem, entoada por uma sindicalista na passeata dos sindicalistas da Conlutas, pude perceber como as transformações ocorrem, ainda que alguns não a percebam.

Ao finalizar seu discurso, a sindicalista entoou a famosa e antiga palavra de ordem: “Vamo vê, Vamo Vê, quem decide o salário, trabalhador unido ou fundo monetário”. Então neste momento pensei: égua, FMI, será isso mesmo que eu ouvi? Será que nessa passeata estavam distribuindo “Mirinda” para refrescar e “Atari” como brinde para as crianças? Claro que não.

Brincadeiras a parte, o que me chamou a atenção foi o fato de como certos partidos de esquerda insistem em atribuir ao governo Lula o mesmo rótulo neoliberal dado aos governos de direita que o antecederam. Essa análise equivocada de não reconhecer os avanços do governo Lula não passa de mero oportunismo de quem acredita estar disputando a “base” de esquerda que estaria insatisfeita com PT e por isso faz do ataque à esquerda, no caso o PT, sua principal bandeira de luta. Resta saber se realmente eles preferem que os Demo-Tucanos voltem a governar o país ou se é apenas jogo de cena.

Seja como for, a verdade é que o Brasil não deve mais nada ao FMI, nem favor, não que o governo esteja fazendo uma revolução socialista no país, bem longe disso, mas, está sim conduzindo uma grande transformação econômica. Sem grandes alardes, o Brasil rompeu com a política neoliberal defendida pelo FMI e, por conta disso, virou inclusive referência internacional no combate aos efeitos nefastos da crise financeira de 2008.

No governo Lula mais de 30 milhões alcançou a dita classe média e mais de 19 milhões ultrapassaram a chamada linha da miséria. Para se ter uma idéia, somente neste ano de 2010, a previsão é de que 2,5 milhões de novos empregos formais sejam gerados no país. Em relação ao Salário Mínimo, vela destacar que quando assumiu, Lula prometeu dobrar o seu valor, em Real, no entanto, foi muito além disso, o salário que representava aproximadamente US$ 83 no final de 2002, hoje, já representa quase US$ 300, ou seja, na prática quase triplicou o seu poder de compra.