BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Real Class: De quem será culpa ?

Vai começar mais uma grande batalha juducial para apurar as responsabilidades sobre o desabamento, no último sábado, do edifício da construtora Real, um espigão de mais de 30 andares construído bem no centro da cidade.

Se é que seja possível encontrar alguma coisa boa nessa tragédia, é em relação aos danos, que, pelo tamanho da confusão, pode até ser considerado o menos pior. Felizmente, quase a totalidade dos operários já haviam deixado a obra e a queda não trouxe consequências mais catastróficas no entorno.

Infelizmente, pelo que li até agora, seriam 04 as vítimas fatais do desmoronamento. deixo aqui minhas condolências aos familiares dessas pessoas.

Agora, pelo que vi, o maior prejuízo material será causado aos moradores do entorno, principalmente os proprietários do prédio ao lado, que poderão ficar um bom tempo sem ter a quem recorrer diretamente.

Essa tragédia alerta para uma questão importante: De quem é responsabilidade pela autorização da construção?

A empresa já disse que cumpria todas as exeigências necessárias e eu não duvido, pois a maior parte delas acabam sendo documental. A empresa apresenta os papeis, paga as taxas e os laudos são concedidos, simples assim.

Nesse momento fala-se no Conselho de Engenharia, mas esse não fiscaliza projetos, só os registra. O CREA é somente arrecadador, o que interessa ao Conselho é só saber se a obra tem responsável técnico e se é registrada, ou seja, tudo se resume nas ART's. O CREA não analisa os projetos registrados, como disse só os registra. É um cartório.

Aliais, ninguém fiscalisa os projetos estruturais das obras.

O poder públuco por sua vez só fiscaliza a regularidade da obra em relação aos marcos legais estabelecidos no Plano Diretor do município. O Estado, através dos Bombeiros, só fiscaliza o projeto de prevenção contra incêndios.

Vale dizer que essa é uma área extremamente especializada, certamente não é e não será nada fácil para um município ou estado, manterem uma equipe técnica dessa natureza, principalmente se levarmos em conta os salários pagos no serviço público. Ademais, esse processo de análise seria demorado, cauteloso e subjetivo, imagina só no que isso poderia dar.

Fica a pergunta: quem e como se deveria fiscalizar projetos estruturais ?

Aos pouco a "Lorota" vai se confirmando !!

Durante a campanha eleitoral o candidato Jatene, questionado sobre a CELPA, ficou acuado e sem ter como responder sobre a piora na qualidade dos serviços prestados pela operadora após a sua privatização pelos tucanos, já que o argumento era o contrário, diziam que os serviços iriam melhorar.

Sem ter o que dizer,  Jatene tratou de acusar a governadora alegando que era papel do estado, através da ARCON, fiscalizar e cobrar melhorias da operadora e se a CELPA não estava bem, era culpa da inoperância da ARCON, alegava o bravateiro.

Contudo, agora, já como governador, Jatene manteve no comando da Agência o mesmo gestor, Miguel Fortunato, que fora indicado para o cargo pelo PR para a governadora Ana Júlia, mantendo a mesma indicação com para o atual governo. Ou seja, não haverá mudança alguma e o mesmo gestor que o candidato Jatene chamaou de incompetente durante a eleição, agora é mantido no cargo pelo governador Jatene.

Portanto, fica mais uma vez evidente que o atual governo não tem nenhum projeto para governar o Pará, um verdadeiro engodo eleitoral, como aliais eu mesmo já postei por aqui.

Agora Inês é morta !!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Medalha para Dilma !!

Deu no blog do Erich Beting:

"Henrique Meirelles deve ser o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão que é responsável pela fiscalização e controle dos gastos relativos aos Jogos Olímpicos de 2016. A escolha da presidente Dilma Roussef foi noticiada hoje na coluna "Radar", da revista "Veja". Se, de fato, ela se concretizar, será uma das melhores decisões tomadas até agora no que diz respeito ao Rio-2016."

Verdade seja dita, a menos que se descubram coisas tenebrosas, a indicação empresta credibilidade ao cargo. Meirelles é conhecido por sua austeridade e profissionalismo.

Já o presidente do COI, Arthur Nuzman, não se pode dizer o mesmo. Todo mundo se lembra da lambança do pré olímpico no Rio, onde a falta de eficiência gerou um grande rombo aos cofres públicos.
Vamo ver. Pode dar certo !!

E a Villa Del Rey, a quantas andas ?

Li hoje na coluna do Mauro Bonna no Diário, que o Plano de Recuperação Judicial da Construtora Villa Del Rey tem tudo para dar certo. Segundo Bonna a construtora já teria negociado com seus credores e inclusive conseguido novos aportes de recursos para suas obras em atraso.

Por outro lado, estive sábado lá no Condomínio Rio das Pedras e verifiquei que a  empresa descumprio o novo cronograma de obras apresentado aos compradores, onde estava prevista a entrega dos primeiros edifícios ainda no ano passado.

De acordo com o que pude apurar no local, a empresa estaria entregando os prédios 1, 2, 16 e 17, os quartro primeiros na ordem enfileirada em relação ao pórtico de entrada, até o final de fevereiro.

Tá virando novela, tomara que o final seja feliz.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Pede pra sair. Pede pra sair !!

HIROSHI BOGÉA ONLINE: Não era bem isso

No post acima Hiroshi antecipa que Tião Miranda deve deixar a esvaziada SEOP.

Também com o tamanho da faca tucana, os planos de Tião foram todos por água abaixo. Como ele vai fazer "caixa" se estão proibidos os investimentos?

Tião quer voltar a ser prefeito de Marabá, queria fazer o seu caixa de campanha nesses dois primeiros anos de governo tucano, só que ele esqueceu que o governo tucano "iberna" nesse período. Caiu a ficha !!

Pede pra sair. Pede pra sair !!

HIROSHI BOGÉA ONLINE: Não era bem isso

No post acima Hiroshi antecipa que Tião Miranda deve deixar a esvaziada SEOP.

Também com o tamanho da faca tucana, os planos de Tião foram todos por água abaixo. Como ele vai fazer "caixa" se estão proibidos os investimentos?

Tião quer voltar a ser prefeito de Marabá, queria fazer o seu caixa de campanha nesses dois primeiros anos de governo tucano, só que ele esqueceu que o governo tucano "iberna" nesse período. Caiu a ficha !!

Caso CERPASA ganha repercução nacional !!

Ganhou repercução nacional o escândalo da corrupção envolvendo a CERPA e governador Jatene. Aí pela barra lateral você pode acessar os sites Conversa Afiada e o blog Amigos do Presidente Lula.

Doutor Lula

Em MG, Lula recebe seu 1º tí­tulo de doutor honoris causa

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Aos companheiros da AE - Parte 5 De um amigo navegante !!

Recebi está avaliação por e-mail de um amigo navegante. Divido aqui com vocês, assinando em baixo de tudo o que está escrito.

Do amigo navegante:

Para o Antonio Osmar, da AE, que vê a gênese histórica do movimento operário e camponês a partir de 1979, quando o PT surge, devemos lembrar-lhe o movimento cabano, as ações do PCB, PC do B, e de muitos militantes independentes, inclusive religiosos, que lutaram para a organização do proletariado, com vistas a elevar o patamar de consciência desses grupos e em busca de justiça social, em um ambiente inóspito.

A disputa ideológica sempre foi muito forte e sempre pendeu para a elite que dispunha, como ainda dispõe do poder (executivo, legislativo e judiciário), que detém a força e permite a manipulação das idéias, através dos meios de comunicação, distorcendo-as em seu benefício. Dizer que tudo estava pronto, só faltava o partido, que grande equívoco.

O PT surgiu e se tornou uma força que buscou impulsionar os avanços, ainda que pequenos, mas significativos, para a melhoria das condições da população mais pobres. Entretanto, o PT, ao ganhar o governo (Lula, Ana Júlia, Dilma, e outros) teve que buscar apoio nos grupos do centro político, para a governabilidade. Embora se diga que era um governo do PT, na realidade era um governo de composição, com hegemonia do PT, em que partidos diversos participaram do poder. E a composição nem sempre foi pacífica e permaneceu estável.

Questões de conjuntura estão sempre presentes e podem estremecer as relações interpartidárias. No início do governo Ana Júlia o PMDB estava debilitado, mas ao final, fortalecido, começou a fazer exigência políticas, que não podiam ser aceitas. Todo mundo sabia que Jader queria que o PT não lançasse candidato ao senado, ou melhor, como falavam, a boca pequena, lançasse um “poste”, para que ficasse assegurada, desde logo, a vitória do PMDB, com a idéia de que um senador seria da situação e outro da oposição. E aí tudo começou e balões de ensaio com Jader concorrendo ora para o Governo ora para o senado, buscando acuar o governo PT.

O acirramento começou aí e os argumentos para o choque foram inúmeros e Jader começou a atacar o governo através de seus meios de comunicação e também, colocando seus “peões” (Simone, Parcival, etc) para o ataque direto ao governo, já em um processo de desgaste contínuo junto a sociedade, que o partido não soube avaliar corretamente. Nessa altura a engenharia política já estava traçada, as peças do jogo de xadrez devidamente colocadas. Não interessava a continuidade da hegemonia do PT no governo para as aspirações peemedebistas. E olha que o PT e a governadora Ana Júlia fizeram de tudo para que o PMDB ficasse como aliado. O campo da direita se rearticulou e provocou a derrota.

Se procura erro, vai encontrar erro, se procura excelência vai achar excelência. Procurar erros é importante para não cometê-los no futuro, mas também é importante ver o que de bom aconteceu e não ficar com olhar estrábico só vendo um dos lados. Culpar esta ou aquela pessoa ou tendência, parece: ser um sentimento apequenado para quem quer um partido que está sempre se renovando, unido na luta e que precisa estar buscando a interação contínua com a sociedade, principalmente a organizada; não ver que o governo teve a participação do PT, como um todo, com todas as suas tendências e que o legado deixado pelo Governo vai ser objeto de avaliação nas futuras eleições.

Sobre culpa prefiro o texto de Jean Jacques Rousseau:

A Culpa dos Males que nos Acontecem


"Em todos os males que nos acontecem, olhamos mais para a intenção do que para o efeito. Uma telha que cai de um telhado pode ferir-nos mais, mas não nos desola tanto como uma pedra atirada de propósito por uma mão maldosa. O golpe, por vezes, falha mas a intenção nunca erra o alvo. A dor física é a que menos se sente nos ataques da sorte e, quando os infortunados não sabem a quem culpar pelas suas infelicidades, culpam o destino, que personificam e ao qual atribuem olhos e uma inteligência disposta a atormentá-los intencionalmente.

É o caso de um jogador que, irritado com as suas perdas, se enfurece sem saber contra quem. Imagina que a sorte se encarniça intencionalmente para o atormentar e, encontrando alimento para a sua cólera, excita-se e enfurece-se contra um inimigo que ele próprio criou. O homem sábio, que em todas as infelicidades que lhe acontecem só vê golpes da fatalidade cega, não tem essas agitações insensatas; grita na sua dor, mas sem exaltação, sem cólera; do mal que o atinge só sente os ataques materiais, e os golpes que recebe podem ferir a sua pessoa, mas nenhum atinge o seu coração."

Aos companheiros da AE - Parte 4 Um Governo de Legados: Só não vê quem não quer !!

Um Governo de Legados: Só não vê quem não quer !!
Por fim não reconhecer os importantes avanços conquistados nessa gestão do PT no governo estadual é corroborar com a estratégia da Direita, que tenta destruir o PT enquanto partido que tem um bom projeto de desenvolvimento para o Estado do Pará.
Perdemos a eleição de 2010 para um candidato que não apresentou nenhum projeto para estado, mas que soube se aproveitar de nossos erros, principalmente na campanha do primeiro turno.
Deixamos o governo com um importante legado para a sociedade, quer seja em ações de políticas públicas ou em obras importante para o desenvolvimento do Pará. Construímos uma boa rede de proteção social e criamos políticas sociais importante, tanto de inclusão como de resgate da cidadania do povo. Estabelecemos uma parceria com o governo federal que recolocou o Pará no mapa das grandes obras estruturantes, conseguimos atrair para o estado a formação de grandes pólos econômicos e retomamos os investimentos públicos em saneamento, água e habitação.
Os companheiros parece que estão movidos por uma espécie de “complexo” parecido com o filme Forrest Gump, onde um “rapaz idiota” que tinha tudo para dar errado, se torna personagem de grandes feitos da história americana sem se dar conta, mas, quando se vê só, resolve fugir de tudo, partindo numa frenética corrida sem rumo algum.
Acredito que as críticas que os companheiros da AE fazem sobre a falta de debate político no PT é válida sim, aliais, é esse um dos pontos que unifica vários grupos políticos internos do PT sobre a bandeira da Mensagem ao Partido. As mudanças que o PT vem sofrendo ao longo tempo, que inclusive tem levado à falta de debate e ao afastamento do PT das bases populares, não é um fenômeno que começou com o governo da companheira Ana.
Por isso culpar o governo e a DS é um equívoco político, pois essa postura só aprofundará o trauma e não levará o partido para lugar nenhum.

Saiam logo dessa paranóia !!

Aos companheiros da AE - Parte 3 - Miopia Política e Visão Tacanha

Miopia Política


Comparar o modo de governar de Ana Júlia com o de Edmilson é outro equívoco. O que há de similaridade é somente o fato de que ambos pertenciam a tendências minoritárias do PT, trazendo como conseqüência a mesma relação conflituosa entre governo e partido.

O Edmilson na prefeitura centralizou as decisões do governo de forma extremamente autoritária, intervindo diretamente nas ações de todas as secretárias, criando, na figura do Aldenor Jr., um poderoso sub prefeito e ainda uma brigada desordeira para amedrontar todos os seus oponentes, da direita e da esquerda.

Esse comportamento jamais poderá ser atribuído à Ana Júlia ou a DS. Atribuir idêntico comportamento, além de ser falso e maldoso, talvez seja fruto da superficialidade da análise política que o companheiro Feitosa apresenta.

Aliais, uma crítica pessoal que faço ao governo da companheira Ana é exatamente o contrário, no meu entendimento faltou centralidade nas ações do governo, faltou um plano de ação estratégica em que houvesse o comprometimento de todas as secretarias para a sua implementação. Se ficasse definido que seria o PTP, por exemplo, que todos trabalhassem para a sua execução. Não foi o que aconteceu.

Cada secretaria trabalhava de forma isolada, como fosse um governo a parte, um “feudo”, e o pior é que muitas vezes sequer faziam referências ao nome da governadora e ainda usavam a estrutura para potencializar seus mandatos ou estratégias políticas, isso tudo fruto da confusão entre governo e partido. Faltou responsabilidade com o governo.

Se de fato houvesse um Núcleo Duro que impusesse centralidade a cada secretaria, essa situação teria sido diferente. Acredito que essa centralidade não existiu exatamente porque a DS não tinha força suficiente para enquadrar os secretários das outras tendências. Não me recordo de nenhum caso onde tenha ocorrido alguma intervenção da governadora em qualquer secretaria ocupada pelo PT. Lembro sim, do caso da SESPA, que era ocupada pelo PMDB.

Há de considerar ainda, corroborando com essa idéia, que, mesmo com todo o chororô, todas as tendência do PT cresceram. O PT ampliou substancialmente suas prefeituras, que passou de 11 para 27, graças ao apoio do governo nas eleições de 2008, das quais só quatro podem ser consideradas próximos a DS (forçando a barra), ademais todas as principais tendências foram vitoriosas em suas táticas eleitorais, ampliando seus mandatos parlamentares.

Sinceramente acho até ofensivo quando um companheiro se refere aos demais colegas do partido como “marionetes”. Dizer que o tal Núcleo Duro da DS controlou o PT e os movimentos sociais é de uma ingenuidade que chega até ser hilária, não foram poucas as vezes em que o grupo majoritário do partido fez pressões fortíssimas sobre a governadora, desencadeando crises para fazer valer seus interesses.

Também não concordo com a posição dos companheiros da AE, quando Feitosa afirma que houve controle da DS sobre os Movimentos Sociais. Houve sim a busca de diálogo, até porque em sua grande maioria seus dirigentes são compostos por lideranças petistas.
Sobre isso aliais mais um exemplo da crítica endereçada ao destinatário errado, culpar o governo por uma relação que ele afirma ser de submissão dos movimentos sociais é não perceber que isso é fruto do distanciamento do PT das suas próprias bases e da falta de formação política de sua militância. Cabe ao partido preparar suas lideranças para que essas possam discutir suas pautas com qualquer que seja o governo, sem subserviência.
Visão Tacanha do Processo Político

A visão demonstrada no texto da AE mostra-se descolada de uma análise política mais consistente, vez que não só não reconhece os acertos do nosso governo, como também não percebe a conjuntura de reunificação da direita em torno do Jatene.

A preocupação central em achar “culpados”, obscurece a análise mais apurada do processo político, que vai bem além do próprio PT. Não perceber que nessas últimas eleições houve no Pará um processo de realinhamento das forças da direita ou não incluir esse fato no debate é, no mínimo, apequenar o seu conteúdo.
É incrível como os companheiros da AE creditam à DS um equívoco político que foi cometido pelo partido e sua direção majoritária, Ocultam que a DS foi expurgada do processo de construção da tática eleitoral até o fim do primeiro turno e que isso foi uma resposta da direção do PT ao fato de que a DS percebeu que o PMDB não vinha compor conosco na coligação eleitoral e que por trás estava negociando com o Jatene.
Os companheiros não estão percebendo que não interessava a ninguém da direita a hegemonia do PT no estado e isso ficou muito claro no segundo turno, quando o PT veio praticamente sozinho, todos aqueles partidos que “estavam” no primeiro turno correram para a candidatura tucana.
Aquele PMDB moribundo de 2006 já não existia mais. No lugar dele surgiu um PMDB rearticulado, com 40 prefeituras graças a participação no governo, muitos cargos no governo estadual e retorno muitas lideranças que haviam abandonado o partido. Quanto a Jader, esse já estava refeito financeiramente já que seu grupo de comunicação passou a receber as benesses do governo e viu seu concorrente ser desprestigiado na relação com o estado.
O direção do PT não compreendeu o xadrez político que estava sendo jogado, Jader envolveu o PT com falsas promessas, o que levou o PT jogar o seu jogo. Deu no que deu.

Aos companheiros da AE - Parte 2 Governo não é Partido

A Composição de Um Governo de Coalizão.


Na composição do governo, além do PT outros partidos foram chamados à participar, entretanto coube ao PT a hegemonia do processo como partido majoritário. Além disso, na formação desse novo governo, alguns cargos são normalmente atribuídos à cota pessoal do governante, via de regra, são aqueles com maior apelo técnico ou estratégico. Contudo, na disputa política esses cargos passam a ser vistos como partidários, ou seja, ainda que não sejam indicação do partido passam a ser considerados em função da filiação do indicado.

Outro elemento a ser considerado nesse debate é o peso estratégico das áreas ocupadas pelos partidos, sendo comum que as opções partidárias foquem aqueles cargos com maior orçamento, maior amplitude política, ou ainda direcionando a segmentos que são importantes para atuação dos partidos.

No caso específico do PT, a montagem de um governo deve respeitar ainda a sua dinâmica interna, de modo a contemplar as suas forças ou tendências e isso nem sempre se dá de forma pacífica, pois entra em jogo as disputas internas. Aqui nesse ponto chamo a atenção para um elemento muito importante nesse debate, que é a correlação das forças internas do partido.

Acho particularmente relevante abordar esse contexto porque no Pará, diferentemente do ocorreu na montagem do governo Lula e agora Dilma, lideranças de tendências minoritárias no partido foram alçadas ao executivo, como aconteceu com Edmilson e Ana Júlia. Ou seja, quando Lula e Dilma escolheram seus ministros, aí incluídos suas quotas pessoais e/ou estratégicas, geralmente o fizeram com quadros do Campo Majoritário, hoje CNB, o que foi visto com naturalidade dentro do partido. Já o contrário, nos casos de Edmilson e Ana, foi visto como destoante, pois não contemplou a proporcionalidade interna do partido, isso causou grande frisson.

Assim, quando Ana Júlia compõe seu governo os então nomeados como quota pessoal passam automaticamente a serem contabilizados como DS, mesmo que esses nem filiados fossem ao PT.

Governo não é Partido

Uma vez instaurado o governo esse não pode ser confundido com o partido. Ambos têm suas próprias estruturas e instancias deliberativas. Dessa forma a atuação do partido não pode ficar limitada ou pautada pelo governo, pois o governo tem obrigações com a sociedade que vão alem do partido.

Ao governo cabe gerir o estado de forma republicana, respeitar as relações estabelecidas pela sociedade no processo eleitoral, não obstante deve o governo criar condições para que o programa partidário possa, na medida do possível, dar suas diretrizes.
Ao partido cabe aproveitar a oportunidade de ser governo para ampliar a discussão com a sociedade sobre seu conteúdo programático e dessa forma dar maior legitimidade ao governo para que possa ir acentuando sua aplicação e ao mesmo tempo seguir ganhando “corações e mentes” para a continuidade dos avanços propostos.
É preciso entender bem isso, caso contrário o partido se encastela no poder e se anula, levando o governo a agir como se partido fosse, desvirtuando seriamente o papel que cada um deve exercer. Outro reflexo dessa relação é que o governo passa a ser refém das disputas partidárias, e no caso do PT, das disputas internas, isso acaba contaminando o ambiente do governo que passa a ter intervir cada vez mais na gestão de conflitos, gastando energia que deveria ser direcionada para as ações estratégicas do governo.

Por fim, deriva dessa disputa também as animosidades internas que acabam levando a um distanciamento as vezes tão profundos que geram sentimentos de revanchismo e “desunião até mesmo na luta”. Como o texto do Feitosa não consegue diferenciar partido de governo, suas críticas reforçam apenas as disputas internas, não conseguindo ver nada, além disso.

Aos companheiros da AE - Parte 1 Uma Avaliação Equivocada

Uma análise política, quando se equivoca no princípio, torna muito difícil a sua contraposição, posto que não fica muito claro o que se pretende debater, tornando igualmente complexa sua resposta, uma vez que para fazê-lo é preciso primeiro tentar entender as críticas, antes mesmo de refletir sobre elas.
Essa avaliação assinada pelo companheiro Luiz Feitosa, em nome da tendência interna do PT Articulação de Esquerda – AE, busca se contrapor à analise feita pelas tendências que compõe o grupo de signatários da Mensagem ao Partido com atuação no PT do Pará, inclusive a DS.
O documento parte de uma confusão que o desqualifica como um todo. Essa confusão é fruto do não entendimento entre o que é partido e o que é governo, bem como a distinção dos seus papeis. Isso, ao meu ver, compromete a análise e o debate proposto, já que a formulação da crítica na maioria das vezes é remetida ao destinatário errado, ou seja, críticas que poderiam ser dirigidas ao partido, são feitas ao governo e vice versa.
Enfim, para “debater” com os companheiros da AE, vou fazer algumas considerações por tópicos, remetendo a parágrafos do texto em análise e assim facilitar o entendimento. Por outro lado, como a construção do texto da AE não permite fixar uma crítica central, haja vista conter vários equívocos, forçosamente esta avaliação deverá ser um pouco longa.

A eleição de 2006

Muitas das análises políticas que estão sendo feitas por companheiros do PT, se remetem à vitória de 2006 como um processo isolado, motivado exclusivamente pela trajetória de lutas do partido, o que, obviamente não condiz com a conjuntura política da época. Vale resgatar que naquele momento o PT atravessava um dos piores momentos de sua história, com o escândalo do suposto mensalão, saída de militantes para a formação do PSOL e no campo local a derrota na eleição municipal em Belém.
Neste mesmo período, no campo político, a eleição de Almir Gabriel para o seu terceiro mandato era dada como favas contadas. Entretanto internamente os tucanos não estavam em sintonia fina, a disputa interna entre Almir e Jatene, embora camuflada, acabou gerando abalos significativos na campanha, posto que o próprio Almir acusou Jatene de ter feito corpo mole em sua campanha, o que, segundo ele, foi decisivo para o sua derrota.
De outro lado, o PMDB e seu cacique Jader, enfrentavam uma conjuntura bem complicada. O PMDB via seus quadros migrarem para o guarda chuva tucano e com isso diminuindo seu poder político no estado e ao mesmo tempo a sua musculatura eleitoral. Já o seu maior líder Jader Barbalho, via o seu poder econômico e sua influência política diminuídos, a medida que seu grupo de comunicação era boicotado pela aliança dos tucanos com o Grupo ORM/Globo, e ainda pelo enraizamento que a era tucana criou nas estruturas de poder do estado, principalmente no poder judiciário, antes controlado e agora temido por Jader.
Destaco ainda que naquele momento a indicação do companheiro Mário Cardoso para concorrer ao governo do estado era vista como sacrifício político. Isso só não ocorreu porque os interesses de PMBD e seu cacique vieram na direção do PT, já Jader viu naquela aliança a sua “tábua de salvação”, o que aliais se concretizou com a vitoria do PT.
Sem dúvida o PT é um partido que tem sua força política, mas que naquela conjuntura, isolado, não teria condições de ganhar a eleição com o Mário. Isto posto, a determinação para que Ana Júlia viesse como candidata ao governo, tinha, além da possibilidade de ter um nome mais competitivo, a intenção de estabelecer um palanque mais forte para chamar votos para a reeleição de Lula.
Portanto, a vitória se dá nessa soma de fatores, potencializado numa campanha bem articulada, com estratégias bem definidas e ainda pelo natural desgaste dos doze anos de “desgoverno” tucano.

A Perereca da Vizinha: PF nega alteração nos computadores da Cerpasa e estranha perícia do Renato Chaves. MPF também desconhece laudo.

A Perereca da Vizinha: PF nega alteração nos computadores da Cerpasa e estranha perícia do Renato Chaves. MPF também desconhece laudo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Avaliação !!

Li a avaliação do companheiro Luiz Feitosa sobre o texto da Mensagem.

Achei um texto equivocado, primário, impreciso e oportunista. Vou construir uma resposta ao documento dos companheiros e posto mais tarde ou amanhã, pois nesse momento estou um pouco sem tempo para fazê-lo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Prefeito de Marabá foi cassado do cargo !!

 O prefeito de Marabá, Maurino Magalhães e seu vice, foram cassados do cargo por decisão do juiz Cristiano Magalhães, titular da 23ª zona eleitoral. Com isso, assume a prefeitura provisoriamente o presidente da Câmara Minicipal de Marabá, Nagib Mutran Neto.


HIROSHI BOGÉA ONLINE: Nagib já assumiu prefeitura

Contudo, quem deve (?) assumir a prefeitura em definitivo é o deputado estadual João Salame, que, segundo o post do Hiroshi no link acima, tem cinco dias para assumir o cargo. Porém, ocorre que Salame assumirá sua cadeira na AL dia primeiro de fevereiro, para cumprir seu segundo mandato, isso posto, terá de escolher se assume na prefeitura ou na AL. Toda via, essa não será uma decisão muito fácil, haja vista a insegurança jurídica que permeia o caso.

Sobre isso aliais é que faço algumas reflexões.

Primeiro, por que uma decisão tão complexa como essa é tomada por um único juíz, que a leva as últimas consequências, ordenando imediatamente a mudança no cargo, mesmo sabendo que essa decisão será rapidamente contestada e muito provavelmente tornada sem efeito através de uma liminar conseguida com outro juíz ?

Segundo, não seria melhor que a decisão de cassação só fosse levada a cabo a partir de uma decisão colegiada pelo pleno do TRE, pelo menos, ainda que haja recurso ao TSE e STF?

Por último, não custa lembrar um dito popular muito correto ao dizer que "o mundo gira", nesse caso, se aplica bem, só que, na política, gira ainda mais rápido.

Digo isso porque foi numa situação igual a essa que potencializou o nome do Maurino para ganhar a prefeitura de Marabá. Isso porque Maurino também teve uma experiência de assumir a prefeitura de Marabá  por ocasião da cassação temporária do ex prefeito Tião Miranda.

Ocorre que nos meses em que foi prefeito interino, Maurino "arrebentou", pegou o caixa que Tião Miranda estava "guardando" para despejar em obras eleitoreiras no último ano de mandato e "queimou" fazendo obras rápidas nas suas bases eleitorais. Isso criou uma certa expectativa em torno do nome de Maurino, que depois veio a ser eleito prefeito.

Posteriormente Tião Miranda retomou a prefeitura, reelegendo-se para um segundo mandato e agora  assumindo vaga de deputado estadual.

Caso CERPASA: O "Iluminado"

Hoje a jornalista Ana Célia, editora do blog Perereca da Vizinha, traz mais um post sobre a Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público para investigar o chamado Caso CERPASA, aquele que tem como foco a investigação do pagamento de propina ao então governador do estado na época, Simão Jatene e seus acessores Sergio Leão e Tereza Cativo.

No link abaixo o novo post pode ser acessado.

Bomba! Bomba! Advogado garante que arquivos dos computadores apreendidos na Cerpasa foram alterados pela PF.



Neste novo post, Ana Célia trás informações obtidas diretamente com o advogado Aluísio Meira, que defendeu a empresa na Justiça do Trabalho.

Dentre tantas informações interessantes trazidas neste novo post da Perereca, uma me chamou bastante atenção: a "conexão divina" do advogado com o além. Vejam isso dito, ou escrito, em frase creditada pela jornalista:

“Não sei que interesses motivaram essa ação. Mas, graças a Deus, fui iluminado quando suspeitei dessas mexidas e mandei fazer a perícia no Renato Chaves”.

Muito interessante não é ?!?!?!

Agora vejamos, perguntar não ofende, se uma empresa teve (?) R$ 16,5 milhões para subornar
o governador do estado, não teria ela mais alguns milhares de reais para, digamos, estimular algum ou alguns maus servidores a "atrapalhar" o andamento da justiça, a ponto de causar danos irreparáveis à ação?

Não teria sido essa "iluminação" do advogado fruto de uma conexão não tão divina assim?

Considerações sobre o Estado de Carajás. Comentário feito no blog do Hiroshi !!

No link abaixo o Hiroshi publica uma opinião creditada ao Engº Dário Veloso, no qual o mesmo expõe o que, segundo ele, deveriam ser implementadas como ações importantes a para uma eventual e futura criação do Estado do Carajás. 
   
HIROSHI BOGÉA ONLINE: Considerações sobre o Estado de Carajás

Deixei lá no post do blog o seguinte comentário:

Caro Hiroshi,
Vejo com preocupação o esquecimento cometido pelo Eng. Dário veloso da área ambiental.
Sabemos que a região pretensamente separatista do Estado do Pará para a formação do Estado do Carajás, tem graves problemas ambientais para serem resolvidos e a idéia de "Eldorado" do cresciemento econômico do país, associada a perspectiva de expansão de fronteira que a criação de um estado trás, pode se revelar num gravíssimo problema.
Ademais, a criação de um novo Estado amazônico, certamente só seria aceito se fosse entendido pela sociedade brasileira como mais uma ferramenta de preservação do espaço amazônico e não o contrário.
Quero acreditar que o "esquecimento" do tema não esteja atrelado aquele "conceito sub entendido" de que o cresciemtno econômico deva ser buscado a qualquer custo.
Infelizmente, tem sido muito comum nos defensores da criação do estado do Carajás, a subtração desse debate. Isso é preocupante !!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vítimas do Escalpelamento: Um drama da Amazônia !!

Ontem, já no final da tarde, "zapeando" o controle da Tv, em resposta a quase psicótica mania masculina de não conseguir assistir a mais do que 10 minutos consecutivos de tv no mesmo canal, acabei encontrando uma reportagem do Programa do Gugu, na Rede Record, que abordou o problema dos acidentes com escalpelamento na região amazônica, em particular no estado do Pará. A reportagem pode ser vista acessando o link abaixo.

Conheça o drama das mulheres que perderam grande parte do couro cabeludo

Para além da habitual linguagem performática do conhecido apresentador, o fato a ser destado não é só a sua benevolência em "presentiar" a associação das mulheres escalpeladas com a construção de uma sede própria para o desenvolvimento de seu trabalho de assistência social; nem mesmo o fato de que o programa doará uma linha completa de equipamentos destinados a produção de perucas. Destaco o que, ao meu ver, foi, de fato, o mais importante da abordagem:

1) A importante promessa do apresentador de ajudar, principalmente com campanhas explicativas, na prevenção desse tão doloroso acidente. O apresentador colocou-se a disposição, junto com a Rede Record para contribuir com ações que possam ajudar de alguma forma a evitar esse tipo de acidente;

2) A reportagem mostrou a obstinação de uma Assistente Social, que não me recordo o nome agora, que mesmo sem ter nenhuma estrura, luta diariamente para ajudar a diminuir a dor dessas pessoas e de seus familiares, dor essa que é muito maior que a dor física, ainda que está última acompanhe essas pessoas para o resto de suas vidas;

3) O programa mostrou que as pessoas vítimas desse acidente recebiam, até 2006, somente tratamento médico hospitalar numa ala da Santa Casa e que só apartir de 2007, o tratamento pós médico, psicológico e social foi implantado como política de saúde pública, deslocado para uma clínica específica, numa área não hospitalar.

Essa matéria televisiva serve também para levantar uma grande preocupação que ronda a política de saúde no estado, ou seja, até que ponto o ajuste neoliberal do Jatene no estado não inviabilizará essas importantes instituições de auxílio psiquiátrico, psicológico e social?

Será que Jatene, como fez em seu primeiro mandato, irá retrosceder nas políticas de saúde pública, entendendo que as chamadas "Casas de saúde" ou Centros e Unidades de Referência, que tratam de questões específicas aumentam o custeio da máquina estatal, entendendo saúde pública como aquela que é meramente hospitalar?

Aqui mesmo no blog já mencionei esse tema na postagem "Em Defesa do CAPS !!", onde abordo a insegurança dos profissionais daquele Centro, a respeito da sua continuidade ou não.

Tomara que o governador tenha o mínimo de prudência !!

Carlos Bordalo - entrevista 2

Carlos Bordalo - entrevista 1



Republico entrevista do Deputado Bordalo concedida ao blog Espaço Aberto.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Blog do Zé Carlos - PV: Governo de cinco

Blog do Zé Carlos - PV: Governo de cinco

Leiam aí no link acima, uma análise que o Zé postou sobre a forma de centralização do governador Jatene. Eu venho dizendo isso quase todo dia aqui no blog.

A Perereca da Vizinha: Caso Cerpasa deve agitar bastidores políticos do Pará em 2011.

A Perereca da Vizinha: Caso Cerpasa deve agitar bastidores políticos do Pará em 2011.

No link acima, importante informação prestada pela jornalista Ana Célia Pinheiro que, como sempre, vai a fundo nas suas pesquisas para consubstanciar suas postagens.

Neste post, o blog A Perereca da Vizinha tráz informações acerca do andamento do processo pelo qual o atual governador Jatene, junto com Sergio Leão e Tereza Cativo, respondem por corrupção no caso CERPASA.

O Caso CERPASA, para quem não se lembra, é aquele pelo o governador Jatene, em seu primeiro mandato, é acusado de negociar com a empresa o perdão de suas dívidas tributárias junto ao fisco estadual, aquela época estimada em R$ 50 milhões, em troca de R$ 16,5 milhões de propina e caixa dois de campanha. Segundo as investigações, a dívida foi perdoada e os valores repassados.

Esse é o novo governo do Pará, um governo que está inserido num forte indício de corrupção, com grande prezuíjo causado aos cofres públicos, segundo a Ana Célia, num levantamento atualizado da dívida da CERPASA, esse valor poderia chegar hoje a montantes superiores a R$ 120 milhões.

Fica mais uma vez evidente que o povo do Pará foi vítima de um "estelionato eleitoral" armado pela rearticulação da direita e da mídia golpista do estado, por trás da construção de uma falsa máscara de competência vendida a sociedade, foi eleito um governo sem programa de governo e sem nenhuma visão de futuro e de desenvolvimento e que na verdade esconde um grupo de pessoas envolvidas em inquéritos de corrupção.

O Caso CERPASA, que é comprovado, é um indicativo de que esse grupo, talvez quadrilha, possa ter feito outras negociatas se valendo da condição de gestores públicos para gerar enorme prejuízo ao estado, em troca de benefícios particulares. Por conta disso é que podemos então disconfiar dos reais motivos que levaram à privatização da CELPA, aqule convênio entre o estado e o Grupo Liberal, à permissão das operações do Porto da Cargill em Santarém e da ALCOA em Juruti sem os devidos estudos de impactos ambientais, ou ainda à concessão a diversas empresas de incentivos fiscais sem que houvesse um parâmetro concreto de análise e por aí vai.

E agora, o que fazer? esperar por uma justiça que nunca chega ?!?!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Carta Maior - Internacional - O legado de Gerald Cohen (II): Por que não o socialismo?

Carta Maior - Internacional - O legado de Gerald Cohen (II): Por que não o socialismo?

O legado de Gerald Cohen (II): Por que não o socialismo?


Em seu livro "Por que não o socialismo?", Gerald Cohen recorda que nas emergências, como em inundações ou num incêndio as pessoas atuam com base nos princípios solidários de um acampamento. A viabilidade do socialismo que Cohen discute não se refere a se podemos chegar a ele a partir de onde estamos, agora, mas se o socialismo funcionaria e se seria estável. Cohen pensa que o principal problema do socialismo não é o egoísmo, mas que não sabemos como desenhar a maquinaria que o faria funcionar; seria nossa carência de uma tecnologia organizacional adequada: nosso problema é de desenho. O artigo é de Julio Boltvinik.
Julio Boltvinik - La Jornada

Cortes? Arrocho? Obras inacabadas? É Pará isso !!!

Não há nenhuma surpresa no “pacotaço” de cortes de gastos divulgado ontem pelo governador Jatene, na verdade isso já era mesmo esperado, afinal todo mundo sabe que a clausula máxima de qualquer gestão tucana é o “ajuste fiscal”.

Esse script tucano está igual os finais de novela da Globo: previsível e sem graça. Tenho abordado muito esse assunto aqui no blog, inclusive vocês podem pesquisar por assunto aí na barra. Sempre disse que é muito clara a estratégia “tucanalha” que consiste basicamente no seguinte:

1- Primeira metade do mandato

1.1) criam uma atmosfera de denuncismo e sensacionalismo irresponsável quanto à situação encontrada;

1.2)promovem cortes de gastos nos primeiros anos de suas gestões, dando uma falsa impressão de austeridade, mas com claro objetivo de fazer caixa;

1.3) arrocham os salários dos servidores;

1.4) concentram a gestão do estado nas mãos de um núcleo duro de governo, que na verdade é quem decide todas as ações do governo;

1.5) muita propaganda.

2- Segunda metade do mandato

2.1) estabelecem uma agenda mínima de obras, geralmente com vultosos investimentos em poucas obras elitizadas e via de regra centralizadas em Belém;

2.2) finalmente voltam a liberar um arraial de gastanças do recurso público;

2.3) mais propaganda ainda.

É assim, desse jeito. A coisa é tão mecânica que até mesmo no comando Flamengo a vereadora tucana Patrícia Amorim, atual presidente do clube, em seu primeiro ano, cortou tanto os investimentos que quase levou o clube ao rebaixamento para a segunda divisão para agora, apresentar o Ronaldinho Gaúcho, campanha para construção de CT, etc. Ou ainda como fez o Serra na campanha, que alegava que era preciso fazer um ajuste fiscal porque o governo federal estava sem condições de investimento. Ora, isso em pleno andamento do PAC, um dos maiores programa de investimento que o país já teve, ou seja, o Serra (e o PIG) dizia uma coisa e o país tava vendo outra.

A questão é surreal, que se formos perceber com mais foco, até mesmo o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, que sucede Serra e os 16 anos de gestão tucano no estado, inclusive a sua, chega falando em contenção de gastos e auditorias e não em investimento.

Ironias à parte, mais uma vez quem vai perder é o povo do Pará, num momento ímpar em que estávamos crescendo nossa economia no ritmo da economia brasileira, apresentando recordes de geração de emprego e obtendo grande volume de aplicação de recursos do governo federal em obras e ações no estado, o governador do Pará resolve “apertar os cintos”.

Talvez tivesse sido mais esclarecedor se o governador Jatene tivesse utilizado termos como: soltar âncora, ou, desliguem as turbinas, ou até mesmo esse utilizado “apertar cintos” só que faltou o complemento, o piloto sumiu !!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Preconceito x Televisão. Aberta mais uma temporada do BBB

Folha.com - Ilustrada - Tony Goes: A segunda transformação de Ariadna - 19/01/2011

Será que o BBB ajuda a diminuir preconceitos da sociedade brasileira ou só os expõe ao máximo ?

Leiam aí a opinião de quem entende do assunto.

Folha.com - Poder - Após 20 anos, Simon pede aposentadoria como ex-governador gaúcho - 19/01/2011

Folha.com - Poder - Após 20 anos, Simon pede aposentadoria como ex-governador gaúcho - 19/01/2011

Segundo a reportagem, a ex governadora do RS, a tucana Yeda Crusius também já faz parte da folha do Estado.

É bom que se divulgue isso, se não daqui a pouco, vão dizer que é um privilégio exclusivo da governadora Ana Júlia. Não é um privilégio, é uma prerrogativa do cargo. Todos, eu disse TODOS, os ex governadores do Pará são recebedores de pensão do estado. Tá lá na constituição, é lei !!

Deu lá no HIROSHI BOGÉA ONLINE

HIROSHI BOGÉA ONLINE: Pai nosso que estáis .....

Interessante esse post do Hiroshi sobre patrulhamento religioso que o arcebispo de Brasília está tentando fazer com a Presidenta Dilma. No link acima.

Tudo que é “ex” não é muito bom !!

O ex petista Edir Veiga, aquele das pesquisas manipuladas da UFPA, como cientista político é um ótimo dentista.

Ao que parece o Edir guarda um ódio mortal da companheira Ana, rancor eu acho, tentando a todo custo desqualificá-la sempre que pode. Fez isso durante toda a campanha eleitoral, onde fazia análises políticas pra lá de surreal sobre o governo, quem o ouvia falar até pensava estar na outra ponta do país, onde a governadora tucana do RS, sequer conseguiu chegar ao segundo turno.

Algum desavisado, como eu, que resolve perder tempo passando lá pelo blog dele, tem a sensação de que a eleição de Jatene se deu em primeiro turno e que o atual governador alcançou 90% dos votos, tamanho é o desprezo com que trata os 45% de votos alcançados pela governadora e pelo PT.

Agora, Edir está incomodado com o futuro da companheira Ana, fala, com ares de desejo, como se ela o PT tivessem acabados, logo ele que é doutor em ciência política, deveria saber que esse cartesianismo todo não é a tônica na política brasileira, o próprio Jatene é a maior prova disso.

Também não era de se esperar muita coisa desse cidadão. Lembro-me que desde a época em que estava na faculdade, ela já era exemplo de coisa ruim, sempre esteve encastelado na reitoria da UFPA, babando os reitores tucanos que por lá passaram. Ela era de grupo´político chamado Nova Esquerda. Sai pra lá pelego !!

Tranqüilo !!

O companheiro Puty, deputado federal eleito e já diplomado pelo TRE do Pará, está tranqüilo em relação há mais esse factóide da “tucanalha”.

Segundo Puty, que deixou a Casa Civil no final de março do ano passado, seu pedido de renúncia e exoneração do Conselho das Cidades foi encaminhado à governadoria do estado em data hábil, não havendo portanto nenhum motivo para maiores preocupações.

No pedido de cassação do registro de Puty, os tucanos alegam, além da questão do prazo, que ele, Puty, teria se beneficiado do uso desse Conselho durante o período eleitoral. Ora, a representação no Conselho das Cidades não é remunerada, logo não houve benefício financeiro, não obstante, o Conselho não teve atividade entre o período em que foi solicitado a renúncia até a data da sua publicação retroativa no D.O.E, logo também não houve benefício político, como alegado no pedido.

Muito provavelmente isso faz parte da tática tucana de tentar desgastar a imagem do companheiro Puty já pensando em utilizar no futuro a estratégia da desinformação. Tudo muito bem articulado, como fizeram com a companheira Ana, plantando todo tipo de mentiras e fofocas que, depois, passaram a utilizar na campanha eleitoral, como a que dizia que governadora vivia bebendo pelos botecos da cidade. Canalhas !!

Os Amigos do Presidente Lula: Para ingleses, Alstom pagou propina para o PSDB em SP

Os Amigos do Presidente Lula: Para ingleses, Alstom pagou propina para o PSDB em SP

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"PererecaGates" !!

A Perereca já derrubou um, aquele que queria reconstruir o Mangueirão. Agora vem mais.

Repercuto aqui seu post sobre os novos dirigentes da Fundação Carlos Gomes.


Bomba! Bomba! Promotor pede afastamento dos dirigentes da Fundação Carlos Gomes. Só o prejuízo detectado pela AGE chega a mais de meio milhão.



"...O 3 º promotor de Justiça de Direitos Constitucionais e Patrimônio Público, Nélson Medrado, ajuizou, ontem, Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra 17 servidores e ex-servidores da Fundação Carlos Gomes, entre eles o superintendente Paulo José Campos de Melo.
As ilegalidades que eles teriam cometido entre os anos de 2003 e 2006, durante o primeiro governo do tucano Simão Jatene, teriam provocado um prejuízo aos cofres públicos superior a meio milhão de reais, apenas no que foi quantificado pela AGE.
No entanto, auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) também teriam descoberto pagamentos ilegais realizados sem registro no SIAFEM, nos anos de 2005 e 2006, que chegam a mais de R$ 1 milhão.
Na maioria, esses servidores e ex-servidores ocupavam cargos de chefia e alguns já até retornaram ao comando da instituição no novo governo de Simão Jatene."
 
A íntegra do post aqui

Tecnologia Tucana !!

Trago a post o comentário do companheiro Chico. Muito bem observado.

Chico Feitosa Jr. disse...


Cidade...


Dando uma olhada pela blogsfera... acabei de ver esse assunto no "Na Ilharga" que acho q passou desapercebido por ti. Foi de um anônimo:


"Jorge, em São Paulo os advogados já entraram com ação contra o Governador Geraldo Alkimen por ele ter recebido de empresas privadas, recursos para a sua campanha, o que é vedado pela legislação eleitoral. Aqui, a Perereca fez a denúncia, com provas. Pergunto. O que os nossos advogados estão esperando para fazerem o mesmo, e apear do cargo o Simão lorota?


Acho w isso tem q ser levado mais a sério já que tem provas...
18 de janeiro de 2011 15:03

Do blog:

O problema "chicote" é que Jatene não foi cassado nem no seu primeiro governo, cujo o processo ainda se encontra pendente de julgamento no TSE, aquele do uso do avião do estado, imagina esse aí !!
O MP daqui só vê o que quer. É f... !!

Os cães são animais espetaculares !!

G1 - Cachorro reencontra dona um dia após se perder em Teresópolis - notícias em Chuvas no RJ

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

FaloPorqueTenhoBoca: O descaso com as áreas social e de geração de renda

FaloPorqueTenhoBoca: O descaso com as áreas social e de geração de renda

Eu já estava mesmo pensando em escrever sobre essa questão, estava me encomodando esse descaso.

Na prática isso signica o fim do programa Bolsa Trabalho. É uma pena !!

O Colosso Mangueirão !!

O artigo do professor de engenharia Nagib Charone Filho, publicado neste domengo no jornal O Liberal, revela mais uma vez, como está virando moda nesse começo de governo, as mentiras deslavadas que são publicadas a cerca da situação deixada pelo governo anterior, um tratamento desrespeitoso a questões que são sérias e que não contribuem em nada para avanço da democracia no estado.

O artigo descontroi a pirotecnia da SEEL e do seu "secretário porcino", como postou o Amorim em seu blog, que convocou a imprensa para dizer que o estádio Mangueirão estaria com problemas estruturais que comprometem, inclusive a sua capacidade de público. Uma enganação.

Charone diz que estruturas de concreto armado podem resistir a mais de 120 anos. Faz referências técnicas sobre a sua construção; constata como o desuso desse equipamento pode ser cruel do ponto de vista da sua aparência, já que a falta de uso pode lavar uma conclusão apressada de irrelevência e conclui, fazendo alusão a saúde, que o "estado clínico" do Mangueirão seria curável com o uso do medicamento Mercúrio Cromo, ou seja, apenas "feridas" superficiais.

Ou seja, tecnicamente o Mangueirão precisa de  manutenção propriamente dito, já que é uma obra nova, é possível até que pequenos reparos, mas, é indefensável a argumentação de que o estádio necessite de reformas estruturais, que certamente consumiriam recursos vultosos, provavelmente com uma justificativa forçada, dado esse oba oba da copa, mas que poderia esconder fins pouco digno e indigesto para a sociedade esclarecida.

Felizmente o "novo" ex secretário "catastrófico" caiu antes !!

Amizade !!

Planeta Bicho » Cão permanece ao lado da sepultura da dona, após tragédia em Teresópolis, RJ » Arquivo

No Princípio era o Verbo !!

Parece incrível como nos últimos dias o Pará deixou de ser um estado “parado” para se transformar num estado que pode dar um salto para o futuro nos próximos quatro anos.

É como se aquele Pará da campanha eleitoral do Jatene, de uma hora para outra deixasse de existir e desse espaço para o Pará real, este que caminha a passos rápidos para uma verdadeira mudança de sua condição econômica.

Isso na verdade se deve a um “fenômeno” de comunicação, muito comum na política brasileira: a existência do PIG, o chamado Partido da Imprensa Golpista.

O PIG tupiniquim, unificado em torno da campanha do Jatene, construiu um Pará imaginário, que culminou com o slogan da campanha tucana que afirmara que a governadora Ana Júlia teria desperdiçado a chance de aproveitar a relação privilegiada que tinha com governo federal para alavancar os investimentos no estado.

Esse fato ficou muito claro por ocasião da vinda do presidente Lula para dar início às operações de construção da ALPA em Marabá, onde a matéria publicada pelo Diário, naquela dia, dizia que o presidente veio “inaugurar” movimentação de terra, desconhecendo no entanto que a terraplanagem é a primeira etapa de qualquer obra gigantesca como esta.

O PIG tupiniquim jamais informou aos seus leitores o esforço feito pela governadora e pelo próprio presidente Lula para que a Vale trouxesse de volta para o Pará a ALPA e o pólo industrial de aço que o governo tucano já havia perdido para o Maranhão. Ou ainda, que a governadora junto com o ministro do MDA, conseguiram trazer de volta para o Pará a Petrobras, que também deixou o estado no primeiro governo do Jatene e que agora irá transformar o Pará no maior pólo de produção de biodiesel do mundo, na região de Tomé-Açu.

O PIG não comunicou aos seus leitores que, o linhão do Marajó, uma obra de R$ 500 milhões, foi um pedido de Ana Júlia ao Lula; que o porto de Marabá foi inserido no PAC por articulação da governadora; que a construção da UHE de Belo Monte foi condicionada a elaboração e implantação de um plano de desenvolvimento sustentável para a região do Xingú; que Ana insistiu na conclusão das eclusas de Tucuruí e na hidrovia Araguaia/Tocantins como uma obra importante para o desenvolvimento do estado; assim como os asfaltamentos em curso da Rodovia Transamazônica e BR 163, a Cuiabá-Santarém.

O PIG ontem, tanto Liberal quanto Diário, ressaltarem de forma espetacular o salto que o Pará pode dar nos próximos anos, com a revolução de transporte e logística que está para ocorrer no estado, com a implantação de novos pólos econômicos, com os vultosos investimentos já garantidos do governo federal, com os diversos projetos que a governadora Ana Júlia aprovou e que foram incorporados ao PAC.

Pois é, no “Princípio era o Verbo”, ou seja, a Comunicação, ou melhor, como ela chaga à sociedade. Para o PIG tupiniquim é como se tudo isso tivesse acontecido agora, nesses primeiros dezesete dias do ano.

É isso !!

Voando Alto !!

Notinha marota, publicada na coluna Repórter Diário de domingo, dá conta de que o Grupo Liberal estaria pressionando Jatene para que ele voltasse a celebrar aquele malfadado convênio entre o Grupo e o Governo do estado, para que este último volte a utilizar o jatinho e os serviços de mídia do primeiro, enquanto este, a título de “contra partida”, usaria os transmissores da TV Cultura para retransmitir a sua própria programação privada e assim, “prestar relevantes serviços de utilidade pública” ao povo do interior do Pará. Detalhe, por essa benevolência do Grupo Liberal o governo do estado ainda pagaria uma cifra de R$ 40 milhões por ano.


Essa excrescência, como justificou a governadora Ana Júlia quando iniciou seu governo e mandou cancelar o convênio em 2007, “é o mesmo que você pegar um taxi e ao final da corrida, o motorista apurar o valor do taxímetro e te pagar esse valor por você ter pego o taxi com ele”, ou seja, esse convênio é surreal.

Só para lembrar, nos quatro anos do goveno de Ana Júlia, o avião pertencente ao estado foi perfeitamente utilizado pela governadora e quando fazia viagens para fora do estado, usava normalmente as companhias aéreas. A Tv Cultura retomou suas antenas e hoje sua programação chega a mais de 70 % da população do estado e o mais importante, o estado não pagava esses R$ 40 milhões por ano ao Grupo Liberal.  

Contudo, ao que parece o Grupo Liberal está cobrando a sua fatura pelo apoio eleitoral e, obviamente, quem vai pagar a conta somos nós. Lamentável !!!

Cadê o MP quando se precisa dele ??

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Defender o nosso projeto de governo é tarefa de todos !!

Há rumores que a Unidade já estaria toda prosa, certa de que achou a sua "tábua de salvação" para disputar as eleições de 2014. Nada de errado em apostar no surgimento de novos quadros, acho até interessante.

Agora tem algumas coisas que são importantes, não se constrói uma liderança destruindo outra, quanto mais lideranças o partido tiver melhor. O PT é um partido que historicamente sempre formava muitos quadros, mas, de um tempo para cá o pragmatismo eleitoral suplantou essa lógica. Infelizmente, parace que hoje o surgimento de uma liderança nova está sempre vindo para ameaçar outra já constituída.

Por isso companheiros é preciso pensar um pouco mais sobre a importância do nosso governo sob a liderança da companheira Ana, assim, além da defesa veemente do nosso governo, enquanto projeto de sociedade, deve ser tarefa de todo o partido preserva a nossa companheira. Afinal, em política, as coisas não são cartesianas e os 45% da população que votou pela continuida do nosso projeto é um capital político que o partido possui.

Isto posto, em que pese setores do PT acreditarem que, ao demonizar um grupo do partido, estarão  eximindo a si e ao próprio PT da culpa pela derrota eleitoral, estão totalmente equivocados, para a sociedade certamente a leitura foi e será feita de outra forma, sendo a derrota de um a derrota de todos.

Neste sentido, a elaboração de análises de cunho divisionista para a base do PT, implica, antes de reconhecer os próprios erros, não compreender o processo de rearticulação da direita, que entendeu a reeleição da conmpanheira Ana como um processo de hegemonização do PT no estado, e o combateu de forma sistemática, inclusive unindo oposição é mídia.

O "Sofisma" de Jatene. Caminho complicado !!

As decisões políticas que estão sendo tomadas pelo novo governo do Pará podem conduzir o estado para um caminho muito complicado, que fere inclusive o princípio da impessoalidade do gestor público.

A decisão do governador de retirar da Assembléia Legislativa os projetos encaminhados pela gestão passada pode estar abrindo um precedente muito negativo do ponto de vista da democracia. Isso porque os projetos enviados à AL pelo governo anterior foram fruto de debates travados entre a sociedade e o Estado.

O novo governo que entra pode sim ter divergências com as propostas encaminhadas, é legítimo, mas não pode simplesmente desconsiderá-las, como se o governo anterior não tivesse legitimidade para fezê-lo, se tem discordância, que venha para o debate, proponha o que acha correto. O governador Jatene tem que entender, que assim como ele foi eleito agora, a quatro anos atrás o governo que saiu também o foi, logo não há nesse governo mais e maior legitimidade do que o anterior.

Ademais, a falsa alegação de não conhecer o inteiro teor das proposições não passa de dissimulação, sofisma, pois, todos esses projetos encontram-se na Consultoria Geral do Estado. Não há portanto nenhum cabimento o Poder Executivo alegar junto ao Poder Legislativo o desconhecimento dos seus atos.

É preciso que a sociedade entenda a gravidade dessa atitude !!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédia no Rio !! De novo. Até quando?

Hoje, assistir vários telejornais que óbvio, tiveram como destaque a tragédia das chuvas no Rio.

Cenas chocantes, lamentáveis, tristes e revoltantes, já que são cenas de uma tragédia anunciada. Tragédia essa que se repete a cada verão, quando chegam as chuvas.

O mais revoltante é saber que o projeto chamado Morar Seguro, que custaria ao governo do Rio, cerca de R$ 1 bi, que estão sendo solicitados por empréstimo junto ao Banco Mundial, não é prioridade, mas a enésima reforma do Maracanã, que custará os mesmos R$ 1 bi, essa com recursos já garantidos.

Que Merda !!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Proposta Democrática: Números inúmeros e as heranças malditas: há algo a encobrir?

Proposta Democrática: Números inúmeros e as heranças malditas: há algo a encobrir?

"FLAMENGO É FLAMENGO"

Depois de uma disputa intensa o Flamengo conseguiu fazer uma das maiores contratações do futebol brasileiro nos últimos tempo.

Para quem ainda tem alguma dúvida do papel que um grande jogagor possa exercer numa união entre esporte e negócio, o dia de hoje mostrou que quando há esse elemento, a perspectiva de retorno é muito grande.

O dia de hoje que marca a apresentação de Ronaldinho no Mengão, foi marcado por uma cobertura jornalística daquelas que você só vê em dias de jogos da seleção brasileira em dias de copa do mundo.

Na tv a cabo todos os canais esportivos e na internet, os principais sites, deram cobertura ao vivo desde das primeiras horas da manhã até os programas noturnos de esporte, ou seja, foram mais de 12 horas diretas de cobertura da mídia focada no Mengão.

Na Gávea foram mais de 20.000 torcedores dar as boas vindas ao R10. Uma grande mobilização.

É isso, O Melhor do mundo no Maior do mundo !!

Notorious Magazine by VANDERLAN NADER: Matéria: Belém a Metrópole da Amazônia

Notorious Magazine by VANDERLAN NADER: Matéria: Belém a Metrópole da Amazônia

Belém vista de fora !!

Belém - Mosaico de ravena

ART Esquerda: MIOPIA: ATUAL DIREÇÃO DO PT PARAENSE ISOLA A MILITÂNCIA

ART Esquerda: MIOPIA: ATUAL DIREÇÃO DO PT PARAENSE ISOLA A MILITÂNCIA

Depois de postar uma avaliação, na minha concepção equivocada, assinada pelo Pere Petit, os companheiros da AE agora chamam o partido ao debate(link acima) questionando a forma como o PT vem tomando suas decisões sem consultar o conjunto, se não da militância, pelo menos dos dirigentes e lideranças das tendências internas do partido.

De minha parte acredito que nesse momento a melhor forma de fortalacer o partido é o chamado à unidade, ao debate interno, com respeito e sem revanchismo.

Apesar da derrota eleitoral que tivemos, o segundo turno, mostrou que o projeto de governo defendido pelo PT tem sim muitos legados a serem defendidos, o principal deles é o próprio conjunto de quase 45% dos eleitores que queriam a continuidade do projeto.

É importante ressaltar o fato de que isso se deu no segundo turno, tendo em vista que nesse momento as forças da direita, que teoricamente estiveram conosco no primeiro turno, já haviam se realinhado ao seu campo original e já estavam todos reagrupados em torno da candidatura Jatene.

No mais, também acredito que tenha sido um erro lançarmos apenas um candidato a senador naquela conjuntura de insegurança jurídica, assim como acredito que, sinceramente, que "chamar" novas eleições agora só beneficiará o Sr. Jader Barbalho. Não tenho nenhuma dúvida que qualquer candidatura do PT ou mesmo da esquerda, nesse momento, não logrará êxito.

Portanto, temos que chamar o partido a fazer uma oposição qualificada e expor ao máximo a perspectiva de retrocesso que representa esse governo tucano para o estado. Para tanto, seria importante e necessário que algumas práticas pudessem ser coordenadas pelo partido, pra isso a unidade é fundamental.

Acredito que um bom começo para viabilizar essa estratégia, seria uma revisão imediata na comunicação do partido. Proponho a criação de um núcleo unificado de comunicação que articule os 12 mandatos do partido, a partir da formulação de conteúdo político que possa preparar toda militância do partido para esse embate.

Essa estratégia é importante para que possamos romper o bloqueio que a "grande mídia" do estado fará ao PT, já que ela é atrelada ao projeto da direita. Deveríamos, no meu modo de ver, articular a construção de uma imensa rede de internautas, que seja capaz de pautar esse debate na sociedade, exemplo da importância que teve a rede para a eleição da companheira Dilma.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Palacete Pinho será entregue sem definição da sua utilidade pública !!

Depois de mais de sete anos em reforma, dos quais, seis anos no governo de Duciomar Costa, o Palacete Pinho será inaugurado. Inaugurado, porém sem utilidade definida.

É isso mesmo, pasmem, a prefeitura vai entregar um prédio público a população sem definir o que será feito nesse prédio. 

Seis anos de governo, sete de retauração e não se sabe ainda o que será desse espaço !!

Aí meu Deus !!

Copa 2014: Arenas Públicas - Uma farra que deveria ser evitada !!

Além do Maracanã e do Mineirão, estádios que possuem grandes times para demandá-los, como Flamengo e Fuminense no primeiro e Cruzeiro e Atlético no segundo, os demais estados que sediarão jogos da copa 2014 e que possuem estádios públicos, vão certamente construir elefantes brancos, com dinheiro público é claro.

Basta ver o exemplo daqui mesmo no Pará, ainda me lembro como a sociedade ansiava pela conclusão do Mangueirão, aquela altura apelidado de "Bandolão", contudo, agora depois de oito anos que ele ficou pronto, o que vemos? um espaço público sub utilizado, que não é demandado mais do que 10 vezes por ano. Ou seja, mesmo com um futebol forte, com times tradicionais, ainda sim, o espaço é deficitário, mesmo no sentido público. Os principais clubes do Pará, Remo e Paysandú, nunca desistiram de usasr seus próprios espaços.

Então, o que esperar das arenas esportivas que estão sendo construidas em Manaus, Cuiabá e Natal, que não possuem tradição no futebol, exceto Natal que tem clubes importantes, mas que ainda assim não justificaria um investimento de quase R$ 2 bi, considerando as três arenas.

No caso de Recife uma arena que custará R$ 1 bi, poderá ter o mesmo destino do Mangueirão, haja vista que tanto Sport, Náutico e Santa Cruz possuem seus espaços próprios e certamente não vão abrir mão deles.

Em Salvador, também uma arena que custará mais de R$ 1 bi será construída, neste caso, o Vitória já possui seu espaço e a nova Fonte Nova seria então a arena do Bahia. Agora, o que será do estádio do Pituaçu, reformado recentemente pelo governo da Bahia, com o argumento de que seria arrendado ao Bahia, que não tem estádio.

O desperdício dessa dinheirama toda é fruto da arrogância da FIFA, que, para realizar seu evento no País, exige que esse país faça sacrifícios bem maiores do que deveria, como é o caso agora, onde se exige gastos extraordinários em arenas que, depois da copa, serão espaços ociosos e dispendiosos para os estados, assim como está acontecendo na Africa do Sul, onde aqueles estádios belíssimos estão todos sem uso.

Essa é a filosofia da FIFA, realizar seus eventos em lugares onde pode interferir como se fosse a maior autoridade pública do país. Não por acaso, os últimos mundiais estão sendo levados para Brasil, Rússia e Catar, preterindo países onde os investimentos seriam menores ou onde a FIFA não tenha força de determinar suas exigências, como as queria fazer à Alemanha, que desconfiguraria por completo o Estádio Olímpico de Berlim.

Fazer essas exigências é a forma que a FIFA achou para impôr suas condições e com isso auferir muito lucro em cima dessas nações.

Fazer o quê !!

Copa 2014: Maracnã 2 - Dias atuais !!

Depois de ter feito a última reforma a menos de três anos, que custou cerca de R$ 200 mi, para a realização do Panamericano, com o argumento de que aquela reforma seria definitiva, inclusive para a copa do mundo, o governo do Rio resolveu fazer uma outra reforma que custaria, ha seis meses atrás, R$ 705 mi, mas que agora, já estão falando em nada menos que R$ 1 bi, conforme revela o link abaixo.  

ESPN.com.br / Mauro Cezar Pereira - Informação é o nosso esporte - Acorda, Brasil-il-il: farra do Maracanã conduz a reforma para R$ 1 bilhão

Pois é, R$ 1 bi para a reforma do Maracanã, será que o Rio não teria outras prioridades?

Copa 2014: Maracanã 1 - Seis meses atrás !!

O post retirado do blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil, revela, aquela altura os prejuízos que maias uma reforma do estádio Maracnã trará aos cofres públicos. Porém o mais cômico, se não fosse trágico, é a tentativa da secretária de esporte do Rio em explicar como seria uma PPP. Uma piada !!


ESPN.com.br / Mauro Cezar Pereira - Informação é o nosso esporte - VÍDEO: PPP? Pra que? Estado prefere bancar toda reforma do Maracanã

A reforma do Maracanã custará entre R$ 705 milhões e R$ 880 milhões. De acordo com a secretária de turismo, esporte e lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins, o estádio possui um superávit anual de R$ 3 milhões. A política prevê que esse valor deve triplicar após as reformas, o que faz com que o estádio leve 78 anos para se pagar.
Quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, afirmou que o dinheiro público não seria investido no estádio e que parcerias público-privadas seriam feitas para evitar o uso deste dinheiro. Porém a secretária afirmou que é mais interessante o Estado realizar os gastos desta verba agora e pensar depois parcerias de gestão do estádio para recuperar o dinheiro.

PT. Comunicação. Comunicação. PT !!

É inacreditável que frente a essa avalanche de ataques e factóides produzidos contra o PT, ainda assim, parece que o partido não tem nada haver com isso. Mesmo sabendo do boicote que a mídia impõe ao PT, para fazer valer a versão mentirosa da direita raivosa, ainda assim, o PT se omite de fazer o debate e defender o nosso governo.

Não é a primeira vez que reclamo aqui no blog da incapacidade do PT em gerenciar a sua comunicação a partir do seu site da inetrnet.

É só acessar o site do PT e verificar o que estou dizendo !!

É DO MENGÃO !!

Balanço e Perspectivas do PT: uma contribuição ao debate político

Recebi uma avaliação política do grupo da Mensagem, com autorização para postar aqui no blog.

Vejam que o texto não é só da DS, como disse a Edilza, é sim da Mensagem. Isso indica o óbvio, a Edilza não faz mais parte do grupo da Mensagem, como ela afirmar fazer, até porque, se realmente fizesse, as avaliações dela teria que ser programática, na linha da segue, mas na prática não é isso que ocorre. As avaliações da Edilza estão todas muito próximas ao outro lado.

Abaixo, na íntegra, o e-mail que encaminha o texto e o artigo da Mensagem para orientar a companheirada nos debates políticos internos do PT.

Valeu !!


Camaradas,


Segue em anexo o texto da Mensagem ao Partido (DS+Rede+13socialista+solidariedade) para o processo de avaliação de nossa derrota eleitoral e perspectivas para o futuro do PT no Pará.

Setores sectários insistirão em fazer o balanço que mais interessa ao PSDB: o que divide e enfraquece o partido e não aquele que tira lições e aponta rumos para a oposição aos Tucanos.

Façamos um debate na política. Sem baixaria.

Claudio

Mensagem ao Partido


A vitória de Ana Julia de 2006 representou a materialização de muitos anos de acúmulo de forças do campo democrático-popular na oposição aos governos conservadores de nosso estado, que aqui implementaram um modelo de desenvolvimento excludente, seja pela ação direta ou pela omissão frente a inserção passiva do estado do Pará na federação.

A conquista do governo abriu a possibilidade de afirmação de um novo modelo de desenvolvimento em nosso estado, a partir do fomento a atividades econômicas mais complexas, que utilizassem de forma mais elaborada nossos recursos naturais e que permitissem a criação de novas oportunidades de emprego e renda a partir do combate à precariedade, à destruição ambiental e à ilegalidade.

Uma correlação de forças favorável ao campo popular também criou condições inéditas para a democratização do Estado e para o fortalecimento da participação popular, seja através de formas coletivas de planejamento econômico ou através dos mecanismos de controle social da gestão pública, por meio de conselhos e conferências temáticas.

Apesar de termos governado para muitos, a partir dos interesses das maiorias. Apesar das mudanças significativas que iniciamos no estado e da eleição da maior bancada parlamentar da história de nosso partido, a não reeleição de nossa governadora e a não eleição de um senador é a demonstração de um revés que exigirá um balanço profundo.

De antemão, queremos conclamar os companheiros e companheiras a fazermos um debate politizado, que não resvale para a fulanização da crítica e para a busca fácil de culpados, pois isto só interessa aos nossos adversários da direita. Ao futuro do PT no estado, interessa um balanço que nos permita aprender com nossos erros sim, mas, que ao mesmo tempo, defenda os avanços da nossa experiência de governo e construa a unidade interna para realizarmos a necessária oposição ao projeto excludente capitaneado pelo PSDB.

Um revés político

Não obstante os avanços, era claro, desde 2006, que a vitória do PT e seus aliados foi facilitada pela divisão das forças conservadoras de nosso estado, representados pelo PMDB e pelo PSDB.

O PSDB representava, e ainda hoje representa, o partido orgânico dos setores e interesses hegemônicos da burguesia em nosso estado: da elite rentista de Belém, ao latifúndio e agronegócio da fronteira.

Já o PMDB, aglomerado político sedimentado a partir do controle partidário e empresarial de sua maior liderança, o ex-governador Jader Barbalho, representou historicamente frações marginais das elites, que têm na máquina burocrática do Estado sua principal fonte de reprodução, seja no parlamento, prefeituras, conselhos de tribunais, polícia, cargos federais e estaduais.

A conseqüência política de tal avaliação do processo eleitoral de 2006 apontava dois caminhos, não necessariamente excludentes, para que o governo Ana Julia pudesse garantir governabilidade e a execução de um programa de mudanças à altura das expectativas do eleitorado:

a) o fortalecimento do chamado campo democrático e popular, com uma forte articulação com os movimentos sociais organizados e com a sociedade civil a partir de formas participativas de governança,

b) o estabelecimento de alianças partidárias estáveis com o setor menos dinâmico das elites estaduais, representado particularmente pelo PMDB.

Enfim, de um lado deveríamos articular uma consistente unidade da esquerda social e partidária e de outro não poupar esforços para que os setores das elites continuassem divididos, cindidos em suas disputas políticas e empresariais, como voltamos a assistir no caso dos principais grupos de comunicação do estado.

A derrota da candidatura ao governo se dá à medida que esse dois elementos organizadores de nossa estratégia são abandonados, por contradições no governo e na sua base de esquerda e porque a direita se reunificou ao redor da candidatura de Simão Jatene.

A Reunificação das Elites

Nosso governo esteve sobre forte ataque das elites desde os seus primeiros dias. Nossos inimigos nunca esqueceram o que representava a eleição da primeira mulher, à frente de um governo de esquerda em um estado marcado historicamente pela violência do latifúndio e do patrimonialismo.

Ao retomarmos as torres da Funtelpa, redimensionarmos os contratos de comunicação com grupos associados ao governo anterior sofremos intenso ataque midiático que ultrapassou os limites de nosso estado.

Por outro lado, os meios de comunicação dos supostos aliados sempre tiveram postura ambígua, de desgaste lento e gradual da imagem do governo, principalmente na área da segurança pública, uma das áreas de maior investimento em quatro anos de governo.

Os ataques não eram despropositados, já que seus autores sentiam diariamente, na perda de espaço institucional e acesso a recursos públicos, além da contrariedade de seus interesses econômicos que nosso governo era diferente: nas ações de fiscalização das guseiras de Marabá que utilizavam floresta primária e trabalho escravo na sua cadeia produtiva, no combate à grilagem e na abertura de processos para cancelamento de títulos de terra de origem duvidosa, no diálogo, respeito e não criminalização dos movimentos sociais do campo. Como resposta, a admissibilidade do pedido de intervenção no estado do Pará pelo suposto não cumprimento de mandatos de reintegração de posse, que, ironicamente, estavam sendo cumpridos em número maior que no governo Jatene.

A inconstância na estratégia e a corrosão da base do governo

Frente a uma oposição fragmentada, mas com razoável força social, nossa estratégia era clara: fortalecer o campo popular, intensificando a participação popular e a unidade da esquerda e estabelecer, como já dito, uma aliança com o PMDB. Pouco a pouco as bases da governabilidade foram sendo erodidas a partir de um acúmulo de pequenas crises que, somadas a súbitas mudanças de orientação política confundiram tanto o povo quanto os aliados, que passaram a ter dificuldade em construir uma narrativa que explicasse a linha política preponderante do governo.

A versão difundida na sociedade passou a ser a de um governo que “não cumpria acordos”, quando na verdade fomos um governo que fazia, simultaneamente, acordos conflitantes entre si, ou que demorava demais a tomar decisões, e portanto, a pô-las em prática. Esse problema está intimamente ligado não à existência de um “núcleo duro”, mas à fragmentação e dispersão do que deveria constituir o núcleo dirigente do governo.

Muitas frentes de batalha foram abertas ao mesmo tempo, tanto no campo político, como no institucional. Na gestão o problema desta dispersão de esforços e inconstância nas prioridades se refletiu em um governo que apesar de ter batido recordes em captação de recursos para saneamento e habitação, ter inovado na ciência e tecnologia, cultura e nos programas para a juventude como o bolsa trabalho e o projovem, ter iniciado uma mudança profunda no ordenamento territorial, no apoio à agricultura familiar, na pesca e aqüicultura e na assistência social, acabou sendo visto como um governo de secretários.

Daí origina-se o nosso maior problema com a comunicação institucional: a construção tardia de marcas de governo, já que estas exigiam estabilidade nos rumos do governo.

Um legado a defender

Apesar do caráter autocrítico destas linhas, fizemos um governo que deixa um legado do qual nos orgulhamos: a constituição de uma nova base institucional que, ao unir ordenamento fundiário, zoneamento econômico e ecológico, cadastro ambiental rural e licença ambiental rural formam a base de uma revolução silenciosa no campo paraense. Garantimos investimento recorde na segurança pública, repasse fundo a fundo na saúde e reconstrução da rede física da educação. Fortalecemos o Banpará, a Cosanpa, o IASEP e a COHAB. Demos passos importantes para que a UEPA superasse uma era de desmandos e corrupção. Fizemos obras estruturantes no sistema viário da região metropolitana. Construímos uma rede pública de comunicação. Iniciamos, em parceria com o governo federal, a mudança do padrão produtivo da economia paraense, com a conquista das siderúrgicas de Marabá e dos investimentos da Petrobrás biocombustíveis na região tocantina.

Perspectivas

Negar os avanços importantes do governo Ana Julia é a estratégia da direita para esvaziar a experiência do PT, que esteve à frente de secretarias centrais para as políticas de maior visibilidade do governo, como a SEDUC, a SECULT, a SESPA, a SETRANS, a SAGRI, a SEDECT e a SETER, por exemplo.

Esta é a base sobre a qual iniciaremos nossa oposição ao governo Jatene, em parceria com os movimentos sociais, e com todos aqueles beneficiados pelas políticas públicas do governo Ana Julia.

O governador eleito já percebeu a força do PT e está montando um secretariado de forte representação política nos setores mais conservadores da sociedade paraense que sinaliza para a dimensão da disputa política que enfrentaremos nos próximos anos.

Elegemos a maior bancada da história do PT, a companheira Dilma venceu nos dois turnos no Pará e, no segundo turno, uma campanha militante mostrou que o PT entra em 2011 com plenas condições de levar adiante, via governo federal, um programa de mudança para a Amazônia e desenvolver uma vigorosa oposição ao governo Jatene.

Isso tudo exigirá um exercício de unidade partidária, a prudência na exposição pública de opinião dos pré-candidatos em 2012 e a proteção de nossas figuras públicas, particularmente da Ana Julia e do Paulo Rocha, que sofrerão intenso ataque da direita aninhada na imprensa e no governo do Pará.