BLOG DO VICENTE CIDADE

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sábado, 9 de abril de 2011

Passou batido a mudança de nome da Dalcídio Jurandir !!

A novíssima Avenida Dalcídio Jurandir, que fazia justa homenagem a um grande paraense, teve o seu nome trocado pela Câmara Municipal de Belém, dividida em duas vias para homenagear um fato, o centenário de fundação da igrja Assembléia Deus, e um político, o patriarca da família Barbalho, sinônimo de corrupção no Brasil.

É uma pena !!
  
O LIBERAL Avenida celebra 100 anos da Assembleia


TROCA - Logradouro que fazia homenagem a escritor marajoara recebe novos nomes.

O presidente da Assembleia de Deus, pastor Samuel Câmara, esteve na terça-feira, 5, na Câmara de Belém para agradecer os vereadores pela aprovação do projeto que troca o nome da Avenida Dalcídio Jurandir para Avenida Centenário, em homenagem às comemorações de 100 anos da Assembleia de Deus. A avenida foi inaugurada no ano passado como prolongamento da Independência, no perímetro entre as avenidas Júlio Cesar e Augusto Montenegro. O projeto de lei subscrito pelos vereadores José Scaff Filho (PMDB) e Iran Moraes (PSB) foi aprovado na última segunda-feira por unanimidade.

A mudança tramitava há vários meses na Câmara. Com a aprovação do projeto, a avenida terá dois nomes. Da Avenida Julio Cezar até a Augusto Montenegro será chamada Avenida Centenário da Assembleia de Deus; do outro, que vai em direção a Ananindeua, será avenida Jornalista Laércio Barbalho.
Durante a sessão, o presidente da Câmara Raimundo Castro e o vereador Raul Batista enfatizaram os serviços que a Igreja presta à cidade, através de suas inúmeras ações sociais. Ao final, todos os vereadores de Belém receberam das mãos do pastor Samuel Câmara uma carta de agradecimento.
A Assembleia de Deus foi fundada em 18 de junho de 1911 em Belém, pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vigren. O projeto de mudança de nomenclatura foi do vereador Iran Moraes. A segunda homenagem é de autoria do vereador José Scaff Filho. O Centenário da Assembleia de Deus será celebrado em Belém, entre os dias 16 e 18 de junho deste ano.

Quem foi Dalcídio Jurandir?
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Dalcídio Jurandir Ramos Pereira (Ponta de Pedras, ilha do Marajó, Pará, 10 de janeiro de 1909 — 16 de junho de 1979) foi um romancista brasileiro. Dalcídio estudou em Belém, até 1927.

Em 1928 partiu para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como revisor, na revista Fon-Fon. Em 1931 retornou para Belém. Foi nomeado auxiliar de gabinete da Interventoria do Estado. Escreveu para vários jornais e revistas.

Militante comunista, foi preso em 1936, permanecendo dois meses no cárcere. Em 1937 foi preso novamente, e ficou quatro meses retido, retornando somente em 1939 para o Marajó, como inspetor escolar.

Escreveu para vários veículos e acabou como repórter da Imprensa Popular, em 1950. Nos anos seguintes viajou à União Soviética, Chile e publicou o restante de sua obra, inclusive em outros idiomas.

Em 1972, a Academia Brasileira de Letras concede ao autor o Prêmio Machado de Assis, entregue por Jorge Amado, pelo conjunto de sua obra.

Em 2001, concorreu com outras personalidades ao título de "Paraense do Século". No mesmo ano, em novembro, foi realizado o Colóquio Dalcídio Jurandir, homenagem aos 60 anos da primeira publicação de Chove nos Campos de Cachoeira.

Em 2008, o Governo do Estado do Pará instituiu o Prêmio de Literatura Dalcídio Jurandir.

Obras de Dalcídio Jurandir

Série Extremo-Norte

Chove nos Campos de Cachoeira (1941)
Marajó (1947)
Três Casas e um Rio (1958)
Belém do Grão Pará (1960)
Passagem dos Inocentes (1963)
Primeira Manhã (1968)
Ponte do Galo (1971)
Os Habitantes (1976)
Chão dos Lobos (1976)
Ribanceira (1978)

Série Extremo-Sul

Linha do Parque (1959)

Publicações póstumas
Passagem dos inocentes – Editora Falângola, 1984
Chove nos campos de Cachoeira – Editora Cejup, 1991
Marajó – Editora Cejup, 1992
Três casas e um rio, Editora Cejup, 1994
Belém do Grão-Pará - Edufpa/Casa de Rui Barbosa, 2004

Barro do princípio do mundo

"Trabalhando o barro do princípio do mundo, do grande rio, a floresta e o povo das barrancas, dos povoados, das ilhas, da ilha de Marajó, ele o faz com a dignidade de um verdadeiro escritor, pleno de sutileza e de ternura na análise e no levantamento da humanidade paraense, amazônica, da criança e dos adultos, da vida por vezes quase tímida ante o mundo extraordinário onde ela se afirma." (Jorge Amado, Saudação a Dalcídio Jurandir)

Um comentário:

  1. Foi vergonhosa a atitude dos vereadores . Dulcídio Jurandir está chorando nos campos de Cachoeira. Acho Vivente que a "baba" que estes pilantras receberam foi muito grande. Eles deveriam, antes de tudo terem lido a bela biografia do Jurandir. Talvez assim, tivessem tido mais senso antes de votarem. Foi uma vergonha. Mas acho que o povo do Marajó vai saber dar o troco na hora certa. Marquinho, estou decepcionada contigo.

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