BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Em quem você votou mesmo ??

A cada dia que passa estamos sendo informados de como a corrupção na política está sempre ancorada num mega esquema muito maior do que a "simples" prevaricação de um agente público. Estamos diante agora do caso do senador Demóstenes Torres, mais um daqueles que se propunha como "arauto da ética" mas que na verdade se revela não mais que um vergonhoso patife.

É surpreendente? não. Corriqueiro.

Pois é, infelizmente a corrupção no Brasil está estruturada nas entranhas da formação do poder político, ou seja,   não é o Estado em si que é corrupto por natureza e sim a forma de acesso a ele. Sendo assim, podemos entender a corrupção na política brasileira não como fim, mas como meio, de tal forma que não rouba para "ganhar" o poder do Estado, se chega ao Estado para roubar.

É importante ressaltar a referência ao Estado e não ao governo, entendo por Estado todos os poderes que o compõe. Notem por exemplo que o senador Demóstenes é integrante de carreira do Ministério Público e, de acordo com a reportagem da revista época O alvo deles era Dilma - ÉPOCA | Tempo a intenção da quadrilha comandada por Carlinhos Cachoeira era fazê-lo ministro do STF.
 
Vejam abaixo, por exemplo, como a wikipedia apresentava o falsário e como parecia que o objetivo da quadrilha seria facilmente alcançado, bastava que um dia a atual oposição voltasse ao poder da República.

Biografia

Nascido em Anicuns, um município no interior goiano, Demóstenes Torres formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás[1] e é integrante concursado do Ministério Público de Goiás desde 1983. Foi Procurador-Geral do órgão antes de ocupar o cargo de Secretário de Segurança Pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo[1].

Filiado ao DEM, foi eleito senador da República em 2002 com 1 239 352 votos. Concorreu ao governo de Goiás em 2006 mas obteve apenas 3,5% dos votos, ocupando a quarta posição. Desde fevereiro de 2009 é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a mais importante Comissão da Casa.

Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[1]

Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres participou do I Congresso Mestiço Brasileiro, promovido peloNação Mestiça em Manaus, capital do Amazonas, em 20 de junho de 2011, onde discutiu temas como o Estatuto da Igualdade Racial e o sistema de cotas em universidades públicas.[2]

Assumiu em março de 2011 a liderança da bancada do Democratas no Senado, substituindo José Agripino Maia.[3] Em 15 de julho de 2011, Demóstenes casou-se com a advogada Flávia Coelho.[4]
[editar]Relação com a máfia dos caça-níqueis

Em março de 2012, conforme apurado nas investigações da Operação Monte Carlo, a Polícia Federal revelou que Demóstenes Torres tinha ligação comCarlinhos Cachoeira, pivô do escândalo que ficou conhecido como "máfia dos caça-níqueis" em Goiás, em 2004. Demóstenes negou que tivesse negócios com Carlinhos, a quem chamou de "empresário", e justificou as 298 ligações telefônicas como "uma grande amizade". Ele afirmou ainda que não sabia do envolvimento de Carlinhos com a máfia dos caça-níqueis.[5][6][7].

No dia 23 de março de 2012, a imprensa noticiou que gravações da Polícia Federal revelaram que o senador Demóstenes Torres pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à Procuradoria-Geral da República em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso.[8]
[editar]Constrangimento na OAB

Demóstenes foi o relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal que resultou na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados e daqueles que renunciam a mandatos para não serem cassados. Por conta desta atuação, Demóstenes foi convidado para redigir o prefácio de um livro editado pela OAB em comemoração à Lei da Ficha Limpa, em2010. No prefácio, Demóstenes elogia a atuação da OAB no processo de aprovação da lei e afirma que há uma quantidade de "bandidos abrigados na vida pública".

Após a divulgação dos escândalos, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, pediu a renúncia imediata de Demóstenes como uma "atitude moral" e manifestou constrangimento:[9][10]



Aquilo foi feito dentro de um momento em que ele foi o relator da Ficha Limpa no Senado. Ninguém tinha idéia do que estava acontecendo. O que foi feito, foi feito. Não há o que mexer. Nas novas edições, certamente essa questão vai ser observada.



Portanto, mais do que apurar, punir penalmente, execrá-lo imediatamente do Senado da República, o que for, é  fundamental que as instituições do país, incluindo os partidos de esquerda, comecem a trabalhar para conscientizar a sociedade da necessidade imperiosa de uma reforma política no Brasil.

Não podemos mais ficar tolerando que nosso sistema político seja o responsável pela criação das maiores quadrilhas de malfeitores do país e que os recursos públicos funcionem como molas impulsionadoras da formação de grandes cartéis de mafiosos.

É preciso mudar urgentemente essa realidade. O Brasil precisa de uma reforma política que inverta esse quadro.  Na disputa política o Estado tem que ser o fim e não meio. A disputa do Estado tem que ser programática, para isso, é preciso criar partidos fortes, alinhavados a causas sociais claramente identificadas pela sociedade.

Outro elemento fundamental que merece esclarecimentos à sociedade é quanto ao financiamento público das campanhas. Essa é uma condição importante e as pessoas precisam saber que melhor aplicar recursos públicos nas campanhas, do que permitir que políticos sejam eleitos com o financiamento de dinheiro sujo e usem seus mandatos para fins escusos, tal qual estamos, de novo, assistindo.

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