BLOG DO VICENTE CIDADE

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Fim da era Patricia: 13 horas em pé, lágrimas e fantasma de Zico na saída

Patrícia Amorim recebeu um clube Campeão Brasileiro, com contrato de patrocínio ativo e na Libertadores.

Entregará um clube com elenco mediano, sem patrocínio e sem título. Brigou com o maior ídolo da 'Nação', fez, no desespero, um contrato "cara-cú" com o R10 e por fim, 'girou' a administração do clube para cuidar de parquinhos e piscinas.

Na saída, ainda se diz vítima de preconceito. Ora, se a mulher sofre preconceito no trabalho, na política, porque não haveria de ter no futebol? Teve, claro. Mas a questão central é que ela sabia disso e no lugar de mostrar força e determinação para combater esse preconceito, ao contrário, fez uma opção política que lhe pareceu o caminho mais fácil, virar as costas para o futebol e apostar no trabalho para o sócio eleitor. Um erro crasso.

Se a Patrícia Amorim tivesse sido eleita presidente do Clube Pinheiros, do Minas Tênis Clube ou até mesmo da Assembléia Paraense, que diferença faria? que sentido simbólico isso teria? Nenhum. No entanto ela foi eleita presidente do Flamengo, do maior clube de futebol do Brasil, todos acreditaram que uma gestora, mulher, poderia trazer coisas novas para o já "velhaco e machista" mundo do futebol. Mas o que fez a Patrícia Amorim? virou as costas para o futebol, resolveu administrar o Flamengo clube social e não o Mengão, Hexa Campeão Brasileiro. Deu no que deu.    

Resultado: JÁ VAI TARDE !!


Fim da era Patricia: 13 horas em pé, lágrimas e fantasma de Zico na saída

'Flamengo, eu te amo. Flamengo, você vai ser sempre o amor da minha vida', disse a futura ex-presidente ao deixar a Gávea, derrotada na eleição

Por Eduardo Peixoto, Janir Júnior e Vicente Seda
Rio de Janeiro
Depois de três anos com lugar cativo no gabinete presidencial do Flamengo, a presidente Patricia Amorim usou uma cadeira de plástico para descansar e acompanhar o começo da apuração das eleições presidenciais do Rubro-Negro na noite desta segunda-feira. O lugar escolhido ficava escondido de grande parte do público presente ao ginásio Hélio Maurício, atrás do suporte da cesta de basquete do lado oposto às urnas. Sempre acompanhada do filho mais velho, Vitor, a dirigente era a imagem do cansaço, do abatimento e da derrota. Exatamente às 21h45m, ainda nos momentos iniciais da contagem dos votos, ela circulou pelo local, tendo ao fundo a inscrição: “uma vez Flamengo, sempre Flamengo”. Às 22h35m, depois de conceder entrevista para um batalhão de jornalistas e de enfrentar confusão, Patricia conseguiu entrar no carro. Chorando muito, declarou:
- Flamengo, eu te amo. Flamengo, você vai ser sempre o amor da minha vida.
Mas o divórcio entre Patricia e o cargo de presidente do Flamengo estava selado.
Patricia Amorim eleições Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)Patricia Amorim, emocionada, dá entrevista após a derrota (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Já na abertura das duas primeiras urnas, a presidente já dera um abraço em Eduardo Bandeira de Mello reconhecendo a vitória do adversário, que despontava na frente na votação. Ainda durante o pleito, Patricia estava visivelmente desgastada diante de mais uma derrota, já que em outubro não conseguira a reeleição para vereadora.
- O emocional está brabo - confessou Patricia Amorim, sem conter as lágrimas, antes mesmo do término da votação, mas quando as pesquisas de boca de urna já demonstravam ampla vantagem da Chapa Azul ao longo do dia.
Patricia Amorim eleições Flamengo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Ao lado do filho, presidente descansa no início da apuraçao (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Depois de votar às 8h desta segunda-feira, Patricia Amorim passou 13 horas em pé dentro do ginásio, cumprimentando eleitores e acompanhando de perto o pleito. Não almoçou e comeu apenas um sanduíche e água oferecidos pelos seus assessores.
- Os pés doem e os olhos ardem - disse Patricia.
E a presidente engoliu a seco. A cada minuto, a derrota ficava mais iminente e difícil de digerir. Começou a apuração, e Patricia se recolheu num canto. Chorava com seu filho Vitor. Concedeu entrevista. Entrou no carro, que foi escoltado por alguns seguranças para que pudesse deixar o clube.
- Patricia, estamos juntos - gritou um solitário correligionário da futura ex-presidente.
Patricia Amorim, Eleiçôes Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)O carro de Patricia, enfim, deixa a Gávea (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Do lado de fora do muro da Gávea, alguns torcedores gritavam o nome de Zico, e “Zico é nosso rei” a plenos pulmões, além de dar às costas e adeus a Patricia. Logo, foram afastados por algumas pessoas ligadas à dirigente.
O carro arrancou e deixou para trás a certeza de que bater de frente com o maior ídolo da história do clube fez a gestão derrapar, perder o rumo das eleições e o caminho da vitória.

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