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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Perceba como a eleição de Jatene tirou o Pará dos trilhos. Enquanto o Nordeste bomba, o Pará vai indo para trás !!

Com investimentos de US$ 50 bi, Nordeste vira rota de grandes empresas - noticias - UOL Economia



Com investimentos de US$ 50 bi, Nordeste vira rota de grandes empresas

Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió

  • Tomas Munita/The New York Times
    Obras no porto de Suape (PE), um dos polos do Nordeste que mais recebem investimentos
    Obras no porto de Suape (PE), um dos polos do Nordeste que mais recebem investimentos
Já se foi o tempo em que as belas praias impulsionavam quase solitariamente a economia do Nordeste. Nos últimos anos, a região deixou de apenas atrair turistas e passou a ser receptora também de investimentos de peso, ajudando os Estados a se industrializarem.

Nos últimos cinco anos, o Nordeste passou a atrair grandes investimentos. Entre os setores, estão fábricas de carros e motos, refinarias, estaleiros e siderúrgicas.

A região tem perspectivas de receber mais de R$ 100 bilhões. Somente nos três maiores polos de desenvolvimento da região -Suape (PE), Pecém (CE) e Camaçari (BA)-, os investimentos captados nos últimos cinco anos e projetados até 2015 somam cerca de R$ 98 bilhões, segundo dados levantados pelo UOL.

Fora os principais polos, o Nordeste ainda conta com outros grandes empreendimentos em andamento, como a nova fábrica da Fiat, que será instalada em Goiana (a 80 km do Recife). A montadora está investindo R$ 4 bilhões. Mesmo que de forma mais tímida, outros Estados também se se movem para atrair empresas.

No Maranhão, por exemplo, há expectativa pelo investimento de uma refinaria da Petrobras. Em Alagoas, um estaleiro do grupo Sinergy é prometido pelo governo do Estado e deve ser construído em Coruripe, no litoral sul do Estado. Além disso, todos os Estados receberam grandes redes de magazine, supermercados e comemoraram construções de novos shoppings.

Números mostram crescimento da região Nordeste

Os números mostram o crescimento da economia nordestina. O PIB (Produto Interno Bruto) da região aumentou seu peso. Em 2004, a soma das riquezas da região representaram 12,7% do total do Brasil. Em 2010, esse percentual passou a 13,5%.

Entre 2002 e 2010, o número de trabalhadores formais na indústria da região mais do que duplicou, saltando de 800 mil para 1,7 milhão.

O emprego com carteira assinada em geral, não só na indústria, também vem se expandindo. Em 2000, eram 4,3 milhões de empregos formais, com salto para 13,3 milhões, em 2011.

As exportações nordestinas também tiveram alta significativo, de US$ 4,6 bilhões, em 2000, para US$ 18,8 bilhões, em 2011.

"A existência de uma infraestrutura [estradas, portos, aeroportos, energia] melhorada nestas duas últimas décadas, a presença de várias cadeias produtivas espalhadas pelos Estados, um mercado de consumo crescente e a permanência de incentivos fiscais, explicam a atratividade de projetos industriais para a região nordestina nestes últimos anos", diz o economista Cícero Péricles, professor da Universidade Federal de Alagoas e doutor em economia regional.

Financiamentos de banco regional cresceram 776% em 10 anos

Outro número que aponta o bom momento nordestino vem do BNB (Banco do Nordeste do Brasil). Responsável por ofertar crédito em linhas especiais com juros de 3% ao ano, o banco teve um crescimento nominal de volume de recursos investidos na região de 776% em 10 anos, e de 351% em total de operações.

Em 2002, por exemplo, foram R$ 2,6 bilhões, em 686 mil operações. No ano passado, esse investimento chegou a R$ 22,8 bilhões, com 3,1 milhões de operações.

O presidente do BNB, Ari Joel, afirma que a tendência é que os negócios não parem de crescer. "Se olharmos o nível de investimento em energia, estrada, portos, a Copa 2014, além do mercado de consumo e a atratividade dos financiamentos, somado à própria política de incentivo do governo, isso nos dá uma perspectiva ótima para os próximos anos."

Para Joel, o crescimento da renda na região foi "preponderante". "Com o aumento do  salário minimo e os programas sociais 30 milhões de pessoas passaram a consumir mais. Essa renda toda vai para consumo, e alguns segmentos específicos, como indústria de motos, da linha branca e os supermercados, investem para atender essas pessoas."

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