BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

NOTA DE SOLIDARIEDADE DA BANCADA DO PT NA ALEPA AO DEPUTADO CLÁUDIO PUTY


Blog do Zé Carlos - Puty foi cassado

Puty foi cassado

O TRE Pará entendeu que o deputado Cláudio Puty feriu a legislação e usou a máquina pública na captação ilícita de votos. As provas foram obtidas numa busca e apreensão feita na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e baseiam-se em conversas telefônicas entre Puty e o secretário Anibal Picanço.

Puty era chefe da Casa Civil. Eu também já fui chefe de Casa Civil. Dai fiquei pensando quantas vezes eu telefonei para os secretários falando sobre processos de interesse do Estado. Será que debateram no TRE sobre o papel do chefe da Casa Civil?

O Chefe da Casa Civil é o executor das ordens do Governador. Não há espaço no cargo para o exercício das próprias ordens. Se o Chefe da Casa Civil quiser usar o cargo em benefício próprio, simplesmente ele será substituído. A natureza do cargo não permite manobras de interesse próprio. Em resumo, é um cargo poderoso apenas para cumprir as ordens do Chefe do Executivo e nada mais.

Puty deve ter telefonado para todos os secretários e deve ter passado muitas ordens de interesses do Estado. A Polícia Federal pegou apenas as ligações referentes a Sema por ser este o alvo das investigações.

Transformar licença ambiental em captação ilegal de voto parece uma grande viagem. Licenciar ambientalmente um assentamento, não garante que os assentados se comovam e votem no candidato. Parece uma grande viagem desta investigação.

O Deputado e seu advogado protestam pela inocência e vão recorrer ao TSE, inclusive pedindo uma medida cautelar para que o parlamentar recorra no cargo. Acredito que esta decisão tem tudo para ser reformada.

Para encerrar, deixo aqui a pergunta que não quer calar: a quem interessa a cassação do deputado federal Puty?

terça-feira, 28 de maio de 2013

NOTA À IMPRENSA - José Guimarães (Lider do PT na Câmara dos Dep.)

Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, manifesto solidariedade ao deputado Claudio Puty (PT-PA) pelo equivocado julgamento feito pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, que nesta terça-feira cassou seu mandato.


O companheiro Puty é um parlamentar que tem forte inserção social no estado do Pará e, portanto, seu julgamento, por suposto abuso de poder político e de captação ilícita de votos, carece de fundamento e será prontamente revertido nos recursos a serem apresentados por ele nas cortes competentes.


Não temos porque duvidar que Cláudio Puty é um parlamentar exemplar, que exerce seu mandato com dedicação e responsabilidade e tem como norte a construção de um Brasil melhor, com desenvolvimento, crescimento econômico e justiça social .

Brasília, 28 de maio de 2013.
José Guimarães (PT-CE) Lider do PT na Câmara dos Deputados

Blog da Franssinete Florenzano: Puty vai recorrer ao TSE

Blog da Franssinete Florenzano: Puty vai recorrer ao TSE

O TRE-PA cassou, hoje, por 4 votos a 1, o mandato do deputado federal Cláudio Puty(PT), por abuso de poder político e compra de voto. A denúncia se refere à operação Alvorecer, executada em dezembro de 2010 pela Polícia Federal, referente ao comércio ilegal de madeira e fraudes na Secretaria de Estado de Meio Ambiente em Belém e Marabá, e que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e prendeu quatro pessoas, na qual ele não foi indiciado. Puty vai recorrer da decisão ao TSE.

A decisão do TRE-PA choca quando é notório que há políticos no Pará acusados de vários crimes, inclusive de assassinatos, e que não foram cassados.

No final da tarde, a assessoria do deputado Cláudio Puty divulgou a seguinte


Nota Oficial

“1. Hoje, 24.05, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará decidiu, por maioria, cassar o mandato de deputado federal, outorgado a mim por mais de 120.000 paraenses;

2. Respeito a decisão judicial, todavia dela discordo, por ter sido tomada em franca contradição com as provas colhidas no processo e tão logo esta seja publicada, recorrerei ao Tribunal Superior Eleitoral em Brasília;

3. A decisão foi baseada em um inquérito policial de 2010, no qual não fui indiciado pela Polícia Federal e não respondo a qualquer ação penal dele oriundo;

4. Nos autos do processo, hoje julgado pelo TRE, chega mesmo a constar declaração do delegado da PF que presidiu o inquérito, nos seguintes termos :

“o advogado perguntou se em algum momento da investigação existe alguma conversa/mensagem interceptada onde o investigado ou alguém em seu nome solicita qualquer tipo de bem ou apoio político para aprovação de planos de manejo perante a SEMA. A TESTEMUNHA RESPONDEU QUE NÃO.”

5. Minha prestação de contas de campanha foi aprovada sem qualquer ressalva e nunca fui beneficiado com qualquer recurso decorrente de tráfico de influência junto à administração pública.

6. Continuarei a exercer meu mandato parlamentar até quando a Justiça permitir, na certeza de que minha inocência será plenamente esclarecida quando do Recurso perante o TSE.

Belém, 28 de maio de 2013
CLAÚDIO ALBERTO CASTELO BRANCO PUTY
Deputado Federal do Pará”

Hupomnemata: Artimanhas de uma cassação política: toda solidariedade a Cláudio Puty

Hupomnemata: Artimanhas de uma cassação política: toda solidari...

Artimanhas de uma cassação política: toda solidariedade a Cláudio Puty

Pensem na seguinte situação:
1 - Alguém, no telefone, pede dinheiro em troca da liberacão de licenças ambientais.
2 - Essa pessoa cita seu nome.
3 - A conversa é interceptada pela Polícia Federal, que investigava denúncias de tráfico de influência.
4 - No relatório da Polícia Federal, você nem chega a ser denunciado; é apenas um nome, dentre dezenas de outros, inclusive de vários parlamentares.
5 - Mesmo assim resolvem denunciar você por corrupção ativa.
6 - Seu sigilo telefônico é quebrado, sua vida é revirada. Nada é encontrado. Nada liga você àquela pessoa que estava pedindo dinheiro.
7 - Mesmo assim, você é considerado culpado.
8 - Os parlamentares, igualmente apenas citados, como você, são inocentados. Mas você, só você, pelo fato de ter seu nome citado por um corrupto, você é considerado culpado.
É isso que acabou de acontecer com o deputado federal pelo PT do Pará Cláudio Puty. Ele vai entrar com um recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral e, ao mesmo tempo, vai solicitar uma medida cautelar, para aguardar o julgamento dos recursos no cargo. Mas, em se tratando da justiça paraense, quem sabe o que pode acontecer?
Em minha opinião, se a decisão for mantida, além de injusta, priva o Pará de um político atuante e competente. Cláudio Puty tem feito um trabalho brilhante no Congresso Federal. Já no primeiro mandato assumiu a relatoria da Comissão de Orçamento e Finanças, uma das duas mais importantes do Congresso. Destacou-se na CPI do Trabalho Escravo e, presentemente, é o vice-líder do Governo na Câmara Federal. Tornou-se um nome respeitado em Brasília e no PT nacional. É ouvido a respeito de todas as grandes questões amazônicas. Além disso, foi indicado, pelo site Congresso em Foco, como um dos parlamentares mais influentes do Congresso.
Há muito tempo o Pará não tem um parlamentar atuante e ao mesmo tempo respeitado, desse maneira.
O que acabamos de ver é, apenas, uma nova situação em que a justiça eleitoral do Pará age de acordo com interesses políticos.
Será que a sociedade paraense vai continuar aceitando que a política, no nosso estado, seja feita dessa maneira?
Toda minha solidaridade com o deputado Cláudio Puty. Sigamos nessa luta.

Blog do Puty: Nota Oficial.

Nota Oficial.
1. Hoje, 24.05, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará decidiu, por maioria,  cassar o mandato de deputado federal, outorgado a mim por mais de 120.000 paraenses;

2. Respeito a decisão judicial, todavia dela discordo, por ter sido tomada em franca contradição com as provas colhidas no processo e tão logo esta seja publicada, recorrerei ao  Tribunal Superior Eleitoral em Brasília;

3. A decisão foi baseada em um inquérito policial de 2010, no qual não fui indiciado pela Polícia Federal e não respondo a qualquer ação penal dele oriundo;

4. Nos autos do processo, hoje julgado pelo TRE, chega mesmo a constar declaração do delegado da PF que presidiu o inquérito, nos seguintes termos:
“ o advogado perguntou se em algum momento da investigação existe alguma conversa/mensagem interceptada onde o  investigado ou alguém em seu nome solicita  qualquer tipo de bem ou apoio político para aprovação de planos de manejo perante a SEMA. A TESTEMUNHA RESPONDEU QUE NÃO.”

5. Minha prestação de contas de campanha foi aprovada sem qualquer ressalva e nunca fui beneficiado com qualquer recurso decorrente de tráfico de influências junto à administração pública.

6. Continuarei a exercer meu mandato parlamentar até quando a Justiça permitir, na certeza de que minha inocência será plenamente esclarecida quando do Recurso perante o TSE.

Belém, 28 de maio de 2013

 CLAÚDIO ALBERTO CASTELO BRANCO PUTY
Deputado Federal do Pará

Blog da Ana Júlia: Puty é cassado por decisão política do TRE


Blog da Ana Júlia: Puty é cassado por decisão política do TRE:

Venho a público me solidarizar com o deputado federal, meu companheiro de partido e tendência, Cláudio Puty.

Numa decisão absurda do juízo eleitoral, Puty teve seu mandado cassado em um processo que se baseou em uma operação da Polícia federal, que investigava denúncias de tráfico de influência para liberar de licenças ambientais na secretaria de Meio Ambiente. Um dos investigados, em um ligação telefônica, teria citado o nome de Puty. O sigilo telefônico de Puty foi quebrado em nada foi encontrado que pudesse ligá-lo ao esquema.

Assim sendo, Puty não foi sequer denunciado como participante das fraudes. Ou seja, mesmo a Polícia Federal e o MP tendo inoncentado Puty das acusações, a justiça eleitoral o condenou.

E tem mais: outros parlamentares, também citados pelo investigado nas mesmas escutas telefônicas e também denunciados ao TRE, foram inocentados.

Essa é mais uma situação em que a justiça eleitoral deste estado age de acordo com interesses políticos. É inaceitável que este tipo de prática possa continuar existindo neste estado.

A assessoria jurídica de Puty já está entrando com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde pedirá uma medida cautelar para garantir que ele permaneça no cargo até que seja corrigida esta injustiça.

Em seu primeito mandato paarlamentar, Cláudio Puty tem se destacado no Câmara Federal, assumindo uma relatoria na Comissão de Finanças do Orçamento Federal e na CPI do Trabalho escravo, onde combateu duramente o latifúndio. Puty é atualmente o vice-líder do Governo na Cãmara e luta incansavelmente pelo nosso estado. Sua cassação significará uma perda irrecuperável para a bancada paraense e para o estado do Pará.

Match Day parte 02 – A balbúrdia de Brasília (Santos x Flamengo)

por Vinicius Paiva |

Às vésperas da decisão da Champions League, o Blog Teoria dos Jogos publicou um texto falando sobre os elementos que compõem o chamado “Match Day”. O espetáculo grandioso e confortável que ocorreu em Wembley apenas veio a confirmar o que foi dito. Agora, na “parte 02”, veremos o outro lado da moeda: a completa ineficácia brasileira na organização de eventos de grande porte. O relato terá como base a experiência vivida por este blogueiro no dia de ontem, quando da partida entre Santos e Flamengo, no Estádio Nacional de Brasília.

Permitam-me a primeira pessoa, algo que tenho por hábito evitar: Após dispender R$ 160 pelo ingresso mais barato (arquibancada superior, setor 401), dei de ombros aos rumores de que não haveria controle quanto às meias-entradas. Viajei a Brasília (onde já residi) tendo os custos normais de um “turista esportivo”: passagem aérea, hospedagem e ingresso. Após transpor as intermináveis filas na entrada (mencionadas adiante), descubro que meu assento simplesmente não existia. Vide comparação entre ingressos, um correto e o meu, “fantasma”:



Iniciou-se uma verdadeira via crúcis de orientadores e policiais sem a mais remota ideia de como proceder. Após mais de uma hora sendo encaminhado de um lugar para outro, finalmente procederam a troca por um assento “existente” – a esta altura eu já havia perdido vinte minutos de partida. Mediante o tratamento escandaloso dispensado pela Ingresso Rápido (sic) à maioria dos que adquiriram ingressos pela internet, optei por registrar ocorrência na delegacia de polícia mais próxima. Primeiro passo no sentido de uma ação judicial contra a empresa.

Após este desagradável relato, inicio descrições dos muitos erros e alguns acertos verificados no teste de fogo do segundo maior estádio da Copa. Sendo uma experiência particular, seu escopo se torna limitado, mas em linha com diversas matérias publicadas pela mídia esportiva:

APROVADO

Visual interno – Em linha com o que há de mais bonito no mundo. Colossal, proporciona excelente visual de qualquer parte. Tendo “apenas” 70 mil lugares, fica difícil imaginar como alguns estádios (como Wembley ou o Camp Nou) chegam a comportar quase 30 mil pessoas a mais.



Conforto –No tocante aos assentos, espaçosos e agradáveis. Certa flexibilidade que pode ser confundida com fragilidade. Em comparação com a experiência da Eurocopa, há muito mais espaço por torcedor – o que talvez explique a menor capacidade citada no tópico anterior.

Evacuação – Os torcedores saíam das arquibancadas e acessavam as áreas internas do Mané Garrincha sem qualquer tumulto. Muito diferente do Maracanã antigo, por exemplo – quando partidas com mais de 50 mil pessoas geravam uma verdadeira “procissão” rumo às rampas de saída.

Localização – A pouco mais de 1 km de um dos setores hoteleiros da cidade, o Estádio Nacional de Brasília certamente será aquele cujo deslocamento se dará de maneira mais tranquila para os turistas.

Placares eletrônicos – De alta definição e dupla face – talvez por isto apenas dois e não quatro, como em outros lugares. Mas a partida não foi transmitida ao vivo (sem replays), como acontece na Europa.

Torcida do Flamengo – Apesar do comportamento mais próximo da “plateia de teatro”, os 63 mil torcedores presentes ao Mané Garrincha eram quase todos flamenguistas. Dizimando o lugar-comum de “torcida de baixa renda”, proporcionaram renda de R$ 6.948.710,00 – a maior de todos os tempos.




REPROVADO

Visual externo – Embora a panorâmica aparente beleza (com iluminação noturna muito bonita) a verdade é que se revela a ultrapassada obsessão brasiliense pelo concreto em estado bruto. O visual das colunas de sustentação, manchado, não condiz com arenas da própria Copa de 2014, como o Castelão ou a Arena Recife.



Filas para entrada – Literalmente quilométricas, se dissiparam quando os organizadores optaram por deixar de conferir a regularidade dos ingressos e, o que é pior, efetuarem a revista. Situação absolutamente inaceitável em se tratando de um evento internacional visado como uma Copa do Mundo

Falta de informação – Placas de sinalização no entorno inexistentes, assim como orientadores apenas nas regiões internas. Confrontados com a situação do “assento inexistente” (dos primeiros parágrafos), poucos sabiam o que fazer.

Gramado – Mediante promessas pouco críveis de que estará perfeito em semanas, soltava lascas e levantava areia. E ainda terá que ser replantado para a Copa do Mundo.

Alto falantes – Talvez querendo demonstrar toda a potência dos equipamentos, as músicas veiculadas no intervalo se deram em volume insuportável. Faltou bom senso.

Iluminação do entorno – Torcedores caminharam em trechos de completa escuridão ao longo do Eixo Monumental, sentido setor hoteleiro. Tanto mais perigoso quanto menor o comparecimento de público no estádio.

Bares – Muitos fechados, outros com poucos funcionários. O resultado foram filas gigantescas. Quem optou por bebidas no intervalo voltou para a arquibancada muito depois de a bola rolar. Vendedores comercializavam biscoitos no chão, amontoados sobre caixas de papelão improvisadas. Vendedores ambulantes, raríssimos, vendiam apenas pipoca.

Banheiros – Um tanto estreitos e mal acabados, muitos sem papel ou sabonete. Uma pilha de lixo sobre as pias e sabão em sacos plásticos pela falta de recipientes apropriados.



Telecomunicações – Como de hábito, enorme dificuldade no uso das redes de telefonia celular e internet 3G.

Organização – Desde as vendas de ingressos (quando torcedores penaram por até cinco horas na fila) a Ingresso Rápido já demonstrava o nível da falta de respeito em pleno espetáculo esportivo mais caro da história. O jogo de empurra relacionado ao mando de campo (vendido pelo Santos a uma desconhecida empresa privada) demonstrou que a responsabilização não seria tarefa fácil.

Alguns elementos que não chegaram a ser analisados (como transporte público) tem potencial para engrossar a lista dos pontos negativos associados à partida. Neste sentido, é lamentável que cartolas do Comitê Organizador e Secretários do GDF declarem que “o evento foi um sucesso”. Erros claramente superaram acertos, e o próximo evento já valerá pela Copa das Confederações. Sendo competente em diversas áreas, a verdade é que o brasileiro não aprendeu (ou não quis aprender) a equalizar o bem estar dos consumidores com as receitas dos organizadores. Esta troca justa – cerne do conceito de “Match Day” – torna vergonhoso que se pague tanto por tão pouco.

Um grande abraço e saudações!

E-mail da coluna: teoriadosjogos@globo.com

domingo, 26 de maio de 2013

Puty negocia com o MEC R$49 milhões para obras da UNIFESSPA


Nesta semana, o deputado federal Cláudio Puty (PT-PA) esteve reunido com o Secretário da Educação Superior do MEC, Paulo Speller, para propor uma descentralização de créditos orçamentários no valor de R$ 49 milhões para a Universidade Federal do Pará. O objetivo é levantar recursos financeiros federais, por meio da Universidade Mãe, para começar a construção de campi para a nova Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, cujo o projeto de criação está a um passo da aprovação no Senado.

O secretário foi receptivo e encaminhou o pleito à Diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior, Adriana Weska, para viabilizar os processos legais que envolvem as obras que beneficiarão os municípios de Marabá, Rondon do Pará, Xinguara, São Félix do Xingu e Santana do Araguaia.

Também esteve presente nas negociações o presidente da Comissão de Implantação da UNIFESSPA, Maurílio Monteiro.
Veja abaixo as obras que serão realizadas com o recurso:
Projeto Backbone e do Plano Diretor de TIC
Obras de Infraestrutura no campus de Marabá
Prédio multiuso nos Institutos de Ensino no campus de Marabá
Obras de infraestrutura no campus de Rondon do Pará
Prédio multiuso nos Institutos de Ensino no campus de Rondon do Pará
Prédio administrativo no campus de Rondon do Pará
Prédio com auditório e biblioteca no campus de Xinguara
Prédio multiuso nos Institutos de Ensino no campus de Xinguara
Prédio com auditório e biblioteca no campus de São Félix do Xingu
Prédio multiuso nos Institutos de Ensino no campus de São Félix do Xingu
Prédio com auditório e biblioteca no campus de Santana do Araguaia
Prédio multiuso nos Institutos de Ensino no campus de Santana do Araguaia
Prédio administrativo no campus de Santana do Araguaia


A consequência da Burrice do Santos: Além de abrir mão da maior renda da história do futebol brasileiro para uma empresa, cerca de R$ 7 mi, O Santos ainda viu seu maior ídolo pós Pelé, ser vaiado pela torcida do Fla, que ocupou 98% dos 63 mil torcedores que foram ao estádio em Brasília. Só faltou a derrota.

Renda de quase R$ 7 mi em Brasília quebra recorde de bilheteria nacionalNa despedida de Neymar, 63.501 pessoas assistem a Santos x Flamengo, que desbanca São Paulo x Inter, pela Libertadores 2010, por R$ 2,5 milhões

Por GLOBOESPORTE.COM Brasília, DF

A despedida de Neymar do Santos, por si só, já seria motivo para eternizar o jogo entre Flamengo e Santos, disputado no Mané Garrincha, em Brasília. No entanto, quando o placar anunciou a renda arrecadada com o duelo, o astro que se despede rumo ao Barcelona foi ofuscado por um número bem maior que o 11 que carrega às costas. Os quase R$ 7 milhões (R$ 6.948.710,00) entram para a história como o maior valor de bilheteria do futebol brasileiro, recorde que desbancou uma marca estabelecida três anos atrás.

Até então, o maior valor absoluto havia sido os R$ 4.484.282,25 da partida entre São Paulo e Internacional, na semifinal da Libertadores de 2010, bem aquém do alcançado neste domingo. Pelo Brasileirão, a diferença é ainda maior. Em 2010, o Fluminense foi Tricampeão no Engenhão, diante do Guarani, e ainda levou para as Laranjeiras 2.859.450,00. O que impressiona é que nem mesmo se os dois recordes antigos fossem corrigidos pela inflação chegariam perto da nova cota.

A carga total de ingressos do Mané Garrincha para a estreia de Flamengo e Santos no Brasileiro era de 69.200, além de 1.500 camarotes. A capacidade total do estádio é de cerca de 71 mil lugares. Os setores com mais cadeiras vazias foram os inferiores atrás dos gols.

O Santos vendeu o mando de campo para a Federação Brasiliense por R$ 800 mil. Questionado se estaria arrependido, o vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, se justificou, dizendo que o valor está bem acima da média de arrecadação do Santos com jogos na Vila Belmiro ou em São Paulo.

Confira abaixo as dez maiores bilheterias da história do futebol brasileiro:

1 - Flamengo 0 x 0 Santos - Mané Garrincha - 26/05/2013 - Público: 63.501/ Renda: R$ 6.948.710,00 - Brasileirão 2013

2 - São Paulo 2 x 1 Internacional - Morumbi (SP) - 05/08/2010 - Público: 57.113 / Renda: 4.484.282,25 - Semifinal Libertadores 2010

3 - Santos 2 x 1 Peñarol - Pacaembu (SP) - 22/06/2011 - Público: 37.894 / Renda: R$ 4.266.670,00 - Final Libertadores 2011

4 - Fluminense 3 x 1 LDU - Maracanã (RJ) - 02/07/2008 - Público 78.918 / Renda: R$ 3.910,044,00 - Final Libertadores 2008

5 - São Paulo 1 x 2 Internacional - Morumbi (SP) - 09/08/2006 - Público: 71.745 / Renda: 3.382.660,00 - Final Libertadores 2006

6 - São Paulo 4 x 0 Atlético-PR - Morumbi (SP) - 14/07/2005 - Público: 71.986 / Renda: R$ R$ 3.026.395,00 - Final Libertadores - 2005

7 - Corinthians 2 x 1 Flamengo - Pacaembu (SP) - 05/05/2010 - Público: 35.561 / Renda: R$ 2.949.424,00 - Oitavas de final Libertadores 2010

8 - São Paulo 2 x 0 Cruzeiro - Morumbi (SP) - 19/05/2010 - Público: 52.196 / Renda: R$ 2.871.619,25 - Quartas de final Libertadores 2010

9 - Fluminense 1 x 0 Guarani - Engenhão (RJ) - 05/12/2010 - Púbico: 35.527 / Renda: R$ 2.859.450,00 - Brasileirão 2010

10 - Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes - Mineirão (MG) - 15/07/2009 - Público 64.800 / Renda: R$ 2.764.366,43 - Final Libertadores 2009

HUMALA OPTA POR MODELO LULISTA E CRESCE A 4,8%



Líder de pesquisa sobre melhor clima econômico da América Latina, o Peru aposta em ação social, relações internacionais e exportações para estar entre os três países que mais crescem na região; presidente Olantta Humala mescla esquerdismo com nacionalismo

26 DE MAIO DE 2013 ÀS 19:25

247 – O presidente do Peru, Ollanta Humala, enfrenta um problema que muitos de seus colegas na América Latina gostaria de ter. O crescimento da economia do país no primeiro trimestre foi o menor desde o final de 2009. Mesmo assim, a taxa de elevação do PIB foi de 4,8%, mantendo o Peru, com folga, na lideerança do crescimento da região. No mesmo período, o Brasil cresceu 1% e a Argentina, 2,7%. Na Europa, o Reino Unido subiu 0,3%.

Desde 2005, o PIB peruano vem registrando crescimento superior a 6% (com a exceção de 2009, quando a expansão foi de 0,9%). Em 2010, a taxa de crescimento foi de 8,8%, sendo superado apenas pelo Paraguai, que cresceu 15,2% e pela Argentina que avançou 9,2%.

O modelo implantado por Humala para alcançar essas proezas tem semelhamças com o praticado no Brasil pelo presidente Lula. Empossado em julho de 2011, ele precisou trocar dez ministros por questões políticas. Ex-minilitar, fortaleceu seu gabinete com colegas de farda, aumentou a assistência social do governo e estimulou as exportações, ampliando o arco de relações internacionais do Peru. O país firmou mais de trinta acordos bilaterais de livre comércio. As vendas externas subiram seis vezes entre 2000 e 2010, chegamdo a mais de US$ 34 bilhões no último ano.

Segundo o mais recente boletim de Sondagem Econômica da América Latina, da FGV, o Peru apresentou o melhor índice de clima econômico, atingindo 6,2 pontos, seguido por Uruguai e Paraguai, que tiveram 5,9 e 5,7, respectivamente. Nesse mesmo ranking, o Brasil ficou em oitavo, com 4,8 pontos.

Entretanto, se na parte econômica o país vai bem, o ambiente político, como é comum na América Latina, segue tenso.

O atual presidente Ollanta Humala assumiu o poder em julho e no final de 2011 foi obrigado a fazer sua primeira reforma ministerial, demitindo 10 titulares, devido a discordâncias entre o chefe da Nação e o primeiro-ministro Salomon Lerner.

Com as mudanças, Humala nomeou o ex-militar Oscar Valdes, o que causou discordância por parte do ex-presidente Alejandro Toledo e de seu partido Peru Possível, responsáveis pela estabilidade do atual governo.

"Perereca" expõe a sacanagem de um dos pilares da quadrilha tucana !!

Griffo, a insaciável (parte 1): há quase 20 anos, Griffo Comunicação ganha todas as licitações de propaganda dos governos que ajuda a eleger. Nas duas últimas licitações, jornalistas que trabalharam para a empresa integraram as comissões técnicas dos certames. Apesar dos milhões que recebe, dono da Griffo tem parentes empregados no Governo e na PMB. Até 2014, a empresa deverá receber mais de R$ 70 milhões dos cofres públicos - ou quase o dobro do que custou o Hospital Metropolitano.



Jatene e Orly, uma parceria milionária: até 2014, Griffo deverá receber mais de R$ 70 milhões

É um caso para Malba Tahan resolver, já que o Ministério Público Estadual nem tchuns.

Desde meados da década de 1990, o Pará é palco de uma estranhíssima coincidência: o marqueteiro Orly Bezerra elege um político para o Governo do Estado ou para a Prefeitura de Belém... - e quem vence a licitação para a milionária conta de propaganda do Governo ou da Prefeitura é a Griffo Comunicação e Jornalismo, que pertence ao mesmíssimo Orly.

No entanto, quando o candidato de Orly perde a eleição, a Griffo também perde a licitação.

Daí a dúvida, que parece só não incomodar o Ministério Público: qual a probabilidade matemática da repetição de uma coincidência dessas, ao longo de quase 20 anos?

Pior: nas duas últimas licitações em que a Griffo saiu vencedora (em 2011, para a propaganda do Governo do Pará; e em 2012, para a conta de propaganda da Assembleia Legislativa – Alepa) há fatos, no mínimo, instigantes.

Em ambas as licitações, as propostas técnicas das concorrentes foram avaliadas por uma comissão integrada por 3 jornalistas e publicitários.

E também em ambas as licitações, esses 3 jornalistas e publicitários foram escolhidos, por sorteio, dentro de um grupo de 9 pessoas.

O problema é que das 9 pessoas de cada um desses grupos, 5 (ou mais da metade) já trabalharam para a Griffo em campanhas eleitorais, inclusive, nas eleições para o Governo do Estado e o Senado Federal, em 2006 e 2010.

Algumas, aliás, prestam serviços há mais de uma década à empresa; outras, já foram até indicadas, informalmente, para cargos públicos por Orly.

Como o leitor já deve ter deduzido, o resultado desse “arranjo matemático” não poderia ser outro: na licitação do Governo, pelo menos uma integrante da comissão que avaliou as propostas técnicas, já trabalhou para a Griffo.

Na Alepa, pelo menos dois integrantes da comissão já prestaram serviços à empresa.

E isso num estado que possui, além de jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão, mais de três dezenas de empresas de propaganda.

É ou não é um “causo” que deixaria Malba Tahan feliz da vida em decifrar?

No entanto, ainda mais impressionante é a montanha de dinheiro que a Griffo deverá faturar dos cofres públicos paraenses, até 2014: pelo menos, R$ 70 milhões – e numa conta muito, mas muito por baixo.

Só por serviços realizados em 2011, através de um contrato de propaganda assinado em julho daquele ano, a Griffo recebeu do Governo do Estado mais de R$ 9,2 milhões.

Foram R$ 8,6 milhões pagos ainda em 2011, e outros R$ 604 mil quitados já em 2012, através da rubrica orçamentária “Despesas de Exercícios Anteriores”, conforme dados do portal Transparência Pará, mantido pelo próprio Governo Estadual.

No ano passado, já com o contrato de propaganda bombando ao longo de doze meses, a Griffo recebeu do Governo mais de R$ 21,7 milhões.

Desses R$ 21,7 milhões, R$18,5 milhões foram quitados naquele mesmo ano, através da rubrica “Outros serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica”, e R$ 3,2 milhões foram pagos apenas em 2013, na rubrica “Despesas de Exercícios Anteriores”.

Total de pagamentos à Griffo por um ano e meio de trabalho: quase R$ 31 milhões.

Isso coloca a possibilidade de que só o contrato de propaganda do Governo do Estado venha a render a Griffo, até o final de 2014, mais de R$ 60 milhões.

Mas, desde julho de 2011, a empresa também mantém um contrato de R$ 3,2 milhões por ano com o Banco do Estado do Pará (Banpará), o que deverá resultar em um ganho superior a R$ 10 milhões, também até 2014.

Além disso, a Griffo ganhou a conta de propaganda da Alepa, que estaria, há alguns anos, em cerca de R$ 9 milhões – e que a Perereca da Vizinha ainda tenta descobrir em quanto está hoje.

Só para você ter ideia do que representa essa bolada de R$ 70 milhões, num estado pobre como o Pará: ela quase empata com os R$ 76 milhões de ICMS recebidos, no ano passado, pelo município de Marabá, com mais de 233 mil habitantes, e uma das locomotivas do Sul e Sudeste do estado.

E representa, também, quase o dobro daquilo que foi gasto na construção do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (Ananindeua), inaugurado em março de 2006: R$ 25,2 milhões, ou o equivalente, em março de 2013, a R$ 36 milhões, em valores corrigidos pelo IPCA-E.

No entanto, apesar de todos esses milhões que recebe dos cofres públicos, o marqueteiro Orly Bezerra ainda possui pelo menos cinco parentes que ocupam cargos de direção e assessoramento no Governo do Estado e na Prefeitura de Belém, numa impressionante relação de promiscuidade entre uma empresa e o Poder Público.

Leia nas próximas reportagens da série “Griffo, a insaciável”:

_As licitações do Governo e da Alepa para a propaganda, ambas vencidas pela Griffo;

_As coincidências entre as campanhas eleitorais realizadas por Orly e as contas de propaganda que ganhou;

_Os parentes do marqueteiro que possuem cargos no Governo e na Prefeitura.

_Afinal, que fim levou o rumoroso caso da PrevSaúde?

E confira nos quadrinhos abaixo, extraídos do portal Transparência Pará e do Diário Oficial do Estado (DOE), os milhões carreados para a Griffo Comunicação.

Primeiro, o contrato de propaganda do Governo do Estado.

O extrato contratual, publicado no Diário Oficial de 12 de julho de 2011, caderno 1, página 7:




E o primeiro termo aditivo a esse contrato, publicado no DOE de 11 de julho de 2012, caderno 4, página 3:





Aqui, a Nota de Empenho de mais de R$ 8,6 milhões paga à Griffo em 2011, na rubrica “Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica”:



E aqui, a Nota de Empenho de mais de R$ 604 mil, relativa a serviços de 2011, mas paga à empresa já em 2012, já rubrica “Despesas de Exercícios Anteriores":



Abaixo, os pagamentos à Griffo em 2012 (repare que, nas listas, estão assinalados apenas os maiores, embora elas registrem outros que não foram marcados):










Aqui, o pagamento de mais de R$ 3 milhões à Griffo, em fevereiro de 2013, na rubrica “Despesas de Exercícios Anteriores” – o pagamento é referente a serviços realizados em 2012:




Abaixo, o contrato da Griffo com o Banpará.

O extrato contratual, publicado no Diário Oficial de 18 de julho de 2011, caderno 1, página 14:




O primeiro aditivo, de R$ 625 mil, publicado no Diário Oficial de 24 de fevereiro de 2012, caderno 2, página 11:




O segundo aditivo, no valor de R$ 3,2 milhões, publicado no Diário Oficial de 12 de julho de 2012, caderno 4, página 5:




Abaixo, a homologação e adjudicação da Concorrência 001/2012, realizada pela Alepa, que teve a Griffo e a DC3 como vencedoras. O documento foi publicado pelo Diário Oficial no último dia 25 de abril de 2013, caderno 6, página 4:





É a Perereca da Vizinha abrindo a caixa preta da comunicação no Pará!

Bicicleta de 147 milhões de reais 
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O programa “Histórias do Esporte”, da ESPN Brasil, acaba de revelar mais uma grossa mentira que envolve os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Agora se trata da destruição do único velódromo coberto do Brasil, a pista construída para o Pan do Rio de 2007.
A reportagem descobriu toda a farsa da demolição de uma pista que custou, na época, 14 milhões de reais de dinheiro público.
O programa descobriu como a Prefeitura do Rio de Janeiro, o Ministério do Esporte e do Comitê Organizador dos Jogos acabaram com o velódromo que foi construído para ser definitivo e acabou sendo demolido.
Sob o pretexto de mandar os restos do antigo velódromo do Pan para Goiânia, os organizadores vão entregar o terreno que ocupava para a construção de edifícios de alto luxo.
O que exigirá a construção de um novo velódromo, orçado inicialmente em 147 milhões de reais.
O pior dessa história toda é que o secretário de obras de Goiânia, o engenheiroLuciano de Castro, se diz incapaz de construir o velódromo goiano com os restos, aproximadamente 12% a 15% do velódromo destruído do Rio.
Outro ponto importante da reportagem mostra o depoimento do arquiteto e engenheiro holandês, Sander Douma, construtor da antiga pista do Pan do Rio.
Ele afirma que o antigo velódromo poderia ser reformado e ampliado para os Jogos Olímpicos.
A reportagem da ESPN esteve com Douma, na Holanda.
Ele afirmou que, por questões políticas e outros interesses, o velódromo do Rio foi desmontado e que ele jamais havia destruído uma pista em sua longa carreira.
No Rio, o presidente da Federação Carioca de Ciclismo, Cláudio Santos ouviu, em janeiro último, do próprio arquiteto holandês, o absurdo que estavam fazendo com o velódromo.
Ouviu que que haveria condições de reformar a instalação para torná-la olímpica e que , em vez de gastar 147 milhões de reais, 18 milhões seriam suficientes para a adaptação.
Além de mais essa farra pornográfica com dinheiro público, fato é que os ciclistas das escolinhas de ciclismo e do alto rendimento já não têm onde treinar.
Por outro lado, o arquiteto da Empresa Olímpica Municipal, Roberto Ainbinder, afirma que a reforma custaria praticamente a mesma coisa do que construir um novo.
Diz, também, que 100% do antigo velódromo, já destruído, será reaproveitado, o que os fatos desmentem, não só no depoimento do arquiteto holandês como no do secretário goiano.
A reportagem ouviu ainda o Secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte,Ricardo Leyser que, para variar, não vê problemas quanto a destruição da única pista coberta de treinamento dos representantes do ciclismo brasileiro para a Olimpíada-16.
A reportagem, de Roberto Salim e Marcelo Gomes, revela o tamanho do engano do secretário.
O programa Histórias do Esporte será reprisado nesta segunda às 6:00 h e às 14:00 h.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

"Manto" poderoso !!

Nova camisa do Fla fabricada pela Adidas despertou grande interesse dos torcedores
Nova camisa do Fla fabricada pela Adidas despertou grande interesse dos torcedores
24/05/2013 - 11h00

Torcida do Fla compra 250 mil camisas em pré-venda; 1º lote não terá Caixa

Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Comentários88
A ansiedade da torcida do Flamengo pelo novo uniforme do clube foi refletida nos números da pré-venda iniciada há cerca de duas semanas. Até o final da noite da última quinta-feira, segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, pouco mais de 250 mil camisas fabricadas pela Adidas já haviam sido vendidas em sites especializados e lojas que disponibilizavam o sistema antes mesmo da divulgação do material.
Este primeiro lote distribuído pela empresa alemã, porém, ainda não será idêntico ao apresentado na quinta e que será utilizado pelos jogadores. Grande parte dos cerca de 250 mil uniformes vendidos virá com a parte da frente "lisa", sem as estampas da Caixa Econômica Federal, patrocinadora master.
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Confira as fotos do lançamento do novo unifmorme do Flamengo10 fotos

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Jogadores do Flamengo posam com a nova camisa da Adidas ao lado da atriz global Carolina Dieckmann durante lançamento nesta quinta Alexandre Vidal/Fla Imagem
A justificativa da empresa alemã é que tais camisas começaram a ser confeccionadas antes mesmo da oficialização da parceria entre Flamengo e Caixa. Com isso, o uniforme do primeiro lote terá apenas as estampas de Peugeot (acima do número, nas costas) e Tim (dentro do número, também nas costas).
Adidas 'assustada' com procura
Tanta procura neste primeiro momento já causa uma preocupação na Adidas. Assustada com a enorme procura na pré-venda, a empresa alemã trabalha dobrado para dar conta das quase 300 mil peças vendidas - número que deve ser alcançado até o final desta semana.

Fla encerra mistério e apresenta camisa com show, clima de balada e globais

  • Pedro Ivo Almeida/UOL
    Acabou o mistério. Cinco meses após assinar o contrato com a Adidas, o Flamengo apresentou, na noite da última quinta-feira, seu novo uniforme com a marca da nova fornecedora de material esportivo. Com clima de balada, presenças de globais e direito a show do cantor Jorge Ben Jor, o evento foi realizado em uma casa de eventos na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro (leia tudo sobre o lançamento da nova camisa no UOL)
Por sua vez, o Flamengo espera não ter problemas com a distribuição da nova fornecedora de material esportivo. O clube alertou a Adidas em duas ocasiões sobre a expectativa sobre o lançamento e uma possível busca acima da média de vendas da empresa.
R$ 2,5 milhões de receita
Preocupado, o Flamengo sabe que uma falta de camisas no mercado poderia diminuir as receitas por royalties gerados nas vendas. Só é um primeiro momento, o Flamengo já arrecadou mais de R$ 2,5 milhões por conta dos altos números da pré-venda. Para cada camisa comercializada, o clube da Gávea ficará com cerca de R$ 10 - valor referente aos 10% do preço de lojista (R$ 100).

ADIDAS FEZ AÇÃO NA VÉSPERA DO LANÇAMENTO PARA AUMENTAR EXPECTATIVA

QUEM VENDE MELHOR O BRASIL NO EXTERIOR, FHC OU LULA?



Ex-presidentes têm discursos diametralmente diferentes diante de plateias formadas por autoridades estrangeiras e potenciais investidores; na China, ano passado, Fernando Henrique lembrou que "a corrupção aumentou em relação ao meu governo"; na Alemanha, também em 2012, Lula garantiu que "até 2020 o futuro do Brasil é de crescimento do emprego e de conquistas da sociedade"; nesta semana, ambos voltaram a expor visões totalmente distintas do País; qual delas é mais efetiva para atrair investimentos?

24 DE MAIO DE 2013 ÀS 22:04

247 – Num intervalo de tempo não superior a 48 horas, os ex-presidentes Fernando Henrique e Lula mostraram o quanto são díspares a visão de um e outro na apresentação do Brasil a investidores estrangeiros.

O primeiro a falar foi Lula, na quarta-feira 22, num seminário sobre as relações entre o Brasil e a África, organizado pelo jornal Valor Econômico.

- Não cobrarei um centavo de ninguém para defender empresas brasileiras em qualquer lugar do mundo, disse ele, que ia sendo acusado, em reportagens do jornal Folha de S. Paulo, de receber cachês pela feitura de lobbies para empreiteiras como a Odebrecht.

Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente recebe apenas para realizar palestras, e não ganha dinheiro de companhias que cita em seus discursos e entrevistas.

É consenso que Lula, quando está ou se dirige ao público do exterior, vira um propagandista do Brasil e, claro, de seu governo.

- Até 2020, o futuro do Brasil é o do crescimento do emprego e das conquistas da sociedade brasileira, garantiu ele, no ano passado, em Berlim, falando a sindicalistas alemães.

Nos Estados Unidos, em outubro de 2011, deu outra parte de seu recado:

- A combinação de uma agenda de inclusão social com um período de forte crescimento econômico, impulsionado pelos investimentos públicos e privados, contribuiu para gerar 16,5 milhões de empregos formais de 2003 até junho deste ano, disse.

No 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, diante de representantes da América Latina e da África, em Brasilia, Lula voltou a fazer um resumo bastante positivo da economia brasileira:

- Aumentaram os investimentos e os empregos na indústria e no comércio. O Brasil conseguiu um crescimento sustentado pela ascensão de populações antes marginalizadas do mercado consumidor.

Mais do que uma diferença de estilo, é mesmo uma interpretação do Brasil que leva o ex-presidente Fernando Henrique a ter, diante do público estrangeiro, uma postura diversa:

- Houve uma espécie de confiança demasiada em que o impulso que tinha sido dado pela estabilidade e pelo mundo (...) tinha sido suficiente para assegurar o bem-estar 'ad aeternum'", avaliou FHC, nesta sexta-feira 24, no seleto Reuters Latin American Investment Summit, em São Paulo.

Se ficou no ar alguma dúvida a respeito se isso foi uma crítica, em Doha, em maio do ano passado, em seminário patrocinado pelo banco Itaú, o ex-presidente foi direto em sua opinião em relação a um dos aspectos do quadro nacional:

- A corrupção cresceu em relação ao meu governo, descreveu aos potenciais investidores.

Na China, no mesmo período, FHC alfinetou a política do Banco Cetral de reduzir a taxa Selic:

- Baixar a taxa de juros é importante, mas tem de se olhar as consequências, alertou. Por fim, resumiu à platéia do outro lado do mundo:

- Não se pode crescer a qualquer preço.

Em novembro de 2012, falando de São Paulo a convidados do banco J.P. Morgan, FHC outra vez criticou o momento do País:

- O Brasil está pagando o preço por não ter dado continuidade aos avanços implementados.

Ambos os ex-presidentes são, com certeza sinceros em seus discursos a plateias estrangeiras de potenciais investidores. Mas, colocando-se no lugar dos ouvintes, seria FHC ou Lula quem mais estimularia você a aplicar dinheiro e fazer negócios dentro dentro do Brasil?

Cartas para a redação.

Boato do fim do Bolsa Família foi ação 'orquestrada' segundo apurou a PF

PF: EMPRESA DO RIO FOI FOCO DE BOATOS DO BOLSA FAMÍLIA



Polícia Federal descobriu indícios de que uma central de telemarketing com sede no Rio de Janeiro foi usada para difundir o boato sobre a extinção do Bolsa Família; mensagem de voz distribuída anuncia o fim do programa, segundo dados do inquérito aberto no início da semana; ainda não se sabe, contudo, se há um grupo político por trás das mensagens, que podem ter sido a origem da corrida de milhares a agências da Caixa Econômica

24 DE MAIO DE 2013 ÀS 20:28

Rio247 - A Polícia Federal descobriu indícios de que uma central de telemarketing com sede no Rio de Janeiro foi usada para difundir o boato sobre a extinção do Bolsa Família, informa o jornal O Globo. Uma mensagem de voz distribuída pela central anuncia o fim do programa, segundo dados do inquérito aberto no início da semana a partir de determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A falsa informação levou milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal, em busca do benefício. Nestas semana, Cardozo já havia dito quea disseminação do boato parecia ser "orquestrada". "Isso chama a atenção porque tivemos a eclosão [dos boatos] em vários pontos diferentes do território nacional e com uma velocidade espantosa. Não podemos afastar a hipótese de ter havido orquestração desses boatos sabe-se lá por que razão", comentou, acrescentando que haverá rigor nas punições.

Segundo o Globo, a polícia tentará agora descobrir quem contratou os serviços de telemarketing e se, de fato, existe algum grupo com interesse político-eleitoral por trás da tentativa de se assustar os beneficiários do programa. A partir da próxima semana, a polícia deve ouvir as 200 primeiras pessoas a fazer saques após o início da disseminação dos boatos sobre o fim dos programas.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dilma escolhe o advogado Luís Roberto Barroso para o Supremo

ANDRÉIA SADI
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
VERA MAGALHÃES
EDITORA DO PAINEL

A presidente Dilma Rousseff escolheu nesta quinta-feira o advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso para a vaga deixada por Carlos Ayres Britto no STF (Supremo Tribunal Federal). A escolha foi anunciada oficialmente pela Presidência.

O martelo foi batido na tarde de hoje, depois de reunião no Palácio do Planalto entre Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A presidente deixou a nomeação assinada antes de viajar para a África. Ela vai para o Egito hoje à noite.

Barroso é um "excelente nome", diz presidente do STF
Novo ministro do STF defendeu causa gay e pesquisa com célula tronco
Advogado diz estar honrado com indicação para o Supremo

Em nota, o Planalto disse que Barroso cumpre os requisitos do cargo. "O professor Luís Roberto Barroso cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura no país."

Agora, o nome de Barroso será submetido ao Senado, onde será sabatinado e deve ter o nome aprovado pelos senadores.

A cadeira de Britto estava vaga havia seis meses. Foi um dos mais longos hiatos da história recente da Corte. Apenas a nomeação de Luiz Fux, em março de 2011, demorou mais. Na época ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou para Dilma a prerrogativa de escolher o sucessor de Eros Grau, que se aposentara em agosto de 2010.

Publius Vergilius/Folhapress

O advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso, em seu escritório no centro do Rio

A presidente cercou o processo de escolha de cuidados e se irritou várias vezes ao longo dos meses com o vazamento de notícias sobre candidatos com os quais se reuniu.

Luís Roberto Barroso vinha sendo incluído na lista de cotados para o STF havia vários anos. Um dos motivos é o fato de ser um dos mais conceituados advogados constitucionalistas do país.

Atuou em julgamentos históricos do Supremo, como o que permitiu pesquisas com células-tronco embrionárias e o que decidiu que o terrorista italiano Cesare Battisti seria extraditado. Seu nome contava com a simpatia de vários ministros do STF e do ex-ocupante da cadeira, Ayres Britto.

Recentemente, assinou ações contrárias aos novos critérios de distribuição dos royalties do pré-sal, tema caro aos fluminenses --o Rio é o Estado que mais perdeu com a nova partilha.

Além de seu nome, entre os mais cotados para assumir a vaga estavam o advogado Luiz Fachin e Eugenio Aragão, subprocurador da República.

PERFIL

O futuro ministro do STF é natural de Vassouras, no interior do Rio. Seus pais atuaram na área Jurídica --o pai foi membro do Ministério Público do Rio e a mãe foi advogada. Barroso é casado e tem um casal de filhos. Atualmente, vive entre o Rio, Brasília e Petrópolis, na região Serrana.

O advogado mantém um blog, onde reúne seus artigos, entrevistas, além de opinar sobre temas diversos e divulgar poesias e músicas.

Segundo currículo divulgado pelo Palácio do Planalto, Barroso fez carreira em assuntos ligados à defesa dos direitos humanos.

Foi responsável pela defesa, no Supremo Tribunal Federal, de causas como a legitimidade das pesquisas com células-tronco embrionárias, equiparação das uniões homoafetivas às uniões estáveis convencionais, legitimidade da proibição do nepotismo, legitimidade da interrupção da gestação de fetos anencéfalos. Foi membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Ministério da Justiça.

Formou-se em direito na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), é mestre em direito pela Universidade Yale e doutor em direito público também na Uerj. Foi professor visitante da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Leia a íntegra da nota do Planalto

"A presidente Dilma Rousseff indicou hoje o advogado Luís Roberto Barroso para compor o quadro de ministros do STF, ocupando a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Ayres Britto. A indicação de Barroso, professor de Direito Constitucional e Procurador do Estado do Rio de Janeiro, será encaminhada nas próximas horas ao Senado Federal para apreciação.

O professor Luís Roberto Barroso cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura no país.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"

Colaborou TAI NALON

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CULTURA NEGRA: PRESIDENTE DO OLODUM VÊ RACISMO



Organizações que promovem atividades artísticas e culturais para os negros questionam decisão da Justiça, que suspendeu editais de incentivo à produção cultural negra do Ministério da Cultura; "Sé há um campo em que a contribuição dos afrodescendentes é fundamental e visível no Brasil é na cultura e no esporte, mas mesmo assim, como mostram os dados do Ministério da Cultura, por meio das políticas atuais, os recursos não chegam", diz João Jorge

22 DE MAIO DE 2013 ÀS 20:47

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro- Organizações de produtores negros que promovem atividades artísticas e culturais questionaram hoje (22) decisão da Justiça Federal, que suspendeu editais de incentivo à produção cultural negra do Ministério da Cultura. Foram inscritos 2,4 mil projetos de médio e pequeno porte que concorriam a R$ 10 milhões. Na avaliação das entidades negras, a medida é um retrocesso e compromete projetos que refletem a diversidade brasileira.

Há 12 anos na organização da Feira Preta em São Paulo, Adriana Araújo, revela dificuldade para acessar recursos, mesmo com uso de leis de incentivo fiscal estadual e federal, como a Lei Rouanet. Para fazer a feira de produtos étnicos nos últimos quatro anos, ela recebeu dinheiro de empresas privadas apenas da Petrobras, da Natura e do Banco Santander. "Mas não por leis de incentivo, que [por meio delas] poderiam passar quantia maior". A dificuldade a fez buscar o edital do Ministério da Cultura.

Organizadora do Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, Jaqueline Fernandes, de Brasília, sofre com o mesmo problema: captar recursos na iniciativa privada. Segundo ela, o edital suspenso era o início de uma política para grupos que sofrem com a burocracia e a discriminação. "Sentimos na pele a diferença quando a gente chega para as empresas, públicas ou privadas, com temas negros e outros projetos. Mesmo com a melhor produção do mundo, se forem estes os temas [gênero e raça, principalmente], vão ser preteridos", disse a diretora da Griô Produções.

Para o presidente do Grupo Cultural Olodum, João Jorge Santos Rodrigues, da Bahia, a dificuldade de as empresas e dos editais universalistas distribuírem recursos para produtores negros é um reflexo do racismo das instituições. "Sé há um campo em que a contribuição dos afrodescendentes é fundamental e visível no Brasil é na cultura e no esporte, mas mesmo assim, como mostram os dados do Ministério da Cultura, por meio das políticas atuais, os recursos não chegam", disse.

Na linha de frente da decisão judicial, a Fundação Cultural Palmares vai reunir amanhã (23) lideranças do movimento negro e os mais importantes produtores culturais negros para discutir a questão. De acordo com o presidente do órgão, Hilton Cobra, "nem com lupa" é possível encontrar projetos de incentivo à cultura negra patrocinados por empresas privadas no país, por isso a necessidade dos editais com recorte racial, que estão agora suspensos pela Justiça.

"É necessário que se saiba que há uma dificuldade nos mecanismos de captação [de recursos] atuais, que são excludentes e as empresas não querem vincular a marca delas à nossa cultura e arte negra", completou Cobra. Ele também atuou por 25 anos como produtor cultural e cobra que a classe artística se manifeste. "Uma única pessoa não pode retroceder toda uma política".

Edição: Fábio Massalli

PIB CRESCE, INFLAÇÃO CAI, MAS LOBBY DOS JUROS VOLTA



Economia dá novos sinais de crescimento, com expansão de 7,5% nas vendas de aço; inflação também caiu a 0,46%, puxada pela retração dos alimentos; boas notícias animaram o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a avançar na política anticíclica, com um corte de gastos de R$ 28 bilhões, menor do que os R$ 55 bilhões esperados pelo mercado; com a política anticíclica, Mantega pretende manter aquecido o mercado de trabalho, que já gerou 500 mil empregos ano ano; no entanto, lobby por um forte aumento dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, comandado por Alexandre Tombini, vai se avolumando; é mesmo necessário frear a atividade?

22 DE MAIO DE 2013 ÀS 17:25

247 – Aos poucos, os indicadores da economia começam a revelar um quadro bem mais promissor para o ano de 2013. Depois de uma alta do PIB trimestral de 1%, bem acima das expectativas de mercado, o setor do aço divulgou um crescimento de 7,5% de suas vendas em abril. Além disso, a divulgação do IPCA apontou uma desaceleração da inflação acima do previsto, em função da queda justamente dos alimentos – que vinham sendo os vilões da alta de preços. Diante de um cenário melhor, mas que ainda inspira cuidados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou um corte de R$ 28 bilhões no orçamento, abaixo dos R$ 55 bilhões esperados pelo mercado. Isso significa que a política fiscal também será usada como um instrumento de combate à crise. "Vamos manter a política anticíclica", disse o ministro da Fazenda, em Brasília.

Esta decisão amplia o suspense para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para os dias 28 e 29. Ontem, perto do encerramento de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que a política "expansionista" nos gastos do governo pressiona por um ajuste na Selic. A seis dias do início da reunião do Copom, o lobby pela alta das taxas corre solto e só irá acelerar. A fala de Tombini na Câmara elevou na Bolsa Mercantil & Futuros para 0,50 ponto a previsão de mudança a ser promovida na reunião. Equivaleria a uma correção de 0,75% em dois meses, rompendo mais profundamento com um longo ciclo de baixo.

O aumento de meio ponto é exatamente o que querem os lobistas, mas as condições reais parecem bem mais adequadas para a repetição do 0,25% da última reunião ou, até mesmo, de aumento zero. A inflação do mês de abril, de acordo com o IPC-15, baixou em relação a março, descendo de 0,51% para 0,46%. Essa queda irá trazer ainda mais para dentro da meta a taxa de inflação dos últimos doze meses, apurada em 6,49%. Contra os interesses dos que querem juros maiores, a permanência da inflação na meta parece indicar que o leve aumento de juros determinado pela última reunião do Copom está fazendo efeito.

Por outro lado, a atividade econômica dá sinais de manter-se na contramão do pessimismo. Anunciou-se hoje que as vendas de aço, importante termômetro da produção industrial de diferentes setores, cresceram 7,5% em abril. Sinal de que a economia está respondendo bem às linhas mestras da políticas monetária, a principal delas o combate aos juros altos.

Abaixo, reportagem da Agência Reuters a respeito do contingenciamento de R$ 28 bilhões anunciado pelo Ministério da Fazenda:

Governo reduz contingenciamento para estimular economia em 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013 15:44 BRT

BRASÍLIA, 22 Mai (Reuters) - O governo decidiu contingenciar 28 bilhões de reais no Orçamento deste ano, montante bem inferior aos 55 bilhões de reais anunciados para o ano passado, com objetivo de estimular o crescimento da economia.

Também para garantir a aceleração da atividade, o governo informou que prevê abater 45 bilhões de reais na meta de superávit primário neste ano, fixada em 155,9 bilhões de reais. Com isso, a economia para pagamento de juros deve ficar em 110,9 bilhões de reais, segundo o relatório bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas divulgado nesta quarta-feira.Os principais números do documento foram antecipados pela Reuters na noite de terça-feira, com base em uma versão preliminar do relatório fornecida por uma fonte.

"O contingenciamento varia conforme o Orçamento aprovado pelo Congresso e com a realidade... Já estamos com 4 meses de Orçamento executado, podemos ser mais realistas", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, acrescentando que o valor do abatimento no primário não é obrigatório.Mantega negou, por outro lado, que a política fiscal expansionista do governo seja um dos fatores de pressão dos preços, conforme apontam vários analistas do mercado.

"Não há contribuição do governo para a inflação", disse ele, argumentando que a pressão nos preços ocorre pela inflação dos alimentos e no setor serviços.

No documento divulgado nesta quarta-feira, elaborado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo prevê expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,50 por cento neste ano e que a estimativa para a inflação medida pelo IPCA foi elevada a 5,20 por cento em 2013, de 4,90 por cento no Orçamento.

"O crescimento de 3,5 por cento (do Produto Interno Bruto) neste ano não deve ser visto como projeção, mas como parâmetro", afirmou Mantega, indicando que essa estimativa pode ser revista nos próximos dois meses.

No mercado, a avaliação é de que a economia brasileira terá expansão de menos de 3 por cento neste ano.

INVESTIMENTOS PRESERVADOS

Segundo o ministro, o ajuste nas despesas foi orientado para a redução no custeio e preservação dos investimentos prioritários. Mantega disse que o governo projeta crescimento do investimento de 6 por cento em 2013 e de 7 por cento no ano que vem.

"Estamos ampliando investimentos com consolidação fiscal", disse ele.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida e os projetos para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas, entre outros, foram preservados dos cortes neste ano.

O governo previu ainda que as desonerações fiscais, também usadas para estimular a atividade, ficarão em 72,1 bilhões de reais neste ano e em 91,5 bilhões de reais em 2014.

Já a previsão de receita primária total em 2013 foi reduzida em 67,8 bilhões de reais, e as transferências a Estados e municípios diminuída em 20,3 bilhões de reais neste ano.

O governo também projeta que receberá menos dividendos das empresas estatais neste ano, que passam para 24 bilhões de reais, ante 34,6 bilhões de reais previstos na lei orçamentária. Segundo Mantega, esse corte busca maior capitalização das empresas.

"O cenário de lucros (para estatais) em 2013 é maior que em 2012... Temos flexibilidade para decidir pegar menos (dividendos) e deixar para capitalização maior (das estatais)", disse o ministro.
Mantega também fez breve avaliação sobre a abundante liquidez internacional, ampliada após a decisão do governo japonês de injetar recursos para aquecer a economia.

Ele disse que essa abundância de recursos não ampliou o ingresso de capital especulativo no país e que a maior parte da entrada de moeda estrangeira tem sido direcionada a investimentos produtivos.

"Não está havendo exagero em relação ao Brasil. O que está entrando é Investimento Estrangeiro Direto (IED) e não fluxo financeiro especulativo. Isso não nos preocupa no momento."
(Por Luciana Otoni e Alonso Soto)

Leia ainda texto sobre a desaceleração da inflação:

IPCA-15 desacelera a 0,46% em maio por alimentos, vem abaixo do esperado
quarta-feira, 22 de maio de 2013 13:45 BRT

Por Camila Moreira

SÃO PAULO, 22 Mai (Reuters) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou em maio mais do que o esperado, para uma alta de 0,46 por cento, beneficiado por um avanço menor dos preços de alimentos que compensou a maior pressão dos remédios.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, no acumulado dos últimos 12 meses, a prévia da inflação oficial atingiu 6,46 por cento, também abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 6,51 por cento. Em abril, o IPCA-15 subiu 0,51 por cento.

O resultado acumulado também foi melhor do que os 6,49 por cento registrados no IPCA no final de abril, quando voltou a ficar dentro da meta do governo, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais.
Para analistas, isso confirma a expectativa de que os preços vão cair ainda mais no segundo semestre. Entretanto, não quer dizer que a inflação esteja sob controle, mas sim acomodada ainda num nível alto.

"A inflação ainda preocupa porque permanece num nível acima do desejado... ela está acomodada em um nível muito mais próximo do teto do que do centro da meta", avaliou o economista-chefe da Austin Rating Alex Agostini. Para ele, a inflação medida pelo IPCA ficará em 5,2 por cento neste ano, mas o economista admite rever para cima este número.
Pesquisa realizada pela Reuters apontou que o indicador subiria 0,49 por cento na comparação mensal, de acordo com a mediana das previsões de 26 analistas. Na base anual, a expectativa era de avanço de 6,48 por cento.

ALIMENTOS

A forte desaceleração dos preços dos alimentos foi o ponto positivo do resultado de maio do IPCA-15, seguindo a tendência no atacado.

Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e bebidas subiu 0,47 por cento em maio, ante 1,0 por cento no período anterior. Com isso, o peso do grupo no indicador deste mês ficou em 0,12 ponto percentual, metade do visto em abril.

Os preços no atacado vêm mostrando queda, principalmente com a deflação dos preços dos produtos agrícolas, mas os preços ao consumidor ainda mostravam resistência.

"Houve deflação finalmente em itens como hortaliças, tubérculos e legumes, mostrando que esse repasse do atacado para o varejo começou a acontecer", destacou a economista da Tendências Alessandra Ribeiro.

Por outro lado, o principal ponto de pressão neste mês ficou por conta dos preços dos remédios, com uma alta de 2,94 por cento em maio, ante 0,93 por cento em abril, levando a um impacto de com impacto de 0,10 ponto percentual no índice. Segundo o IBGE, o resultado refletiu o aumento de até 6,31 por cento nos preços dos remédios autorizado pelo governo no início de abril.

Com isso, o grupo Saúde e cuidados pessoais acelerou a alta mensal a 1,30 por cento em maio, contra 0,63 por cento em abril. Também registraram forte alta no período os grupos Habitação, com avanço de 0,72 por cento, ante 0,68 por cento em abril, e Vestuário, cuja alta acelerou para 0,76 por cento em maio, ante 0,44 por cento no mês anterior.

DIFUSÃO

No IPCA-15, o índice de difusão registrou boa queda ao atingir 61,6 por cento, ante 66,3 por cento no IPCA de abril e 68,5 por cento no IPCA-15 do mesmo mês, de acordo com Alessandra, da Tendências.
Entretanto, ainda não pode ser considerado um nível satisfatório. "Está bem longe do pico de janeiro de 75, mas ainda assim é um patamar muito desconfortável. Em períodos mais tranquilos, ele fica ao redor de 50", disse ela.

Nas contas de Agostini, para que a taxa de inflação fique ao redor de 5,6 por cento neste ano, a média mensal do segundo semestre teria que ser de 0,35 por cento. Se essa média for de 0,45 por cento, a inflação vai girar em 6,3 por cento, bem perto do teto da meta.

Apesar da fragilidade da recuperação econômica, o alto nível da inflação tem preocupado o governo e já levou o Banco Central a iniciar mais um ciclo de aperto monetário, aumentando a Selic para 7,5 por cento no mês passado.

Esse cenário levou o presidente do BC, Alexandre Tombini, a afirmar que a autoridade monetária fará o que for necessário, "com a devida tempestividade", para a inflação cair na segunda metade do ano. O discurso foi enfatizado por ele na terça-feira.

Diante desses comentários, parte do mercado passou a apostar na intensificação do aperto monetário na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom), com o mercado futuro de juros enxergando aumento de 0,50 ponto percentual na Selic neste mês, acelerando o ritmo em relação a abril, quando a alta foi de 0,25 ponto.

Segundo a pesquisa Focus do BC, economistas estimam que a inflação encerrará 2013 a 5,8 por cento.

Leia ainda o texto sobre as vendas do aço:

VENDAS DE AÇO CRESCEM 7,5% EM ABRIL

As compras também apresentaram aumento, de 4,3% em relação ao mês anterior, de acordo com as empresas associadas ao Inda

O SINDISIDER (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos) aponta um crescimento de 7,5% nas vendas de aços planos em abril, com relação ao mês anterior, totalizando 383,1 mil toneladas contra 356,5 mil toneladas. Sobre o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 344,8 mil toneladas, a elevação foi de 11,1%. Os dados são apurados junto aos distribuidores associados ao INDA (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço).

As compras realizadas em abril também apresentaram crescimento em comparação a março, de 4,3%, totalizando 401,6 mil toneladas ante 385 mil toneladas. Sobre o mesmo mês de 2012, quando foram compradas 346,8 mil toneladas, a alta foi de 15,8%.

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2013, as vendas somaram 1.426,3 mil toneladas, ficando praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, com 1.424,3 mil toneladas – aumento de 0,1%. As compras tiveram incremento de 4% em relação a 2012, com um volume total de 1.499,6 mil toneladas sobre 1.442 mil toneladas.