BLOG DO VICENTE CIDADE

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quinta-feira, 18 de junho de 2015

A fonte de água sulforosa em Itaituba: Dois fatos.

Água da Sonda volta a jorrar em Itaituba

Água tem poder medicinal e população faz da água da Sonda uma excelente opção de lazer

Água da Sonda

No mês de julho Itaituba foi presenteada novamente com a água da Sonda que voltou a jorrar, embora não com a mesma intensidade de antes, mas mantendo parte de suas características de água termal quente e sulfurosa. A notícia trouxe entusiasmo para a população que durante muitos anos fez da água da Sonda uma excelente opção de lazer.

No período em que a água foi dada como sumida, esse fato gerou polêmicas, criticas e muitas cobrança aos poderes públicos. Uma empresa na época havia sido contratada para adaptar a água da Praça do Centenário para a o chafariz da orla, mas não conseguiu realizar a contento o serviço…

Agora, com o retorno natural da água que está tendo reforço de uma bomba para chegar a superfície em maior quantidade, muitos estão esperançosos que a mesma permaneça, já que sempre foi uma referência no âmbito turístico para Itaituba.



Água volta a jorrar

FONTE MONTEIRO LOBATO OU ÁGUA DA SONDA: 

A Água da Sonda como é popularmente conhecida recebeu o nome oficial de “Fonte Monteiro Lobato” em homenagem ao famoso escritor paulista de Taubaté, autor de livros infantis, se tratando de um belo recurso natural de Itaituba e região.

Ela se originou de uma antiga perfuração petrolífera que ao interceptar fraturas na busca de petróleo descobriu a circulação de água minerais termais e sulfurosa. Essa perfuração foi feita pelo Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil-SGMB (Já extinto) com coordenação técnica do pesquisador Pedro de Moura.

A perfuração do Poço (já uma preocupação dos engenheiros da Petrobrás com nossa preservação histórico-cultural) foi iniciada no dia 27 de dezembro de 1929, sendo a mesma concluída em 10 de dezembro de 1930, ficando a profundidade da fonte em 360 metros, sendo em seguida classificado pelos engenheiros da época como Sondagem nº 88.

Essa água que passou a servir de opção de lazer para Itaituba também era procurada pelos moradores como sendo de alto poder medicinal, por apresentar elevado teor dos constituintes dissolvidos, bem nítidos no local pela sua condutividade elétrica da água (2.840 US/cm), gás sulfídrico indicado pelo seu cheiro inigualável bem característico, sendo considerada uma água termal, mineral e sulfurosa, com propriedades medicinais recomendadas para tratamentos terapêuticos em face de sua temperatura e sais dissolvidos, com destaque para o H2.S.

Esses gases dissolvidos normalmente CO2 E O H2S desprendem-se na superfície por causa da diferença de pressão. Mas de acordo com os especialistas é de bom alvitre enfatizar que em caso de aproveitamento de maior intensidade para balneoterapia (banho com fins medicinais), o bombeamento da água dará maior vazão.

De acordo com resultados das análises de água, a fonte de água termo-mineral e sulfurosa de Itaituba apresenta água do tipo sódio-cloretada. A vazão desse poço jorrante na superfície do terreno é de 9,0 m3/h e sua temperatura determinada na emergência 38,1ºC, sendo classificada como água hipertermal, segundo o Código de águas do Departamento nacional de pesquisas e Mineração (DNPM).

A elevada concentração de sódio e de cloreto dessa água deixa evidente a circulação através de fraturas que atingem a formação Nova Olinda. A baixa da elevada concentração dos principais constituintes dissolvidos apresentado pelo elevado teor do resíduo seco (1.476 mg/1) e Lítio (0,596) MG/1) que confere a esta água mais propriedades inerentes as águas minerais.

Ressalta-se, entretanto, que a produção de Cloreto de sódio dessa fonte atinge o valor diário de 238, 985 KG ou 7, 169 toneladas por mês. Outros elementos raros não analisados podem também estar presentes e terem relevância econômica. Essa água termo-mineral sulfurosa constituiu um importante patrimônio turístico e medicinal para Itaituba.

Fonte: RG 15/O Impacto, Arquivo de pesquisas do Historiador Itaitubense e Nazareno Santos


Novidade para muitos, Brasil possui um vulcão e ele é o mais antigo do mundo

Descoberto em 2002 e com um diâmetro de 22 km, o vulcão Amazonas, que possui 1,9 bilhão de anos, já foi ativo num passado remoto e oferece risco quase zero de entrar em erupção, mas a natureza é uma caixinha de surpresas!
  
  
O 'pequeno' cume ao centro da foto é um dos cones vulcânicos que estão localizados dentro da enorme cratera do Vulcão
O 'pequeno' cume ao centro da foto é um dos cones vulcânicos que estão localizados dentro da enorme cratera do Vulcão "Amazonas" - Foto: Amarildo Varela
As crianças brasileiras sempre aprenderam nas escolas que o Brasil é um país único, sem terremotos, tornados ou vulcões, além de uma exuberante natureza. Ao contrário da lenda urbana que afirma sobre a inexistência de vulcões no país, as terras tupiniquins possuem dois exemplares bem camuflados, mas que não passaram despercebidos pelos geólogos.
Localizados nas regiões sudeste e norte do Brasil, eles possuem 'status' diferentes na visão dos estudiosos. O primeiro a ser descoberto foi o vulcão "Amazonas" e o segundo ainda está em fase de avaliação pelos geólogos. Apelidado de "Nova Iguaçu", o suposto novo cone vulcânico ainda não foi confirmado oficialmente como o segundo exemplar brasileiro, mas já é tratado como tal por muitos especialistas.
Além de ser considerado o primeiro e único brasileiro, o vulcão Amazonas é o mais antigo do mundo. Datado de 1,9 bilhão de anos atrás, seu cone chegou a ter 400 metros de altura no auge das erupções e hoje possui uma cratera de aproximadamente 22 km de diâmetro. Localizada entre os rios Jamanxin e Tapajós, numa região que é conhecida como Uatumã, a área é formada por rochas vulcânicas que mostram a potência das antigas erupções. A cidade mais próxima é Itaituba, no Pará.
Afinal, há motivos para preocupação dos brasileiros? Segundo os geólogos, ele está inativo há muito tempo e não há qualquer indício que possa voltar a atividade qualquer dia, porém a natureza é sempre uma caixinha de surpresas.
Ao contrário de seu 'primo' que de fato já foi confirmado pela ciência, o vulcão de "Nova Iguaçu" ainda não é oficialmente o segundo em solo brasileiro, mas está sendo estudado para comprovar a hipótese. Localizado na região da cidade de mesmo nome, o vulcão ainda é uma possibilidade que foi levantada devida a composição do solo do local ser rica em rocha vulcânica, além de piroclástica. Porém, ao contrário do vulcão da Amazônia, o carioca (se existir mesmo!) está extinto e não tem possibilidade de voltar a entrar em erupção.
Se hoje o território brasileiro possui 'apenas' um vulcão, no passado poderia ser chamado de "terra de lava". Todo o gigantesco trecho entre os estados do Amazonas e Santa Catarina era ocupado por dezenas de pequenos e grandes cones que viviam em constante erupção. Este cenário diferente no Brasil ainda é comum no exterior. Atualmente, existem pelo menos 550 vulcões ativos no mundo, sendo que o maior de todos é o Mauna Loa, no Havaí. Ele mede cerca de 5,2 mil km².
Localização do Vulcão "Amazonas"

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Localização do Vulcão "Nova Iguaçu"
  
  

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